Construção Civil: Vantagens e benefícios do seguro de vida em grupo

O gerenciamento de riscos no canteiro de obras envolve diversos fatores, e a prevenção de perdas é fundamental para a rentabilidade na indústria da construção civil. Para isso, as construtoras e empreiteiras devem priorizar estratégias para segurar seu patrimônio — e isso inclui proteger e valorizar seu capital humano.

O setor registrou aumento de 150% na geração de novas vagas, com carteira assinada, em 2021. Mesmo vivenciando um cenário desafiador com o incremento de custos, pela elevação nos preços dos insumos, o dado é o melhor desde 2010, conforme a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

No entanto, a segurança desses profissionais é um importante ponto de atenção. Para se ter ideia, a construção está entre os cinco setores com maior índice de acidentes de trabalho, ao lado de  atividades como atendimento hospitalar, comércio varejista, administração pública e transporte rodoviário de cargas

Nos últimos dez anos (2012-2021), foram mais de 280 mil notificações de acidentes de  trabalho envolvendo construção de edifícios, obras e serviços de engenharia, de acordo com dados atualizados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Quando segmentada a causa do acidente, são listados agentes químicos (19%), queda de altura (17%), máquinas e equipamentos (14%), veículos de transporte (10%), entre outros.

Para suprir a demanda de maior segurança para os colaboradores, as campanhas de conscientização e fiscalização torna também indispensável a adesão de benefícios como o seguro de vida.

Seguro de vida para funcionários da construção é obrigatório?

De acordo com a legislação brasileira, nem todas as empresas são obrigadas a contratar seguro de vida para seus colaboradores. Porém, algumas categorias exigem o benefício, devido a convenções sindicais, como é o caso da construção civil.

As exigências podem variar de acordo com o estado, como é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por isso, trata-se de um seguro desenvolvido para atender as exigências mínimas estabelecidas pela convenção coletiva de trabalho do sindicato da categoria.

Como funciona o Seguro de Vida em Grupo?

O seguro de vida tem o objetivo de garantir o pagamento de indenização ao colaborador segurado, garantindo mais tranquilidade diante de algum incidente ou necessidade coberta. 

Neste seguro, toda negociação das cláusulas, contratação e renovações é realizada pela empresa (pessoa jurídica), que será a estipulante. O colaborador (pessoa física) é incluído como segurado, e os seus familiares, ou qualquer pessoa indicada pelo segurado, serão os beneficiários, ou seja, a parte designada para receber os valores dos capitais segurados, na hipótese de ocorrência do sinistro.

Plano não contributário x Plano contributário

Existem dois tipos de seguro de vida em grupo, que se diferenciam de acordo com a parte responsável pelo pagamento das mensalidades.

No plano não contributário é a organização que custeia todas as despesas do benefício contratado. Já no plano contributário, o colaborador segurado é responsável pelo pagamento total ou parcial, sendo comum que este valor seja descontado diretamente da folha de pagamento.

Principais coberturas do Seguro de Vida Empresarial

Um destaque para o Seguro de Vida em Grupo é que se trata de um seguro com diversas opções de cobertura, condições negociadas alinhadas com a necessidade da empresa e fácil contratação. Tudo isso pode variar de acordo com a seguradora, mas entre as principais coberturas temos:

  • Morte: Garante o pagamento da indenização em caso de falecimento do segurado por morte natural ou acidental.
  • Assistência funeral: Garante a prestação dos serviços de sepultamento ou cremação (onde existir esse serviço), inclusive de natimorto e membros em caso de amputação.  Podem incluir serviços como: urna ou caixão, carro para enterro, carreto-extra, serviço-assistência, registro de óbito, taxa de sepultamento ou cremação, remoção do corpo, paramentos, aparelho de ozona, mesa de condolências, velas, velório, véu, enfeite floral e coroas.
  • Invalidez por acidente: Garante o pagamento da indenização, proporcional ao grau de invalidez, em caso de acidente que resulte em perda ou impotência funcional de algum membro ou órgão.
  • Invalidez funcional por doença: Garante o pagamento da indenização, no valor total do capital segurado, em caso de invalidez funcional permanente e total por doença.
  • Cônjuge: Possibilita a contratação de várias coberturas para o cônjuge do segurado principal.
  • Filhos: Possibilita a contratação da cobertura Básica de Morte para os filhos dependentes do segurado principal, garantindo uma indenização caso esses venham a falecer por morte natural ou acidental.

Coberturas adicionais

Existem inúmeras coberturas adicionais que podem ser incluídas de acordo com o perfil dos colaboradores, seus riscos e necessidades, como: Cobertura de Despesas Médicas, Hospitalares e Odontológicas; Renda por Incapacidade Temporária por Acidente; Cesta Básica, entre outros.

Veja também: Construção Civil: 5 tendências de gerenciamento de riscos para o setor

Saiba mais sobre soluções para engenharia e construção civil 

A Zattar é especialista em benefícios e gerenciamento de riscos empresariais. Entre em contato e saiba mais!

Construção Civil: 5 tendências de gerenciamento de riscos para o setor

O mercado da construção civil está vivendo um período de forte crescimento, impulsionado por incentivos em infraestrutura e a transição para práticas sustentáveis. De acordo com um relatório da Marsh e Oxford Economics, a previsão é que a indústria de construção global cresça 42%, movimentando cerca de US $ 15 trilhões até 2030.

Vários fatores contribuem para o surgimento de demandas no setor. Especialistas sinalizam a necessidade de adaptação e mitigação de riscos diante das mudanças climáticas. O aumento dos níveis do mar e o risco de inundações exigirão novas defesas costeiras, bem como esgoto e sistemas de drenagem. Edifícios e plantas comerciais podem precisar de projetos de proteção de tempestades e inundações, enquanto a infraestrutura envelhecida precisará ser revitalizada para lidar com eventos climáticos mais extremos.

A Covid-19 também contribuiu com essa demanda. A pandemia expôs deficiências em serviços públicos como saúde e assistência social, que se transformaram em maiores gastos com hospitais. Os impactos também afetaram as cadeias de abastecimento, mostrando a necessidade de construção de fábricas e armazéns

Ainda, a digitalização, que avançou de forma acelerada nos últimos anos, também pode impulsionar o segmento, exigindo infraestrutura de telecomunicações, data centers, centros de logística e varejo eletrônico.

Este boom global irá, no entanto, apresentar desafios para a construção e engenharia, especialmente relacionados à segurança. Esse cenário foi objeto de estudo do novo relatório da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), nomeado Riscos de Construção pós-Covid, que analisou a sinistralidade no setor e mapeou as tendências de riscos iminentes e de longo prazo para o segmento. Confira abaixo cinco pontos de destaque.

1 – Uma nova era de riscos para a construção civil

De acordo com o relatório, a pandemia trouxe uma nova era de riscos para todos os setores da economia. Na indústria da construção não foi diferente. 

Apesar de uma forte recuperação do segmento, ainda existem desafios de curto e longo prazo para superar, como a escassez de equipamentos essenciais e materiais, o aumento de custos, prazos de entrega mais longos, escassez de mão de obra qualificada e protocolos de trabalho em constante mudança. Segundo a Pesquisa Internacional de Mercado de Construção 2021, as taxas do aço dispararam em alguns países da União Europeia em até 50% devido a uma combinação de aumento do preço do minério de ferro, oferta restrita e aumento dos custos de remessa.

A indústria, portanto, precisará acelerar a implementação de medidas de eficiência e controle de custos

A análise da AGCS mostra que o problemas com projetos e mão de obra

são uma das principais causas de reivindicações na construção e engenharia,

representando cerca de 20% do valor do seguro de perdas em engenharia nos últimos cinco anos. 

2 – Oportunidades em infraestrutura 

A crise da Covid-19 afetou significativamente a atividade econômica global. No entanto, com avanço nas campanhas de vacinação e melhor entendimento para enfrentamento da pandemia, os governos estão se esforçando para estimular a atividade sustentável, não apenas com subsídios econômicos de curto prazo, mas também com estratégias de longo prazo para a recuperação econômica. 

O investimento em infraestrutura há muito tempo é visto como uma estratégia importante para gestão da crise econômica, com a geração de empregos e revitalização de comunidades

Os gastos com infraestrutura exigirão capital público e privado para vários setores, a depender das necessidades e estratégias de recuperação dos países. As áreas que devem se beneficiar incluem:

  • Energia (foco na mudança de clima e o transição para fontes renováveis)
  • Telecomunicações (demanda por dados e conectividade)
  • Assistência médica (a pandemia iluminou a necessidade urgente para aumentar investimento na saúde infraestrutura em muitos países)
  • Transporte (aéreo, ferroviário e rodoviário – ligações entre global, nacional e regional)
  • Tratamento de água e distribuição

3. Sustentabilidade irá conduzir mudanças no perfil de risco

Uma transição global para um futuro mais sustentável, incluindo esforços para cortar as emissões de carbono, terá implicações profundas para os riscos na construção civil. 

De acordo com o relatório, cerca de 50% de toda a emissão de carbono de um edifício vêm da fabricação de materiais e do processo de construção. Para reduzir a pegada de carbono, será necessário adotar novos materiais e processos de construção

Esse caminho também é importante para tratar problemas que já existem. Para se ter ideia, a análise de ocorrências da AGCS mostra que incidentes com incêndios e explosões foram responsáveis por mais de um quarto (26%) dos sinistros na construção e engenharia nos últimos cinco anos:

4. Os desafios dos riscos climáticos para a construção

Eventos climáticos extremos também causaram grandes perdas nos últimos anos, devido à mudança climática e ao crescimento da atividade econômica em partes do mundo expostas a catástrofes.

É urgente que os canteiros de obras estejam mais preparados e tenham mais atenção com o impacto de desastres naturais como incêndios florestais, inundações repentinas e deslizamentos de terra.

A análise das ocorrências da AGCS mostra que desastres naturais são a segunda causa mais cara de perdas de engenharia, respondendo por 20% das ocorrências durante os últimos cinco anos:

● Fogo, explosão 26%

● Desastres naturais 20%

● Produto defeituoso 12%

● Falha de acabamento / manutenção 8%

● Erro humano / erro operacional 6%

● Outros 30%

5. Riscos Cibernéticos

O uso de tecnologia é crescente na indústria da construção. Máquinas e recursos de automatização são aplicados a cada vez mais tarefas com o uso de equipamentos e ferramentas conectadas, realidade virtual, sensores, dispositivos vestíveis e baseados em nuvem. Plataformas também estão sendo usadas para gerenciar cadeias de suprimentos, melhorar a segurança e gerenciar projetos.

Tudo isso traz mais produtividade para o setor, mas também expõe os projetos a ataques cibernéticos. O avanço na digitalização pode gerar tentativas maliciosas de obter acesso a dados sensíveis, à interrupção do projeto, interrupção da cadeia de suprimentos, e inclusive, riscos à reputação das partes envolvidas.

Confira o relatório completo aqui

Saiba mais sobre soluções em gerenciamento de riscos para engenharia e construção civil 

A Zattar é especialista em riscos empresariais. Entre em contato e saiba mais!

Construção civil: os principais riscos e ameaças para o setor

Desde o início da pandemia de covid-19, diversos setores da economia passaram por instabilidades. No entanto, o que se observa na construção civil é um saldo positivo, com crescimento de 10,7% em 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo a maior alta entre dez grupos de atividades econômicas pesquisadas. 

Para o ano de 2021, a expectativa também é otimista. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), a estimativa para este ano é um aumento de 4% no PIB da construção, o que pode significar a geração de 200 mil novos empregos no setor. É o maior crescimento em oito anos.

Podemos observar o fenômeno até mesmo no volume de fretes para construção civil, que apresentou um aumento de 116% em 2020. Para se ter uma ideia, a demanda para o transporte de pedras aumentou 140% e o de cimento 116%. Esses dados são do terceiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2019. 

Se, por um lado, o país conta com grandes investimentos públicos e privados com obras e infraestrutura, do outro, não podemos esquecer dos riscos que acompanham este tipo de atividade e que podem ameaçar sua rentabilidade.          

A alta demanda na construção civil requer um olhar mais atento aos riscos

Seja no planejamento ou logística, da execução à entrega da obra, em todas as etapas passamos por diversos processos que envolvem riscos relacionados a vidas e patrimônio. Quando falamos em uma alta demanda, inevitavelmente temos uma maior exposição. 

Entre os riscos mais comuns no canteiro de obras, podemos destacar:

  • Morte ou invalidez do empregado: este é o primeiro risco que vem à mente das pessoas quando o assunto é construção civil, e não é por acaso. A ocupação servente de obras está entre as cinco que mais sofrem com incidentes – cerca de 97 mil, de acordo com o Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho.
  • Danos a terceiros: uma obra é um local de circulação de pessoas, incluindo fornecedores ou visitantes que também ficam expostos a incidentes. Não estar preparado para este risco causa muita dor de cabeça e pode gerar grandes valores indenizatórios relacionados à Responsabilidade Civil
  • Interrupção de negócios: diversos fatores podem levar a paralisação ou atraso de um empreendimento. Incidentes com máquinas e equipamentos, incidentes ambientais, panes elétricas, incêndios, por exemplo, são situações que precisam ser previstas e podem gerar grandes prejuízos.

Proteção para o seu empreendimento do início ao fim  

A Zattar Seguros conta com uma equipe experiente e com amplo conhecimento técnico para entender seus riscos e oferecer estratégias que vão proteger seu patrimônio e dar mais tranquilidade caso ocorra algum evento que ameace o seu negócio. 

Contamos com soluções especiais para a construção civil, como Riscos de Engenharia, RC em Obras, Seguro Garantia, Riscos Ambientais, entre outros. Entre em contato para saber mais.