CIOT: saiba o que é e como emiti-lo

CIOT

A maioria das empresas de transporte usa serviços de fretes para enviar suas mercadorias e fazer pedidos, porém é necessário que as transportadoras saibam corretamente como é realizada a taxação de frete pelos produtos comercializados, visto que grande parte desses negócios utilizam esse serviço.

CIOT

A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) regulamentou o formato de pagamento para serviços de frete e entrega, chamando-o de Código Identificador da Operação de Transporte.

Quer conhecer mais sobre o CIOT? Então confira abaixo:

  • O que é o CIOT?
  • Quais são as modalidades do CIOT?
  • Por que o CIOT é importante?
  • Quem precisa emitir o CIOT?
  • Como emitir o CIOT?

O que é o CIOT?

O Código Identificador da Operação de Transporte (CIOT), foi instituído pela Resolução ANTT nº 5.862, 17 de dezembro de 2019 e é um documento obrigatório no qual é um selo de identificação operacional de transporte de cargas no Brasil. Além disso, a ANTT fiscaliza os serviços de frete realizados nas estradas brasileiras pelo CIOT.

Esse documento assegura um favorável relacionamento entre o contratante e a transportadora contratada, ademais garante segurança nos serviços prestados. 

Quais são as modalidades do CIOT?

A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) designa duas modalidades de CIOT:

  • CIOT Padrão

Também conhecido como viagem padrão, é concebido quando são contratadas viagens isoladas, ou seja, o prazo de duração é de no máximo 90 dias. 

  • CIOT Agregado

A empresa que aderir a essa modalidade terá o serviço de transporte com exclusividade. Nesse caso o prazo de duração é menor, no máximo 30 dias 

Por que o CIOT é importante?

Com o Código Identificador da Operação de Transporte, existe a garantia de que os pagamentos com fretes sejam padronizados e regulamentados. Esse documento trouxe maior segurança nas operações comerciais envolvendo o transporte de cargas, assegurando que o transportador receba o pagamento do contratante, que por seu lado obtém maior gerenciamento de seus gastos e pagamentos e também possui a garantia de que o produto foi pago e está com o transportador.

Quem precisa emitir o CIOT?

A emissão desse documento deve ser realizada por todas as empresas que fazem a contratação de;

  • Transportador Autônomo de Cargas (TAC); 
  • Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC);
  • Empresas de Transporte Rodoviários de Cargas que possuem até três veículos inscritos no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) ou que tenham o transporte rodoviário como atividade principal.

Como emitir o CIOT?

Desse modo, agora que você já sabe o que é o CIOT, quais são suas modalidades, por que ele é importante e quem precisa emiti-lo, vamos explicar como fazer a emissão deste código. 

Primeiramente, quem é responsável por gerar o número e fazer o pagamento do valor do frete é a empresa contratante. Isso deve ser feito através de um depósito bancário ou pagamento autorizado pela ANTT, na qual oferece uma conta-corrente para realização desse pagamento. 

Dessa maneira, o contratante deve acessar o site da ANTT para cadastrar a operação de transporte no sistema ou até realizar o pedido pela central de atendimento. Esse processo é feito pela Instituição de Pagamento de Frete Eletrônico (IPEF). 

Para a emissão do código é necessário ter em mãos as seguintes informações:

  • Número da RNTRC do transportador;
  • Nome, CPF/CNPJ e endereço da empresa;
  • Nome, CPF/CNPJ e endereço do destinatário;
  • Município de origem e destino da carga;
  • Valor do frete;
  • Valor total do Vale-pedágio e combustível;
  • Valor dos impostos e taxas;
  • Data de início e término da operação de transporte;
  • Placa, UF e Renavam do veículo transportador;
  • Especificações da carga;
  • Forma de pagamento e tipo de efetivação;
  • Dados do cartão do motorista ou/e proprietário do veículo. 

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Cenário do transporte rodoviário de cargas pós-pandemia

Todos tínhamos planos, até sermos pegos de surpresa com o início do lockdown em Março de 2020 devido à rápida contaminação da Covid-19. O coronavírus trouxe reflexos no mercado global, inclusive para o setor de transporte rodoviário de cargas.
Nesse contexto, pós-pandemia , o transportador enfrenta dois diferentes cenários: o de crise e o de oportunidade de negócio. A diferença entre o fracasso e o sucesso está na capacidade e velocidade com que as transportadoras se adaptaram à nova realidade de mercado.

De acordo com o site de notícias G1, no ano de 2020, o e-COMMERCE alcançou 79,7 milhões de clientes, as medidas de restrição de circulação e o fechamento de lojas físicas durante a crise foram os principais fatores para o crescimento da compra em sites. Partindo desse pressuposto, com o aumento das compras onlines, as transportadoras tiveram que inovar, e muitas aproveitaram e enxergaram essa crise como uma oportunidade de negócio.


Com investimento em tecnologia, segurança e logística, o setor de transporte de carga pode crescer de forma exponencial, atendendo às demandas de agilidade nas entregas do expressivo volume de vendas do e-COMMERCE e permitindo que muitos motoristas de caminhões continuem exercendo suas funções, principalmente nos momentos mais difíceis da crise causada pelo coronavírus.


Além da grande importância para o e-COMMERCE, o transporte rodoviário de cargas (TRC) movimenta 61% do transporte de cargas (segundo dados da Associação Brasileira dos Caminhoneiros) de tudo o que é produzido e consumido no Brasil, o que evidencia a importância do segmento na economia nacional para todas as demais atividades econômicas.


Para este ano, o TRC deve permanecer em alta. Segundo o Radar CNT do Transporte, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte, o PIB do transporte cresceu 3,6% em volume de serviços no primeiro trimestre de 2021. Esse crescimento foi constatado a partir de indicadores publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Economistas enxergam 2022 um ano desafiador e o cenário segue complexo pelas variantes do coronavírus que podem mudar a qualquer momento o rumo econômico global. Acrescenta-se a isso o aumento do diesel e o alto custo dos insumos, mas se tem uma coisa que o setor de logística aprendeu nos últimos dois anos, é que para prosseguir no mercado é fundamental se reinventar.

Por ser um ano eleitoral, 2022 torna-se ainda mais desafiador, instável e que gera algumas incertezas ao mercado como um todo, fato este que afeta diretamente o TRC.


O planejamento e sinergia nas operações, otimizando recursos e ativos (caminhões) e parcerias operacionais estratégicas que possibilitem que os veículos rodem a maior parte do tempo carregados, melhora de forma significativa a rentabilidade das operações do transportador.

Sendo assim, entende-se que, apesar de crises como a pandemia em 2020 e o grande aumento do preço do combustível em 2022, o investimento em novas tecnologias, treinamentos, capacitações e reciclagens para todos os profissionais do segmento, em especial aos motoristas, será um diferencial para que todas as empresas desse setor continue crescendo de forma significativa no Brasil.

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Confira 5 problemas que os transportadores enfrentam atualmente no Brasil

No Brasil, o transporte rodoviário é o modal mais utilizado. Esse modelo é responsável por cerca de 75% da distribuição do país, desde insumos até produtos industrializados. O uso de caminhões e carretas nas estradas vêm aumentando desde a década de 50. Entretanto, as transportadoras enfrentam desafios logísticos, econômicos e sociais.

Em vista disso, confira abaixo cinco exemplos de riscos enfrentados e algumas sugestões de soluções para serem mitigados:

  • Roubo de Cargas 
  • Acidentes
  • Má condição das estradas 
  • Responsabilidade Civil Direta ou Solidária 
  • Elevado custo do principal insumo do transportador: O diesel 

1. Roubo de cargas

Atualmente, o roubo de mercadorias e a falta de segurança nas estradas são um dos maiores problemas logísticos do Brasil. De fato, os ataques de quadrilhas profissionais aumentam a cada ano, gerando muita insegurança entre as empresas e os motoristas, causando prejuízos e colocando seus funcionários, colaboradores e patrimônio em perigo. 

Para mitigar este tipo de risco, é necessário que a Gerenciadora de Risco responsável pelo trajeto da transportadora planeje uma rota segura e um monitoramento de carga eficaz para a mercadoria, assim reduzindo os riscos de sinistro. 

Ademais, cabe as transportadoras promoverem treinamentos para seus motoristas a fim de que eles evitem trajetos mais sujeitos a assaltos e tomem cuidado nas estradas durante a viagem. Além disso, as empresas investem cerca de 15% de seu faturamento bruto em medidas de Gerenciamento de Riscos e segurança tais como  escolta armada, ISCAS, rastreamento, equipamentos de rastreamento, segurança patrimonial, planejamento logístico, dentre outros,  para proteger suas mercadorias durante o trajeto.

2. Acidentes

Excesso de velocidade e de trabalho, falta de manutenção preventiva nos caminhões, manuseio indiscriminado de telefone celular e aplicativos de conversas com o veículo em movimento, consumo de estimulantes e drogas, tais como rebites, cocaína e até o consumo de álcool são as maiores causas dos acidentes que ocorrem nas rodovias brasileiras.

Para tentar amenizar o problema é preciso que os motoristas:

  • Sempre respeite a sinalização de velocidade das vias e se estiverem cansados, os motoristas devem parar em pontos de apoio mais próximos para descanso, cumprindo com o controle de jornada representado pela Lei 13.103/2015; 
  • A revisão dos caminhões deve ser feita conforme a orientação do fabricante para que não se tenha problemas quando está no meio da via. Não deixe para fazer as manutenções apenas quando o caminhão der problema;
  • Quando estiver dirigindo não se deve fazer uso do celular e nem manusear qualquer objeto. Se for necessário a utilização desses é recomendado que se pare em um local seguro;
  • Álcool e bebida não são permitidos em hipótese alguma, por isso, mesmo que tenha ingerido apenas um copo não deve dirigir. O mesmo é válido para medicamento e outras substâncias que possam alterar a percepção da realidade.

3. Má condições das estradas

Uma questão bem antiga, e que possui baixo investimento público no país, é o transporte rodoviário. Quando pensamos nos problemas do transporte e logística no Brasil fica difícil não lembrar da infraestrutura precária, falha na pavimentação, buracos, pouca iluminação, sinalização ruim, entre outros problemas que encontramos nas estradas nacionais no nosso dia a dia. 

Essa má estrutura, gera consequentemente danos na frota e carga, ocorrência de acidentes e também aumento do tempo das entregas, dificultando ainda mais o trabalho das transportadoras. 

A utilização de planejamento estratégico em logística, como a implementação de ações realizadas à inteligência geográfica é uma das soluções para resolver esse problema. Além disso, o governo poderia reabilitar as estradas do país, tampando os buracos, implantando mais iluminação e sinalização para melhor segurança dos transportadores e dos motoristas em geral. 

4. Responsabilidade Civil Direta ou Solidária

O tema Responsabilidade Civil Geral trata-se de um dos maiores riscos enfrentados pelos transportadores. Um único evento de acidente que venha causar danos corporais e/ou materiais a terceiros, pode ocasionar prejuízos financeiros de grande severidade, com o risco de quebrar a empresa transportadora. 

Existem ainda, os riscos da Responsabilidade Civil Solidária, do emissor do CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), ou seja, quando o transportador contrata motoristas agregados e autônomos para transportar as mercadorias a ele confiadas. Caso estes agregados e autônomos venham a se envolver em acidentes e causem danos corporais e/ou matérias a terceiros, e estes profissionais não tenham respaldo de apólices de seguros compatíveis com os riscos, o transportador emissor do CT-e, poderá ser responsabilizado. 

5. Elevado custo do principal insumo do transportador: O diesel

Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou em março deste ano reajustes nos preços de gasolina e diesel. Nesse contexto, este aumento tem impactado o setor de transporte rodoviário de cargas, de modo que as empresas precisam repassar esta elevação ao valor dos fretes. 

De acordo com o boletim técnico do IPTC, esse último aumento sobre o preço do diesel elevará os custos do transporte de cargas lotação em 12,57% na média geral, sacrificando mais as operações de longas distâncias (6 mil km) em 18%. Já para as operações de carga fracionada o impacto médio é de 4,87%.

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