Seguro D&O: quando faz sentido contratar?

O Seguro D&O, também conhecido como RC Administradores, tem ganhado importância no Brasil. Entenda para quais casos a proteção é indicada e como funciona sua contratação.

O número de empresas que contratam seguro para proteger o patrimônio dos seus diretores mostrou um aumento acelerado nos últimos anos. O Seguro D&O está presente em 16,8% das empresas. O índice apresenta um aumento de 10 pontos percentuais, comparado ao biênio 2018-2019.

Os dados são da 13ª Pesquisa Aon de Benefícios, estudo que acompanha há 17 anos a evolução das práticas de RH de companhias que atuam no país. A pesquisa ouviu 808 companhias de diferentes segmentos, no Brasil todo, e foi divulgada em agosto de 2021.

A apólice D&O – Directors & Officers existe no Brasil desde a década de 90. A modalidade está ao lado das outras linhas de responsabilidade civil como o Seguro E&O (RC Profissional), RC Riscos Ambientais, RC Transportador Rodoviário de Cargas, por exemplo, que passaram a ser considerados importantes mecanismos de proteção patrimonial de pessoas e empresas

No caso do D&O, temos uma proteção específica para diretores, executivos e tomadores de decisões de grandes organizações.

A quais riscos os diretores e executivos estão expostos?  

O desenvolvimento de uma organização envolve negociações, estratégias e planejamento que exigem grande habilidade de seus administradores. 

Esses profissionais ficam à frente das decisões lidando com diferentes pessoas, legislações e culturas, podendo enfrentar uma crise a qualquer momento.  

Eventualmente, executivos podem ser alvos de investigação por danos a terceiros como, por exemplo, funcionários, acionistas, clientes, fornecedores, agências reguladoras, fisco, ministério público, entre outros.

A ideia de proteção para esses profissionais vem da tendência de responsabilização das pessoas diante de erros ou má conduta de empresas

Podemos citar a Lei das S.A, Código Tributário Nacional, Código do Consumidor, Código Penal (art 177), Lei de Crimes contra Economia Popular, Lei de Falências, Lei do Meio Ambiente.

É comum ainda surgirem situações onde o profissional sofre uma reclamação, no entanto é considerado inocente. Todo esse processo de defesa pode gerar um transtorno e grandes custos tanto para o profissional quanto para a empresa. 

Como funciona o Seguro D&O?

A apólice D&O consiste em uma proteção contratada pela empresa (pessoa jurídica), para cobrir os administradores (pessoa física) de reclamações sobre tomadas de decisões durante o exercício de sua função

A abrangência da apólice pode variar de acordo com o segmento ou perfil da empresa, mas em suma, é visto como seguro de proteção jurídica, contemplando os custos judiciais e extrajudiciais.

Conforme o art. 11 da Circular n°637/2021, o seguro D&O possui como cobertura básica: garantir o interesse do segurado que for responsabilizado por danos causados a terceiros, em consequência de atos ilícitos culposos praticados no exercício das funções para as quais tenha sido nomeado, eleito ou contratado, e obrigado a indenizá-los, por decisão judicial ou decisão em juízo arbitral, ou por acordo com os terceiros prejudicados, mediante a anuência da sociedade seguradora, desde que atendidas as disposições do contrato.

Importante destacar que esse seguro não exige que o profissional coberto pertença ao quadro societário da empresa. Em geral, basta que a pessoa esteja em posição de gerenciamento de modo que possa vir a ser responsabilizada por condutas realizadas em nome da empresa de forma não intencional.

Assim, esse seguro pode ser destinado a diretores e executivos de companhias de capital aberto ou fechado, de diversos setores da indústria como agricultura, óleo e gás, energia, entre outros.

Quer saber mais sobre o Seguro D&O?

Na Zattar Seguros você tem uma equipe de especialistas preparada para avaliar seus riscos e entender as necessidades do seu negócio. Entre em contato.

Segurança do motorista profissional: Perigos do uso de celular dirigindo

Uma breve olhada no celular enquanto se está dirigindo pode tirar a atenção do motorista por vários metros. Entenda os riscos desse hábito e por que ele está entre as principais causas de acidentes no trânsito. 

É inegável que nos últimos anos a tecnologia tem trazido diversos benefícios para quem atua no transporte de cargas e logística. O aparelho celular, em especial, se tornou uma importante ferramenta de comunicação para os motoristas profissionais

Nas jornadas, às vezes solitárias, o uso de aplicativos de conversas e vídeos se torna também um atrativo para muitos caminhoneiros. No entanto, o uso do celular enquanto se está dirigindo não é um hábito saudável.

A condução nas rodovias exige atenção redobrada, já que qualquer deslize no volante pode ter graves consequências. Não é novidade que a melhor forma de evitar acidentes é respeitar as normas de trânsito e ter prudência.

Conforme a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET) 57% das causas de acidente no trânsito estão relacionadas à utilização do celular e representam 28% dos acidentes com morte.

Ao todo, são 150 vítimas por dia e 54 mil por ano, segundo a associação. Essa combinação só perde em números de fatalidades para o excesso de velocidade e a embriaguez ao volante.

Se o motorista for flagrado enquanto manuseia o celular durante a condução do veículo, a punição é uma infração gravíssima, sete pontos na CNH e multa de R$ 293,47

Ao conversar com alguém pelo viva voz ou com fones de ouvido, você não perde apenas a noção auditiva do trânsito como desvia a atenção daquilo que está fazendo.

Os dados estatísticos são importantes, porém devemos lembrar que a utilização do celular durante a direção coloca em risco a sua vida e a de todos aqueles que estão ao redor do veículo. Sua atenção fica toda concentrada no aparelho e pode acabar causando uma colisão ou atropelamento, com grandes chances de haver vítimas, inclusive fatais.

Entenda por que o celular agrava o risco durante a direção:

1.  Aumenta em 4 vezes o risco de acidentes. Pois o tempo de reação do motorista se torna maior!

2. O motorista ao celular perde a visão 360º! 

  • Perde a visão dos retrovisores e vidros dianteiros; 
  • Limita campo de percepção e aumenta as chances de colisão frontal e lateral; 

3. Aumenta a possibilidade de não enxergar com antecedência os imprevistos na pista tais como:

  • Buracos
  • Animais
  • Lombadas
  • Outros veículos

O motorista ao perceber o imprevisto, não há mais tempo de frear e as consequências podem ser desde uma simples colisão com perdas de bens materiais ou na pior das hipóteses, um acidente com vítimas fatais.

Veja uma simulação realizada da relação motorista utilizando celular x deslocamento:

Um motorista ao ler uma mensagem com tempo de desatenção de 2 segundos… 

…em velocidade de 60 km/h, percorre 34 metros as cegas”!!!

… em velocidade de 80 km/h, percorre 56 metros (metade da distância de um campo de futebol)!!!

Quando surge a necessidade de uma freada ou imprevisto no trânsito, o condutor deve fazer uma manobra rápida para evitar o acidente. Porém, ao fazer uso de celular no volante, esse tempo de reação pode aumentar em até 35%, segundo o Ministério dos Transportes.

Hoje infelizmente muitos motoristas deixam a segurança em segundo lugar durante a direção. Em casos de necessidade ou emergência, procure parar o caminhão em local apropriado antes de aceitar uma chamada. 

Durante um frete, é necessário prestar atenção em todos os detalhes enquanto estiver na estrada e evitar o máximo de distrações possíveis, pois voltar para casa é muito mais importante do que responder uma simples mensagem ou atender um telefonema.

Eduardo Tavares – Gerente de Risco e Operações. – Zattar Seguros. 

Veja mais: Redução de perdas no transporte. Você qualifica seus motoristas?

Para quem atua no ramo logístico sabe o quanto é complexo o processo do transporte de cargas, e a peça-chave para o sucesso da operação é o motorista, afinal, seu comprometimento com as instruções repassadas nos treinamentos, atrelado ao monitoramento durante a viagem, refletirá na redução dos acidentes e custos para a operação.

Passo a passo: Como calcular o seguro para transporte de cargas

O seguro para transporte de carga é uma categoria que garante à transportadora contratante uma indenização por prejuízos ao carregamento durante viagens ferroviárias, terrestres, aéreas ou marítimas.

cálculo seguro para transporte de cargas

Portanto, confira no exemplo abaixo o passo a passo de como calcular o valor do seguro para transporte de carga no modal rodoviário terrestre (apólices RCTR-C e RC-DC):

Imagine que uma transportadora movimentou R$5.552.000,00 ao final do mês, qual será o valor que ela pagará para a seguradora?

Exemplo prático: Calculando o seguro para transporte de cargas

1 – PRIMEIRO PASSO: 

Antes de tudo, confira o valor da taxa para o transporte das mercadorias. Existem dois tipos de taxas de RCTR-C: as fixas (definida pela seguradora) e as variáveis (retiradas da Tabela Oficial de Taxas do Seguro Obrigatório de RCTR-C). Já a taxa de RC-DC é única e determinada pela seguradora. 

Nesse exemplo vamos utilizar a taxa de RCTR-C variável (valor da tabela abaixo). Então vamos supor que o valor transportado final do mês (R$5.552.000,00) foi de Santa Catarina para São Paulo, sendo assim, conforme na tabela, o valor da taxa de RCTR-C será 0,05% e o valor da taxa de RC-DC definida pela seguradora é 0,03%.

 (Saiba como calcular o seguro para transporte de cargas – Tabela Oficial de Taxas do Seguro Obrigatório de RCTR-C exemplos) 

Nota: As seguradoras trabalham com desconto comercial sobre as taxas dos respectivos percursos. Por exemplo: taxa de SC para SP 0,05%, caso a seguradora aplique desconto de 30% sobre a taxa, o segurado pagará sobre a IS o percentual de 0,035%. 

2 – SEGUNDO PASSO: 

Em seguida, multiplique o valor da NF (nota fiscal) que será a IS (Importância Segurada que é soma do valor total da mercadoria transportada) com a taxa de RCTR-C (0,05%), (Já com o desconto de 30%) e a taxa de RC-DC (0,03%). 

No caso do exemplo:

R$5.552.000,00 X 0,035% (RCTR-C) = R$1.943,20, de prêmio líquido (que significa sem IOF)

R$5.552.000,00 X 0,03% (RC-DC)  = R$1.665,60 de prêmio líquido (que significa sem IOF) 

3 – TERCEIRO PASSO:

Logo, some o valor multiplicado anteriormente com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras, que será sempre de 7,38%)

RCTR-C = R$1.943,20 + 7,38% = R$2.086,60 de prêmio bruto (que significa com IOF) 

RC-DC = R$1.665,60 + 7,38% = R$1.788,52 de prêmio bruto (que significa com IOF)

Sendo assim, o prêmio que a transportadora irá pagar pela movimentação do mês, desse exemplo, para a seguradora será R$2.086,60 (RCTR-C) e R$1.788,52 (RC-DC)

Observação!

Se o prêmio da transportadora for inferior ao mínimo estipulado em apólice ela deverá pagar um PMM (Prêmio Mínimo Mensal) para a apólice de RCTR-C e um PMM para a apólice de RC-DC no qual é definido pela seguradora. 

A Zattar é especialista em prevenção de perdas de transporte de cargas

Com uma equipe experiente e dedicada para seguro de transporte de cargas, a Zattar Seguros oferece consultoria completa para proteger suas operações. 

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Desastres naturais: Sua empresa está protegida?

Somente no ano de 2021, os desastres naturais causaram mais de  US$280 bi em prejuízos em todo mundo.  

Inundações, secas, furacões, entre outros, são fenômenos naturais severos que, quando causam danos materiais e humanos, são o que definimos como desastres naturais. A ocupação de regiões favoráveis para esses fenômenos, somada às mudanças climáticas, tornam esse risco cada vez mais comum e acendem um alerta para a sociedade e empresas.

Especialistas já apontam desastres naturais como um dos principais riscos globais que podem impactar os negócios na próxima década. Episódios recentes mostram impactos expressivos desses eventos na economia.

As cifras dos desastres naturais

De acordo com levantamento da seguradora alemã Munich Re, os desastres naturais causaram mais de US$280 bi em prejuízos em todo mundo durante o ano de 2021. 

Só nos Estados Unidos, os desastres provocaram danos de US$ 145 bilhões, com furacões, tornados, incêndios e enchentes ao longo do ano.

Um destaque foi o furacão Ida, que atingiu o Estado de Louisiana, no sul do país, que foi apontado como o desastre mais caro do mundo em 2021, acarretando prejuízos de cerca de US$ 65 bilhões.

Na Alemanha, o custo das enchentes devastadoras de julho de 2021 foi calculado em US$ 40 bilhões – de longe o desastre natural mais caro da história do país. O índice pluviométrico foi o mais alto registrado em um século.

“O dilúvio causou enchentes repentinas que devastaram incontáveis edifícios, além de causarem danos graves em infraestruturas como estradas, linhas férreas, pontes e rodovias. Mais de 220 pessoas morreram”, destacou o relatório.

Como um desastre natural pode afetar seu negócio

As consequências de um desastre natural podem ser diversas. Uma pesquisa feita pelo Instituto Fecomécio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) com empresários do comércio de bens, serviços e turismo afetados pelas chuvas que atingiram Petrópolis em fevereiro de 2022 traz alguns exemplos disso.

De acordo com o levantamento, 65,8% dos comerciantes entrevistados tiveram perda ou queda de faturamento e 32,4% tiveram seus estabelecimentos ou depósitos alagados. 

A chuva foi responsável pela interrupção de 27% do abastecimento de insumos necessários à atividade, enquanto 23,4% do comércio sofreu com a falta de funcionários

Além disso, 22,5% dos empresários relataram danos na estrutura física do estabelecimento e 20,7% afirmaram ter perdido mercadorias. A pesquisa mostrou ainda que 53,2% foram afetados em mais de uma forma.

Os desafios para o enfrentamento das catástrofes ambientais são muitos. As organizações precisam se adequar para passar por essas situações considerando os riscos das mudanças climáticas e tendências ambientais. 

Isso envolve medidas preventivas e gerenciamento de riscos com atenção à infraestrutura, treinamentos e planos de ação junto aos colaboradores. E são necessárias também  medidas protetivas que podem garantir que possíveis danos ou paralisações não afetem a rentabilidade do negócio.   

Como funciona o seguro empresarial para desastres naturais?

Existem diversas soluções que podem cobrir danos causados por desastres naturais em empresas, independente do segmento ou porte da organização. Por isso, é importante contar com ajuda profissional para analisar a exposição ao risco.  

Em geral, apólices com cobertura para danos naturais fazem parte do seguro patrimonial empresarial, também conhecido como compreensivo empresarial, que é destinado a atividades comerciais, industriais ou serviços, ou, ainda, a imóveis não residenciais.

Contratada como uma apólice acessória, essa proteção tem o objetivo de proteger o patrimônio da companhia,  ressarcindo os prejuízos causados principalmente à estrutura física onde a empresa se encontra, em situações como:

  • Tempestades
  • Chuvas de granizo
  • Deslizamentos de terra 
  • Inundações

Outra solução que em muitos casos pode ser indicada é o seguro para lucros cessantes. Esta cobertura tem por objetivo garantir a indenização pelos prejuízos resultantes da interrupção ou perturbação no giro de negócios do segurado, em situações onde os bens móveis ou imóveis venham a ser danificados ou destruídos por diversos motivos – inclusive danos ambientais.

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Saque de carga: o que fazer para amenizar prejuízos?

Prezar pela integridade da carga ou mercadoria é uma das principais preocupações durante sua movimentação. Riscos como roubo ou furto, acidentes e avarias infelizmente são uma realidade e nenhum transportador está totalmente livre disso. Muitas vezes os motoristas se deparam ainda com dois riscos ao mesmo tempo, como é o caso do saque de carga após um acidente. Neste momento, saber conduzir a situação de sinistro é fundamental para evitar maiores danos e prejuízos.

O saque de carga tombada é um crime legislativo que vem causando muitos problemas para os motoristas, as transportadoras e a polícia. 

De acordo com o Código Penal Brasileiro, artigo 169, a obtenção de bem alheio pode resultar em prisão, em períodos que podem variar de um mês até um ano de detenção

Mesmo assim, acontece com frequência, e o procedimento é bem conhecido: há um acidente e as pessoas se aglomeram no local, levando os produtos que ficam espalhados sobre a pista ou parcialmente na caçamba, como frutas, grãos, enlatados, eletrônicos, bebidas, entre outros. 

Mesmo tendo a carga segurada, é responsabilidade do transportador prezar por ela fazendo sua destinação correta, de acordo com Eduardo Tavares, especialista em gerenciamento de riscos no transporte de cargas. “Uma ocorrência de saque da carga gera estresse e confusão, vemos casos onde ocorrem até brigas, por isso é importante que o motorista esteja bem treinado e amparado para lidar com a situação com mais segurança”, explica.

Confira abaixo quais ações devem ser feitas quando há tombamento ou acidente seguido de saque de carga:

  • Faça contato com a sua gerenciadora (caso a carga seja rastreada)

A gerenciadora possui uma rede de empresas terceirizadas (pronta resposta) que podem chegar no lugar em um tempo adequado para a preservação da carga e acionamento de forças policiais até a chegada do representante da seguradora. 

  • Faça contato com a sua seguradora

Quanto mais ágil for o atendimento do comissário de avarias (representante da seguradora), menores serão os prejuízos e extensão de danos. 

  • O segurado transportador como fiel depositário e responsável pela mercadoria, deverá adotar todas as medidas cabíveis para minimizar os riscos de agravar os prejuízos;

As medidas cabíveis que devem ser seguidas pelo segurado: enviar segurança/pronta resposta para o local do sinistro com o objetivo de salvaguardar a carga e também zelar pela imagem e marca do fabricante dos produtos sinistrados. 

  • Providenciar o Boletim de Ocorrência do acidente 

Registrar fotos, vídeos de todos os trâmites do atendimento, criando evidências perante todas as partes interessadas. 

Caso não existam vítimas e/ou feridos, o B.O. poderá ser registrado através dos sites das forças de segurança pública. 

E em caso de saque da mercadoria, providenciar também o B.O na Polícia Civil. 

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RC – DC: Saiba quando acionar esta apólice

Um dos maiores desafios enfrentados pelas transportadoras de bens e mercadorias do país são os roubos e furtos nas estradas nacionais. Cada vez mais frequentes, esses crimes acabam colocando em risco os negócios dos transportadores e seus clientes.

Segundo o site de notícias G1, ‘‘o número de roubos de cargas de caminhões cresceu cerca de 130% em 2021, comparando com 2020 em Ribeirão Preto (SP). O aumento dos crimes tem preocupado motoristas que trabalham diariamente com transporte de mercadorias”. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou dados que mostram que 52% dos crimes cometidos como alvo patrimônios avaliados em até R$ 30 mil.

RCF-DC

Em vista disso, é de imensa importância que o transportador tenha em sua operação uma apólice de seguro para roubo de carga. Quer conhecer mais sobre o RC-DC? Assim, confira abaixo:

  • O que é RC-DC?
  • O que o seguro RC-DC cobre?
  • O que esse tipo de seguro não cobre?
  • Vale a pena acionar?

O que é RC-DC?

O Seguro de Responsabilidade Civil por Desaparecimento de Carga – RC-DC contratado pela transportadora (empresa responsável por realizar o transporte da carga) é o seguro obrigatório que cobre riscos de roubos concomitante com o veículo transportador.

Os segurados deverão contratar essa apólice adicionalmente ao seguro obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga.

O que o seguro RC-DC cobre?

O seguro RC-DC ampara o desaparecimento e roubo de cargas, porém para ter validade o roubo precisa ocorrer junto com o veículo transportador, como por exemplo: extorsão simples ou mediante sequestro. Com negociação e segurança adicional, a cobertura inclui roubos no depósito do transportador para mercadorias baixadas no armazém por período definido na apólice. Estão amparados ainda atos de pirataria durante a viagem em percurso fluvial.

Existem dois tipos de mercadorias amparadas pela apólice de RC-DC:

●       Mercadorias Específicas (mais visadas pelas quadrilhas): aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos, autopeças (destinadas à reposição em veículos), produtos alimentícios (café, doces, bebidas), cosméticos, dentre outras.

●       Mercadorias Diversas (pouco visadas pelas quadrilhas): máquinas, embalagens, papelão, dentre outras. 

O que esse tipo de seguro não cobre?

O transportador deve manter uma atenção cuidadosa, uma vez que a segurança poderá considerar algumas situações como abandono do veículo transportador. Por exemplo, se o motorista deixar o veículo em postos de combustível sem permanecer nele durante a noite. Neste caso, a seguradora poderá negar o pagamento da indenização

Além disso, certas mercadorias são restaurações da cobertura pelo seguro de RC-DC, como dinheiro em espécie, moedas, pedras preciosas, objetos de arte, cargas radioativas, nucleares e cigarros.

Vale a pena acionar o RC-DC?

Segundo Cristiano de Oliveira, professor e especialista em gerenciamento de riscos no transporte de cargas, é crucial administrar a sinistralidade de maneira estratégica.

“Caso o valor do prejuízo de roubo de carga seja baixo, se faz necessário avaliar se realmente vale a pena o acionamento da apólice, especialmente se a POS – Participação Obrigatória do Segurado (Franquia) for escalonada, como por exemplo, 0% (Zero) no 1º Sinistro, 10% (Dez) no 2º Sinistro e 15% (Quinze) no 3º em diante. Neste caso cabe uma análise com a participação do corretor para que seja tomada a decisão de utilizar ou não a apólice, pois o segundo sinistro poderá ter um valor maior, mais severo, e neste caso o prejuízo poderá ser expressivo se o segurado tiver acionado a primeira vez para um sinistro de baixo valor”, explica.

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Saiba a diferença entre seguro patrimonial básico e seguro RC para empresas

Entenda as diferenças e coberturas das duas modalidades que mais cresceram no ramo empresarial.

Independente do porte ou área de atuação, todo negócio está exposto a riscos, e a contratação de seguro empresarial se torna uma estratégia para proteger sua operação de interrupções ou grandes prejuízos. Afinal, essa é uma forma de garantir a segurança financeira após um dano ou uma perda causada por um incidente.

Quando se pensa na proteção patrimonial das empresas, a primeira coisa que vem à mente é a segurança contra situações já “tradicionais” como alagamentos, panes elétricas, vendavais, furto ou roubo, por exemplo. 

No entanto, nos últimos anos, o mercado de seguros têm observado outros desafios que as empresas enfrentam. Entre os principais, temos o número crescente de ações de responsabilidade civil, o popular “danos a terceiros”. 

Com cada vez mais consciência sobre seus direitos, clientes, colaboradores e fornecedores acionam a justiça para reclamar danos por motivos diversos e pedir uma reparação, que ocorre geralmente por meio de indenizações que geram uma alta conta para as empresas. 

É por isso que, ao lado do seguro patrimonial básico, as modalidades de responsabilidade civil têm acompanhado o plano de proteção patrimonial das organizações. 

Para se ter uma ideia, os seguros das linhas patrimoniais e responsabilidade civil (RC) se destacaram com crescimento acima de 20% na arrecadação de prêmios em 2021 no Brasil, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Apesar de andarem lado a lado, cada modalidade tem sua função. Entenda melhor a importância e as diferenças entre o seguro patrimonial empresarial e o seguro de responsabilidade civil empresarial abaixo:

O que é e como funciona o seguro patrimonial básico para empresas?

O seguro patrimonial para empresas, também conhecido como compreensivo empresarial, é destinado a atividades comerciais, industriais ou serviços, ou, ainda, a imóveis não residenciais.

Quais são as coberturas básicas do seguro patrimonial empresarial?

Os seguros compreensivos do grupo patrimonial visam garantir o pagamento de indenização por prejuízos decorrentes de perdas e danos aos bens segurados, em consequência de risco coberto.  

Entre as principais coberturas indicadas para empresas, podemos destacar:

  • Seguro contra incêndio

A cobertura de incêndio prevê o pagamento de indenização por prejuízos ocorridos pela propagação do fogo. 

Vale ressaltar que é obrigatório o seguro contra riscos de incêndio de bens móveis e imóveis pertencentes a pessoas jurídicas, conforme previsto no Decreto-Lei nº 73/66 e no Decreto nº 61.867/1967, e sua contratação se dá por meio de seguro compreensivo. 

  • Proteção contra roubo e furto

Mesmo com investimentos e estratégias de prevenção de riscos com sistemas avançados de segurança, como câmeras, alarmes, cercas elétricas e vigilância constante, as empresas podem se deparar com problemas de furto ou roubo – dado que os criminosos utilizam recursos cada vez mais sofisticados.

Por isso, contratar a cobertura para subtração de bens é uma forma de tornar a proteção ainda mais completa, no sentido de evitar prejuízos quando ocorrem danos.

  • Desastres naturais

Outra cobertura importante para empresas envolve desastres naturais. Diversas regiões do Brasil apresentam uma grande probabilidade de tempestades, chuvas de granizo, deslizamentos de terra e inundações, por exemplo, que podem causar prejuízos às empresas.

Com os danos causados em decorrência dos desastres naturais, as companhias podem ter suas estruturas comprometidas,  gerando interrupções nas produções, atrasos, perdas de máquinas, estoque e equipamentos. No entanto, com a cobertura para tais ricos a situação pode ser resolvida com mais agilidade, recursos e suporte necessário.

Diferenciais do compreensivo empresarial

A grande vantagem do seguro patrimonial para empresas é que se trata de um plano que conjuga vários ramos ou modalidades numa mesma apólice. Entre seus benefícios estão as taxas reduzidas em relação aos chamados seguros convencionais.

Outro diferencial é sua estrutura modular, com ampla gama de coberturas e garantias acessórias, permitindo ao segurado a escolha das mais adequadas às suas necessidades, o que permite a inclusão do seguro de responsabilidade civil.

O que é e como funciona o RC Empresarial?

A RC oferece proteção ao segurado quanto a possíveis ações judiciais, reclamações ou qualquer dano que seja causado a terceiros e seus bens dentro da empresa.

Ou seja, a cobertura protege na esfera civil os prejuízos que clientes, funcionários, prestadores de serviço tenham sofrido em decorrência de uma reclamação ou condenação. Isso inclui todo suporte com custos advocatícios e possíveis indenizações.

Quais são as coberturas do RC Empresarial?

Em geral, no seguro RC Empresarial são indenizáveis todas as despesas previamente autorizadas por escrito pela seguradora. As coberturas costumam focar nas despesas que podem surgir ao longo do processo, como honorários advocatícios, perícias técnicas, despesas com juízo arbitral e com a defesa do segurado na esfera administrativa. 

Para atender riscos específicos pertinentes a sua atividade, além da cobertura básica do RC Geral, as empresas também podem contratar coberturas acessórias. Como:

  • Responsabilidade Civil Ambiental: Destinado a proteger empresas contra processos decorrentes de danos ambientais.
  • Responsabilidade Civil Empregador: Destinado a proteger empresas contra processos decorrentes de acidentes de trabalho.
  • Responsabilidade Civil Crimes Cibernéticos: Destinado a proteger empresas processos decorrentes de falhas de segurança, ataques de Hackers e penalidades relacionadas à LGPD.
  • Responsabilidade Civil Administradores ou D&O: Destinado a proteger executivos e diretores de empresas contra processos decorrentes de falhas na administração da empresa.
  • Responsabilidade Civil Obras: Destinado a proteger a empresa contra os danos causados a terceiros decorrentes de obras.

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Incidentes cibernéticos são vistos como principal ameaça para empresas em 2022

Interrupção de negócios e catástrofes naturais também lideram a lista de preocupações. Você está protegido? 

Na medida em que as organizações passam por um processo acelerado de digitalização, eventos como ataques ransomware, vazamento de dados ou interrupções de TI foram se tornando cada vez mais comuns, ao ponto de prejudicar o desenvolvimento dos negócios. Os riscos cibernéticos têm tomado uma proporção tão grande que já são percebidos como principal ameaça para as empresas em 2022.

Isso é o que revela a Pesquisa anual da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), que abrange a visão de mais 2.600 especialistas em 89 países e territórios, incluindo CEOs, gestores de risco, brokers e experts em seguros.

Incidentes cibernéticos, como crime cibernético, falha/ interrupção de TI, violações de dados, multas e penalidades estão no topo da lista pela segunda vez em toda a história da pesquisa, com 44% das respostas.

Outras ameaças capazes de causar prejuízos e danos patrimoniais também aparecem logo na sequência, como lucros cessantes, com interrupção dos negócios e interrupção da cadeia de suprimentos (42%) e catástrofes naturais, por exemplo, tempestade, inundação, terremoto, incêndio florestal ou eventos climáticos (25%). 

Ao segmentar por país, a pesquisa mostra que para os executivos do Brasil, incidentes cibernéticos também são a maior preocupação, com um índice ainda superior ao global (64%). Catástrofes naturais e interrupção de negócios também são colocados com índices semelhantes à média mundial. E na sequência temos os incidentes com incêndios e explosão (26%), ocupando o quarto lugar na lista.

Como proteger meu negócio dos principais riscos empresariais?

Tal preocupação por parte dos especialistas não é à toa. O mercado tem acompanhado uma série de eventos recentes e cada vez mais comuns que envolvem prejuízos relacionados a esses riscos. Para se ter ideia, o Brasil sofreu mais de 88,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2021, um aumento de mais de 950% com relação a 2020.

Em paralelo, as mudanças climáticas têm gerado um alerta – são consideradas, inclusive, o principal risco global para a próxima década. Episódios como o recente desastre em Petrópolis, Rio de Janeiro, mostram seu potencial devastador para a economia e população. Cerca de 10 dias após a tragédia estima-se que 65% das empresas da cidade da Região Serrana foram afetadas, e 85% delas ainda não retomaram as atividades. Com a destruição, a cidade perdeu pelo menos R$ 665 milhões no PIB, de acordo com Firjan. Se forem levados em conta os gastos com reconstrução, perdas superam R$ 1 bilhão.

Diante dos riscos, a melhor forma de proteger o seu negócio é entender os possíveis impactos de um incidente e buscar formas de prevenir e garantir uma segurança financeira para sua empresa. 

A principal estratégia para isso é o gerenciamento de riscos. Consiste em um conjunto de ações que visam mapear os riscos pertinentes à atividade e estabelecer um plano de prevenção e contenção de danos e perdas. 

Isso envolve acompanhar os riscos – sejam eles internos ou externos –  e taxas de sinistralidade, realizar auditorias, treinamentos, tecnologias de segurança, entre outras ações que contribuem para um ambiente seguro. Ainda, contar com coberturas que, em caso de incidentes, podem ressarcir possíveis danos financeiros.

Neste sentido, existem excelentes soluções que podem se adequar a todo tipo de empresa e segmento. Confira:

Riscos Cibernéticos

O Seguro Cibernético tem por objetivo amparar perdas financeiras decorrentes de ataques virtuais maliciosos, ou incidentes decorrentes de negligência e falhas humanas que resultem em vazamento de dados e outros danos ligados ao sigilo da informação.

Esse seguro pode contemplar o vazamento de dados de empresas, impacto a terceiros e ainda pagamento de multas para situações de penalidades como, por exemplo, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Entre suas principais coberturas temos:

Responsabilidade pela Segurança de Dados: Contaminação de dados de terceiro por software não autorizado ou código malicioso (vírus); negação de acesso inadequada para o acesso de um terceiro autorizado aos dados; roubo ou furto de código de acesso nas instalações da sociedade ou via sistema de computador; destruição, modificação, corrupção e eliminação de dados armazenados em qualquer sistema de computador; roubo ou furto físico de hardware da empresa por um terceiro; divulgação de dados devido a uma violação de segurança de dados.

Responsabilidade por Empresas Terceirizadas: Violação de informação pessoal que resulte em uma reclamação contra uma empresa terceirizada pelo processamento ou coleta de dados pessoais em nome da sociedade e pelos quais a sociedade é responsável.

Existe ainda cobertura para despesas com honorários, sanções administrativas e custas judiciais incorridos exclusivamente da defesa ou recurso de um procedimento civil, regulatório, administrativo ou criminal. Ainda, restituição de imagem que busca mitigar os danos à reputação em consequência de uma reclamação coberta pelo seguro.

Desastres naturais e incêndios

O seguro patrimonial para empresas, também conhecido como compreensivo empresarial, é destinado a atividades comerciais, industriais ou serviços, ou, ainda, a imóveis não residenciais.

Trata-se de um plano que conjuga vários ramos ou modalidades numa mesma apólice. Entre seus benefícios estão as taxas reduzidas em relação aos chamados seguros convencionais. As cláusulas são menos restritivas e de mais fácil compreensão pelos segurados.

Dentro do compreensivo empresarial temos a cobertura para desastres naturais. Diversas regiões do Brasil apresentam uma grande probabilidade de tempestades, chuvas de granizo, deslizamentos de terra e inundações, por exemplo, que podem causar prejuízos às empresas.

Com os danos causados em decorrência dos desastres naturais, as companhias podem ter suas estruturas comprometidas,  gerando interrupções nas produções, atrasos, perdas de máquinas, estoque e equipamentos. No entanto, com a cobertura para tais ricos a situação pode ser resolvida com mais agilidade e suporte necessário.

Já a cobertura de incêndio prevê o pagamento de indenização por prejuízos ocorridos pela propagação do fogo. 

Vale ressaltar que é obrigatório o seguro contra riscos de incêndio de bens móveis e imóveis pertencentes a pessoas jurídicas, conforme previsto no Decreto-Lei nº 73/66 e no Decreto nº 61.867/1967, e sua contratação se dá por meio de seguro compreensivo. 

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Caminhão arqueado: Os perigos da modificação de estrutura dos caminhões

Ao circular pelas estradas brasileiras não é difícil se deparar com o exemplar de um deles: os famosos e polêmicos “caminhões arqueados”. Se por um lado as modificações das estruturas são sinônimo de estilo e personalidade, por outro, acendem alguns alertas sobre segurança no transporte rodoviário de cargas, proteção da carga e logística. 

A prática de elevar os eixos traseiros, que remete aos veículos dos campeonatos truck, ganhou destaque nos últimos anos, impulsionada especialmente por blogs e influenciadores de amantes de caminhões. 

É investida uma alta quantia para inserir calços sob a mola, ou acrescentar molas adicionais, criando uma diferença de altura entre as partes traseira e dianteira do caminhão.

Apesar de ser visto como um diferencial para muitos caminhoneiros, essa modificação pode não ser uma boa opção para os profissionais que atuam no transporte de cargas. A prática quando excede as limitações soma diversos riscos que podem interferir na operação e trazer grandes prejuízos para transportadores e embarcadores.

Os principais perigos do caminhão arqueado

Diante deste debate, muitos especialistas têm alertado para as consequências da modificação da estrutura dos caminhões. O problema já começa com as estradas brasileiras que carecem de infraestrutura para o fluxo seguro de motoristas. 

Somente em 2021, foram mais de 64 mil acidentes registrados nas rodovias federais que cortam o país. Na falta de um ambiente ideal para transitar, recai sobre o motorista uma responsabilidade ainda maior. Neste contexto, circular com um veículo alterado informalmente é ainda mais preocupante. A prática aumenta riscos como:

  • Tombamento –  A mudança do centro de gravidade do veículo e alteração da distribuição do peso sobre a estrutura aumenta o risco de tombamentos, seja em curvas ou momentos onde é necessária alguma manobra.
  • Letalidade em caso de acidente – Elevar a traseira anula a função das placas retrorrefletoras e dos pára-choques, aumentando o risco da entrada carro embaixo do caminhão no caso de uma batida. Esse tipo de acidente pode ser altamente letal para quem estiver no carro.
  • Distribuição da carga – A alteração na carroceria também pode influenciar a distribuição da carga quando há um carregamento acima do permitido, dando uma falsa impressão de equilíbrio.
  • Falhas mecânicas – Mexer no projeto original sobrecarrega e prejudica componentes de diversos sistemas. A prática pode gerar danos ao rolamento, desgastar a suspensão dianteira mais rápido e gerar uma pressão desnecessária em peças que acabam ficando frágeis e instáveis.

As próprias montadoras já debateram a questão. Em entrevista ao UOL Carros, Jeseniel Valério, gerente da engenharia de vendas da Volvo Brasil, conta que  a marca chegou a fazer testes com caminhões arqueados para avaliar o desempenho, mas chegou à conclusão de que tais alterações jogam no lixo todo o trabalho da engenharia para construir um veículo seguro. 

Ele também esclarece um mito espalhado pelos fãs do arqueamento, de que o caminhão fica mais firme.

“Rebaixar a dianteira e elevar a traseira pode dar uma falsa sensação de firmeza porque o caminhão fica sem molas, todo o sistema de amortecimento trabalha no limite, então ele não se mexe em buracos e curvas, por exemplo. Isso eleva muito o risco de tombamentos. Outro sistema prejudicado é o de freios, já que todo o peso da carga é transferido para a dianteira. O centro de gravidade do carro é outro”, alerta o especialista.

O que diz a lei sobre caminhões arqueados?

Ativa desde 2014, a Resolução 479, publicada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), prevê limitações para as modificações nas estruturas dos caminhões. 

  • A resolução permite a elevação dos caminhões em 2° graus, o que na prática representa 3,5 centímetros por metro de comprimento. 
  • Ainda, as lanternas traseiras não podem estar acima de 1,20 metros do chão e as lanternas laterais ou luzes de posição não podem estar acima de 1,50 metro do chão.
  • A resolução também autoriza o uso de calço na suspensão, porém ao utilizá-lo, são definidos dois pontos de referência no chassi (X e Y) com uma distância de 1000 mm entre eles. Então é realizada uma medida a altura desses dois pontos em relação ao solo e a diferença de altura desses dois pontos não pode passar de 35 milímetros. 
  • Os veículos que tiverem sua suspensão modificada, em qualquer condição de uso, deverão inserir no campo das observações do Certificado de Registro de Veículo – CRV e do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV a altura livre do solo. 

A penalidade para quem conduzir veículo com características alteradas sem  autorização constitui infração grave, com acréscimo de cinco pontos no prontuário da CNH, multa de R$ 195,23 e retenção do veículo até a sua regularização.

O seguro cobre o caminhão arqueado?

Por fim, vale lembrar que operar com um veículo arqueado não é bem visto pelas seguradoras. A prática pode gerar diversos problemas com a proteção da carga e do caminhão, fazendo com que o transportador perca garantias e gerando grandes prejuízos no caso de algum dano. 

De acordo com Eduardo Tavares, especialista em Gerenciamento de Riscos para Transporte de Cargas na Zattar Seguros, muitos pontos devem ser avaliados antes de qualquer modificação, pois raramente ela será benéfica e se torna inviável assegurar a operação. “Se ocorre um atraso porque o veículo está retido pela fiscalização ou teve falha mecânica, por exemplo, gera um estresse logístico para todos envolvidos. Quando se trata de uma carga perecível, o risco de perda da carga é ainda maior”, alerta. 

Operar com o veículo fora das normas é, inclusive, motivo de negativa do pagamento da indenização na ocorrência de um sinistro. Ou seja, se acontecer um acidente e durante a perícia for constatado que o caminhão estava com modificações que excedem os limites permitidos por lei, o transportador responsável pela carga não terá nenhum ressarcimento – o que pode gerar dívidas com o cliente.

“Muitos embarcadores, inclusive, têm evitado contratar o transporte de carga com caminhões modificados, diante do risco de ter um atraso em sua entrega ou até mesmo não conseguir concluir a operação”, explica.  

Boas práticas para um transporte de cargas seguro

Um transporte de cargas seguro demanda de monitoramento e atenção constante. A Zattar Seguros conta com uma Central de Controle de Operações, formada por profissionais com mais de 15 anos de experiência  para atuar junto aos segurados e demais envolvidos nas operações de transporte a fim de elevar o nível de atuação em todos os aspectos.

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Valores Humanos: Seguro Vida Empresarial na estratégia para reter talentos

Com a maior conscientização sobre a importância do Seguro de Vida, a busca pela modalidade aumenta e se fortalece como ferramenta estratégica para empresas e colaboradores em 2022. Saiba tudo sobre este benefício e sua obrigatoriedade.

Mais de três quartos dos líderes empresariais afirmam que sua capacidade de contratar e reter talentos é o fator mais importante (77%) e o maior risco (48%) que enfrentam para atingir as metas de crescimento corporativo em 2022. 

Entre os mais de 600 executivos ouvidos em uma pesquisa realizada pela PwC, 88% dos membros do conselho consideram a contratação e retenção de talentos como “muito importante” para as perspectivas de uma empresa.

Os desafios vividos na manutenção do capital humano são muitos. E a busca por essa valorização se reflete na procura por ferramentas que possam proporcionar mais segurança ao colaborador – como é o caso da oferta de benefícios, como o Seguro de Vida Empresarial – ou Seguro de Vida em Grupo.  

Para se ter ideia, o volume de prêmios dos seguros de pessoas no Brasil registrou R$ 46,4 bilhões no acumulado de 2021, com alta de 12,62%. Em termos de variação percentual, o ramo Vida Individual foi o que mais se destacou, crescendo 29,4% no período em relação ao ano anterior, mais de R$ 8,9 bilhões arrecadados, enquanto Vida em Grupo apresentou um prêmio de R$ 12,1 bi.

As vantagens do Seguro de Vida em Grupo são muitas. Trata-se de um investimento relativamente baixo e acessível para todo tipo de empresa, que representa proteção financeira para o colaborador e sua família

Como funciona o Seguro de Vida Empresarial?

O seguro de vida tem o objetivo de garantir o pagamento de indenização ao colaborador segurado, garantindo mais tranquilidade diante de algum incidente ou necessidade coberta. 


Neste seguro, toda negociação das cláusulas, contratação e renovações é realizada pela empresa (pessoa jurídica), que será a estipulante. O colaborador (pessoa física) é incluído como segurado, e os seus familiares, ou qualquer pessoa indicada pelo segurado, serão os beneficiários, ou seja, a parte designada para receber os valores dos capitais segurados, na hipótese de ocorrência do sinistro.

Plano não contributário x Plano contributário

Existem dois tipos de seguro de vida em grupo, que se diferenciam de acordo com a parte responsável pelo pagamento das mensalidades.

No plano não contributário é a organização que custeia todas as despesas do benefício contratado. Já no plano contributário, o colaborador segurado é responsável pelo pagamento total ou parcial, sendo comum que este valor seja descontado diretamente da folha de pagamento.

Principais coberturas do Seguro de Vida Empresarial

Um destaque para o Seguro de Vida em Grupo é que se trata de um seguro com diversas opções de cobertura, condições negociadas alinhadas com a necessidade da empresa e fácil contratação. Tudo isso pode variar de acordo com a seguradora, mas entre as principais coberturas temos:

  • Morte: Garante o pagamento da indenização em caso de falecimento do segurado por morte natural ou acidental.
  • Assistência funeral: Garante a prestação dos serviços de sepultamento ou cremação (onde existir esse serviço), inclusive de natimorto e membros em caso de amputação.  Podem incluir serviços como: urna ou caixão, carro para enterro, carreto-extra, serviço-assistência, registro de óbito, taxa de sepultamento ou cremação, remoção do corpo, paramentos, aparelho de ozona, mesa de condolências, velas, velório, véu, enfeite floral e coroas.
  • Invalidez por acidente: Garante o pagamento da indenização, proporcional ao grau de invalidez, em caso de acidente que resulte em perda ou impotência funcional de algum membro ou órgão.
  • Invalidez funcional por doença: Garante o pagamento da indenização, no valor total do capital segurado, em caso de invalidez funcional permanente e total por doença.
  • Cônjuge: Possibilita a contratação de várias coberturas para o cônjuge do segurado principal.
  • Filhos: Possibilita a contratação da cobertura Básica de Morte para os filhos dependentes do segurado principal, garantindo uma indenização caso esses venham a falecer por morte natural ou acidental.

Coberturas adicionais

Existem inúmeras coberturas adicionais que podem ser incluídas de acordo com o perfil dos colaboradores, seus riscos e necessidades, como: Cobertura de Despesas Médicas, Hospitalares e Odontológicas; Renda por Incapacidade Temporária por Acidente; Cesta Básica, entre outros.

Quando o Seguro de Vida Empresarial é obrigatório?

Essa é uma das principais dúvidas quando se fala em Seguro de Vida Empresarial. Como já vimos, o benefício é necessário e estratégico para todas as organizações, independente do seu porte, por ser considerado um recurso importante para todas as pessoas. Mas em alguns casos ele é essencial, e a contratação do seguro de vida para funcionários pode, sim, ser obrigatória, a depender da categoria.

Um exemplo é o motorista profissional de transporte de passageiros ou transporte de cargas. Conforme a Lei 13.103/2015, é um direito do motorista:

“ter benefício de seguro de contratação obrigatória assegurado e custeado pelo empregador, destinado à cobertura de morte natural, morte por acidente, invalidez total ou parcial decorrente de acidente, traslado e auxílio para funeral referentes às suas atividades, no valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial de sua categoria ou valor superior fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.” 

Ocorre ainda que alguns segmentos se apoiam em acordos coletivos ou convenções que podem impor direitos e obrigações a empregados e empregadores e, assim, incluem o seguro de vida. Outros exemplos são: construção civil, postos de combustíveis, indústrias de vários ramos, entre outros.

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