Cenário do transporte rodoviário de cargas pós-pandemia

Todos tínhamos planos, até sermos pegos de surpresa com o início do lockdown em Março de 2020 devido à rápida contaminação da Covid-19. O coronavírus trouxe reflexos no mercado global, inclusive para o setor de transporte rodoviário de cargas.
Nesse contexto, pós-pandemia , o transportador enfrenta dois diferentes cenários: o de crise e o de oportunidade de negócio. A diferença entre o fracasso e o sucesso está na capacidade e velocidade com que as transportadoras se adaptaram à nova realidade de mercado.

De acordo com o site de notícias G1, no ano de 2020, o e-COMMERCE alcançou 79,7 milhões de clientes, as medidas de restrição de circulação e o fechamento de lojas físicas durante a crise foram os principais fatores para o crescimento da compra em sites. Partindo desse pressuposto, com o aumento das compras onlines, as transportadoras tiveram que inovar, e muitas aproveitaram e enxergaram essa crise como uma oportunidade de negócio.


Com investimento em tecnologia, segurança e logística, o setor de transporte de carga pode crescer de forma exponencial, atendendo às demandas de agilidade nas entregas do expressivo volume de vendas do e-COMMERCE e permitindo que muitos motoristas de caminhões continuem exercendo suas funções, principalmente nos momentos mais difíceis da crise causada pelo coronavírus.


Além da grande importância para o e-COMMERCE, o transporte rodoviário de cargas (TRC) movimenta 61% do transporte de cargas (segundo dados da Associação Brasileira dos Caminhoneiros) de tudo o que é produzido e consumido no Brasil, o que evidencia a importância do segmento na economia nacional para todas as demais atividades econômicas.


Para este ano, o TRC deve permanecer em alta. Segundo o Radar CNT do Transporte, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte, o PIB do transporte cresceu 3,6% em volume de serviços no primeiro trimestre de 2021. Esse crescimento foi constatado a partir de indicadores publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Economistas enxergam 2022 um ano desafiador e o cenário segue complexo pelas variantes do coronavírus que podem mudar a qualquer momento o rumo econômico global. Acrescenta-se a isso o aumento do diesel e o alto custo dos insumos, mas se tem uma coisa que o setor de logística aprendeu nos últimos dois anos, é que para prosseguir no mercado é fundamental se reinventar.

Por ser um ano eleitoral, 2022 torna-se ainda mais desafiador, instável e que gera algumas incertezas ao mercado como um todo, fato este que afeta diretamente o TRC.


O planejamento e sinergia nas operações, otimizando recursos e ativos (caminhões) e parcerias operacionais estratégicas que possibilitem que os veículos rodem a maior parte do tempo carregados, melhora de forma significativa a rentabilidade das operações do transportador.

Sendo assim, entende-se que, apesar de crises como a pandemia em 2020 e o grande aumento do preço do combustível em 2022, o investimento em novas tecnologias, treinamentos, capacitações e reciclagens para todos os profissionais do segmento, em especial aos motoristas, será um diferencial para que todas as empresas desse setor continue crescendo de forma significativa no Brasil.

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Investindo em capital humano

Como reflexo da pandemia e das novas configurações de trabalho, os benefícios de saúde e vida se intensificam como prioridade para os colaboradores de um lado e de outro, diferencial para reter talentos.

A sequência de crises gerada com a pandemia do Covid-19 exigiu jogo de cintura, tanto de gestores quanto de trabalhadores. O que restou foi um cenário desafiador: dificuldades financeiras, perda de poder de compra, reajustes salariais e muitas negociações.

A pesquisa Salariômetro, da FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, evidenciou de que modo a saúde está no topo das preocupações. O benefício do vale-alimentação perdeu espaço para seguro de vida e plano de saúde.

O seguro de vida teve um crescimento de 10% nas negociações comparado ao ano anterior. O convênio farmácia cresceu 32,2%. Além disso, o plano de saúde teve um crescimento de 11%.

Os índices do mercado de seguros no Brasil reforçam a questão. Apesar de ainda ser pequena a parcela de pessoas e empresas que possuem algum tipo de seguro, houve um crescimento significativo na procura por proteção.

Para as pessoas físicas, as vendas de seguros de vida dispararam 136% em março, em relação ao mesmo período de 2019. Com relação aos seguros empresariais, houve aumento na procura por seguro de vida em grupo, com um aumento de 250% em março de 2020, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Em contrapartida, os dados indicam uma queda de 42,2% no número de negociações envolvendo vale-alimentação.

Uma tendência global na gestão das organizações

Um levantamento realizado pela Willis Towers Watson com o fórum CHRO Thinking Ahead Group – uma iniciativa para mapear tendências sobre desafios futuros em capital humano – coloca o bem-estar e a resiliência como a segunda principal tendência para 2021.

As ações voltadas ao bem-estar corporativo, conectadas às práticas de ESG (Meio Ambiente, Social e de Governança), continuarão sendo necessárias na retenção de talentos e como diferencial de mercado.

Além disso, é importante analisar o retorno do investimento esperado, que pode ocorrer de forma indireta pela mitigação de custos potenciais. Por exemplo, o absenteísmo de um colaborador e tudo o que envolve este déficit no quadro de funcionários.

É claro que, no contexto de instabilidade econômica, isso ainda é um desafio. Por isso, para encontrar viabilidade nos benefícios corporativos, é importante identificar o perfil da empresa e oportunidades para otimizar os recursos com apólices adequadas.