A transformação digital e as novas tecnologias são uma prioridade para as organizações independente do setor de atuação. Entretanto, sabemos que esse processo – tão importante para competitividade no mercado – é acompanhado por grandes riscos. Termos como “ataque hacker” ou “vazamento de dados” assombram empresas no mundo todo e as ocorrências crescem exponencialmente a cada ano.
De acordo com um levantamento da empresa de segurança digital McAfee, o prejuízo causado por cibercrimes e invasões a sistemas empresariais somou mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,10 trilhões, na conversão direta) em 2020. Esse aumento é mais de 50% se comparado ao último levantamento, feito em 2018, quando o valor foi de US$ 600 bilhões (R$ 3,06 trilhões).
Para além do impacto econômico, as crises relacionadas à tecnologia podem causar paralisação nas atividades e afetam as relações comerciais e a reputação da empresa. A falha de segurança no armazenamento de informações pode até mesmo implicar em multas, conforme regulamentado pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
São diversos casos onde organizações sofrem com a atuação de hackers. É fundamental estar atento a essa ameaça e contar com mecanismos de prevenção e contenção de danos.
Que tal ver na prática? Relembre três casos impressionantes de ataques cibernéticos que envolveram corporações e altos prejuízos:
JBS pagou US$ 11 milhões em resgate a ataque hacker
Em junho de 2021, a JBS entrou para a lista de empresas invadidas. A multinacional de origem brasileira foi alvo de um ataque hacker em suas unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, que ficaram temporariamente fechadas. A invasão foi realizada por um ataque tipo ransomware, que consegue “sequestrar” os dispositivos da vítima para cobrar uma espécie de resgate.
Neste caso, a organização informou que pagou o equivalente a US$ 11 milhões em resgate após o ataque hacker à sua operação. A JBS declarou ter tomado medidas imediatas, “suspendendo todos os sistemas afetados, notificando as autoridades e ativando a rede global da empresa de profissionais de TI e especialistas terceirizados para resolver a situação”.
Em comunicado, informaram que a decisão de pagar o resgate foi tomada após consultar especialistas em segurança digital. O objetivo, segundo a companhia, foi reduzir problemas relacionados à invasão e evitar o vazamento de dados.
Ataque de hackers a maior oleoduto dos EUA fez governo declarar estado de emergência
Um ataque de hackers, em maio de 2021, forçou a Colonial Pipeline a fechar um dos maiores e mais importantes oleodutos dos Estados Unidos por seis dias.
De acordo com a Digital Shadows, uma empresa de segurança cibernética que rastreia criminosos cibernéticos globais, o ataque ocorreu porque os hackers encontraram uma maneira de penetrar no sistema se aproveitando do grande número de engenheiros que acessam remotamente os sistemas de controle do oleoduto.
Assim, os criminosos bloquearam completamente a rede, além de coletarem mais de 100 GB de informações.
O duto transporta mais de 2,5 milhões de barris de óleo por dia, o que corresponde a 45% do abastecimento de diesel, gasolina e querosene de aviação da costa leste dos EUA. Mas devido às constantes falhas nas linhas principais por conta do ataque, o governo decidiu decretar o estado de emergência para facilitar o transporte de combustível por outros meios, principalmente rodoviários.
Maersk teve prejuízo de US$ 300 milhões após sistema ser invadido
A dinamarquesa A.P. Moller-Maersk, maior companhia de transportes marítimos do mundo, sofreu um ataque cibernético ocorrido em 2017, que custou à companhia entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões.
A companhia foi vítima de um vírus denominado “Petya”, que afetou companhias em todo o mundo, principalmente na Ucrânia. Trata-se de um ransomware, que criptografa os servidores e exige o pagamento de um resgate para a remoção do bloqueio. Pelo comunicado, não ficou claro se a companhia pagou ou não os valores exigidos pelos criminosos.
Mas os prejuízos operacionais com a invasão foram inevitáveis. Na época, a Maersk informou que o comprometimento dos sistemas de informática gerou problemas no processamento de pedidos, atrasando o embarque das cargas. O malware também provocou congestionamento em alguns dos 76 terminais portuários operados pela APM Terminals, também subsidiária da Moller-Maersk, incluindo portos em Nova York, Barcelona, Mumbai e Rotterdam.
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