Cuidados no transporte Last Mile

Alta demanda nos fretes em e-commerces alerta para os cuidados em uma das principais etapas logísticas da venda: o last mile. Confira neste artigo alguns cuidados especiais e estratégias importantes para empresas que atuam no setor.

O consumo online no Brasil bateu recorde de vendas no primeiro semestre de 2021, atingindo R$ 53,4 bilhões – crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o relatório Ebit | Nielsen.

A compra via e-commerce é uma prática que já vinha crescendo, mas os impactos da pandemia do coronavírus aumentaram expressivamente esses números, fazendo o comércio online crescer em níveis jamais vistos nos últimos 20 anos e gerando uma importante demanda logística

Sucesso nas entregas é o sucesso nas vendas

A maioria das empresas acredita que priorizar o investimento em logística é o mais importante quando o tema é sanar as dores do negócio e dos clientes. Segundo uma pesquisa realizada pela Omni Envios em parceria com o E-Commerce Brasil, 72% dos entrevistados apontaram a logística como ponto a ser trabalhado.

Segundo 56% dos lojistas, a entrega rápida é o ponto mais valorizado pelos consumidores de e-commerce. Logo atrás está a busca por um atendimento humanizado (52%) e frete grátis (44%).

Ainda falando sobre logística, 48% das empresas utilizam o envio pelos Correios como forma mais recorrente de entrega das compras. O envio por transportadoras vem em segundo lugar, com 40% das preferências.

De olho no transporte last mile

Diante desse cenário, o transporte last mile, ou “última milha” ganhou grande importância. Isso porque essa operação é caracterizada como a etapa final do envio de uma carga, entre o centro de distribuição e o seu destino. 

Esta etapa se diferencia pela agilidade e rapidez durante os processos. Afinal, a satisfação do cliente com a marca é diretamente influenciada pela experiência que ele teve durante o recebimento da mercadoria. Logo, a transportadora se torna um agente importante para o sucesso das vendas, e é necessário administrar muitos riscos para obter êxito em seus serviços.

Principais riscos do transporte na etapa last mile

O transporte rodoviário de cargas é a principal modalidade de transporte no Brasil, inclusive na etapa last mile. No entanto, há uma série de fatores que podem trazer prejuízos à rentabilidade das operações e à reputação da transportadora. Entre os principais riscos e ameaças da atividade, podemos destacar:

  • Atrasos 

A infraestrutura das estradas, o alto fluxo de carros e caminhões, imprevistos com falhas mecânicas, por exemplo, são fatores que acabam gerando atrasos nas entregas e situações de tensão entre os envolvidos. 

Para se ter ideia, o Procon SP recebeu mais de 120 mil queixas relacionadas à entrega e a não chegada das mercadorias adquiridas. Isso representa um crescimento de 260% na comparação com o primeiro semestre de 2019, que teve um pouco mais de 30 mil reclamações no período. 

  • Acidentes

De acordo com o estudo “Acidentes Rodoviários – Estatísticas Envolvendo Caminhões”, realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a ocorrência de acidentes é potencializada por diferentes fatores: humanos, veiculares, institucionais, socioeconômicos e ambientais.

Na realidade das estradas do Brasil, a baixa qualidade na infraestrutura é um dos maiores desafios para motoristas.

O anuário publicado pela CNT em 2020, revela que 59,2% das rodovias avaliadas, em 2019, apresentaram algum tipo de problema no estado geral. 47,6% dos trechos avaliados têm problemas no pavimento, 48,1% dos trechos avaliados apresentam deficiência na sinalização. Ainda, 75,7% dos trechos avaliados têm falhas na geometria

  • Roubo/Furto

O Brasil registrou 14 mil ocorrências de roubos de cargas em 2020, de acordo com a NTC&Logística. 

De acordo com o estudo BSI and TT Club Cargo Theft Report 2021, entre as modalidades de transporte de cargas no mundo, o transporte com caminhão ocupa 71% das ocorrências, sendo que a maior parte dos incidentes acontece em trânsito. 

O sequestro é o método de roubo dominante na América Latina (61%), inclusive no Brasil, com ladrões também frequentemente empregando o uso de armas de fogo para render o motorista durante o roubo. 

Outro dado interessante é que também cresce o índice de ocorrências de roubos ou furtos em armazéns – principalmente na Ásia e Europa.

Atenção com a sazonalidade

Outro fator importante quando o assunto é transporte last mile, é o preparo que as empresas devem ter com os períodos de pico no comércio. Para se ter ideia, as vendas no e-commerce brasileiro durante a Black Friday 2021 totalizaram R$ 4,2 bilhões, com um crescimento nominal de 5% em relação a 2020, conforme relatório da NielsenIQ|Ebit.

Para o Natal 2021, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima uma movimentação de R$ 34,3 bilhões no comércio, que deve impactar também as vendas pela internet. 

Tais datas especiais para os lojistas e transportadoras, exigem um planejamento logístico maior para prevenir possíveis problemas e prejuízos durante a entrega das mercadorias. 

8 cuidados para proteger produtos e mercadorias durante o transporte last mile

  • 1 – Buscar um Seguro de Transportes para coberturas de roubo, avaria, acidentes e viagens internacionais; 
  • 2 – Utilizar plataforma web para simplificar a gestão da logística e a comunicação com transportadores, com foco nos melhores resultados, menores custos, além de entregas mais rápidas e o monitoramento de todas as fases da operação. 
  • 3 – Adotar um Gerenciamento de Risco diferenciado pensando na sazonalidade da operação. Busque empresas de GR no mercado com credibilidade e que entendam dos riscos deste tipo de transporte;
  • 4 – Realizar o Cadastro dos motoristas e o checklist de segurança dos veículos;
  • 5 – Adotar Rastreamento ostensivo 24h, com controle da rota, ações de entrada e saída de alvos, controle dos locais de paradas, equipamentos de redundância e regras bem definidas entre o Segurado x Corretora x Gerenciadora de Risco;
  • 6 – Quando possível, utilizar protecionais adicionais de segurança para dificultar o acesso ao veículo ou que possibilitem recuperação da carga por exemplo:  tela de janela com sensor, trava externa do baú, localizador fixo na carreta, equipes de pronta resposta, escolta velada, iscas nas cargas entre outros.
  • 7 – Programar paradas estratégicas durante a viagem em locais avaliados previamente pela GR e durante a parada manter comunicação constante com o motorista;
  • 8 – Realizar treinamento com as equipes, onde a GR tem um papel importante neste processo. Constantemente a GR deve avaliar as áreas de riscos, movimentação das quadrilhas, não conformidades durante a viagem e de forma inteligente direcionar as ações de segurança junto ao segurado e as equipes envolvidas no transporte e logística.

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