Acidentes nas rodovias federais geraram um custo estimado de R$ 12 bilhões no último ano

De acordo com estudo da CNT, ocorreram, em média, 80 acidentes com vítimas a cada 100 km de rodovia em 2021. Confira os principais dados.

O índice de acidentes nas rodovias federais brasileiras aumentou 1,6% em 2021 em relação a 2020 – as ocorrências passaram de 63.447 para 64.452 casos. O mesmo se deu com as mortes, que cresceram 2,0%, passando de 5.287 vidas perdidas na malha federal, em 2020, para 5.391, no ano passado. Esses dados constam no Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, publicado pela Confederação Nacional do Transporte.

O relatório desenvolvido pela CNT reúne dados da Polícia Rodoviária Federal sobre acidentes ocorridos em rodovias federais brasileiras no período de 2007 a 2021.

O custo anual estimado dos acidentes ocorridos em rodovias federais no Brasil chegou a R$ 12,19 bilhões. Esse montante é superior ao valor total efetivamente investido em rodovias em 2021 (R$ 5,76 bilhões).

Ranking de acidentes na malha rodoviária federal

Em relação ao ranking de acidentes na malha rodoviária federal, a BR-101 é a rodovia que contabiliza o maior número de ocorrências com vítimas, 9.257.  Em seguida está a BR-116. Porém vale ressaltar que essas são as rodovias mais extensas do país. Em termos de acidentes proporcionais à extensão das rodovias, as mais críticas são a BR-381 e a BR-465, respectivamente com 2.940 e 100 acidentes.

Acidentes envolvendo caminhões

Os caminhões representam quase 20% dos veículos envolvidos em acidentes, com um total de 20.475 registros do ano de 2021.

Já quando se observa o total de acidentes envolvendo mortes, 854 pessoas eram ocupantes de caminhões

De acordo com dados do painel, em 2021 o tipo mais frequente de acidente foi a colisão, com 60,2% dos casos. Cerca de 60% das mortes em acidentes nas rodovias estão relacionados a esse tipo de caso. Por sua vez, a saída da pista representou 15,6% do total e o tombamento e capotamento, 12%. 

Também foram registrados 44 casos de derramamento de carga durante o período.

A fatalidade, no geral, acomete majoritariamente homens (82,2%) e, predominantemente, acontece de sexta-feira a domingo.

De acordo com o presidente da CNT, Vander Costa, os números sinalizam a necessidade de mais investimento em infraestrutura rodoviária e em educação no trânsito com foco na segurança viária, fatores importantes para contribuir com a redução efetiva do número e da gravidade dos acidentes na malha rodoviária. “A diminuição de acidentes gera benefícios para o transporte, para a economia e para a sociedade e, por isso, deve ser buscada”, enfatiza.

Gerenciamento de riscos para transporte de cargas 

O aumento no índice de acidentes nas estradas mostra a necessidade da prevenção e proteção para os profissionais que atuam com o transporte de cargas. 

Preservar a vida dos motoristas, das demais pessoas que circulam nas rodovias e do patrimônio é um grande desafio para o segmento. Portanto, é fundamental que as empresas e profissionais atuem na conscientização e suporte constante.

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Lei Seca completa 13 anos e multas nas rodovias federais caem 64%

Você já parou para pensar que a medida que ajudou a salvar milhares de vidas traz também lições sobre uma cultura de prevenção de perdas?

A Lei n° 11.705 de 2008, que ficou conhecida como Lei Seca, completou 13 anos em junho de 2021. Em mais de uma década de vigência, mais de 41 mil vidas no trânsito foram salvas a partir de esforços com fiscalização e conscientização. 

Esse é um bom exemplo de prevenção de perdas a ser observado por instituições públicas e privadas que lidam com riscos que envolvem vidas e patrimônio

Estudos das entidades científicas que analisaram períodos anteriores à lei, mostraram que mais de 50% dos acidentes de trânsito no Brasil envolviam o consumo de álcool. Além das pessoas e famílias afetadas, existe o impacto econômico com o alto custo dessas ocorrências.  

Penalidades da Lei Seca

O artigo 165 do CTB define como gravíssima a infração de dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência. Nesse caso, o motorista é multado em R$ 2.934,70, valor que dobra caso o infrator seja flagrado novamente no período de um ano. 

Além disso, seu direito de dirigir fica suspenso por 12 meses. Vale destacar que a simples recusa em submeter-se ao teste de etilômetro oferecido pelo policial ocasiona a mesma penalidade do artigo citado. 

Os números ao longo dos anos

O número de motoristas flagrados dirigindo sob o efeito de álcool nas rodovias federais brasileiras caiu 64,4% no último levantamento, em 2020, na comparação com o ano anterior. 

Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, 11.901 motoristas foram autuados durante o ano passado, contra as 18.467 multas aplicadas em 2019 e as 17.929 aplicadas em 2018.

Apesar da diminuição, ainda existe muito trabalho para combater este problema relacionado ao hábito. Reforçar as ações de monitoramento e de educação é fundamental para reduzir ainda mais o número de motoristas que, diariamente, insistem na combinação perigosa de álcool e direção, colocando também em risco a vida de inocentes.

Análise, prevenção e gestão de risco

Empresas que atuam diretamente com o transporte dependem da boa atuação de seus motoristas. Um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) comprovou um dado alarmante: 90% dos acidentes de trânsito no Brasil são causados por fator humano

No caso do transporte de cargas, temos o uso do aparelho celular ao dirigir, grande distância percorrida, manutenção do veículo e problemas de saúde do caminhoneiro entre as principais causas de acidentes envolvendo caminhão.

Como promover mais segurança? Ao lado de medidas como a Lei Seca, é importante estimular os bons hábitos no trânsito, visto que os resultados são efetivos.

Acompanhar os índices de sinistros ao longo dos anos, entender as causas dos acidentes e tomar medidas de prevenção e fiscalização são exemplos de ações observadas nas leis e campanhas e que compõem a gestão de riscos

Esse trabalho constante é fundamental para a proteção patrimonial, segurança humana e boa operação de qualquer companhia, independente da sua área de atuação.
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