Cuidados no transporte Last Mile

Alta demanda nos fretes em e-commerces alerta para os cuidados em uma das principais etapas logísticas da venda: o last mile. Confira neste artigo alguns cuidados especiais e estratégias importantes para empresas que atuam no setor.

O consumo online no Brasil bateu recorde de vendas no primeiro semestre de 2021, atingindo R$ 53,4 bilhões – crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o relatório Ebit | Nielsen.

A compra via e-commerce é uma prática que já vinha crescendo, mas os impactos da pandemia do coronavírus aumentaram expressivamente esses números, fazendo o comércio online crescer em níveis jamais vistos nos últimos 20 anos e gerando uma importante demanda logística

Sucesso nas entregas é o sucesso nas vendas

A maioria das empresas acredita que priorizar o investimento em logística é o mais importante quando o tema é sanar as dores do negócio e dos clientes. Segundo uma pesquisa realizada pela Omni Envios em parceria com o E-Commerce Brasil, 72% dos entrevistados apontaram a logística como ponto a ser trabalhado.

Segundo 56% dos lojistas, a entrega rápida é o ponto mais valorizado pelos consumidores de e-commerce. Logo atrás está a busca por um atendimento humanizado (52%) e frete grátis (44%).

Ainda falando sobre logística, 48% das empresas utilizam o envio pelos Correios como forma mais recorrente de entrega das compras. O envio por transportadoras vem em segundo lugar, com 40% das preferências.

De olho no transporte last mile

Diante desse cenário, o transporte last mile, ou “última milha” ganhou grande importância. Isso porque essa operação é caracterizada como a etapa final do envio de uma carga, entre o centro de distribuição e o seu destino. 

Esta etapa se diferencia pela agilidade e rapidez durante os processos. Afinal, a satisfação do cliente com a marca é diretamente influenciada pela experiência que ele teve durante o recebimento da mercadoria. Logo, a transportadora se torna um agente importante para o sucesso das vendas, e é necessário administrar muitos riscos para obter êxito em seus serviços.

Principais riscos do transporte na etapa last mile

O transporte rodoviário de cargas é a principal modalidade de transporte no Brasil, inclusive na etapa last mile. No entanto, há uma série de fatores que podem trazer prejuízos à rentabilidade das operações e à reputação da transportadora. Entre os principais riscos e ameaças da atividade, podemos destacar:

  • Atrasos 

A infraestrutura das estradas, o alto fluxo de carros e caminhões, imprevistos com falhas mecânicas, por exemplo, são fatores que acabam gerando atrasos nas entregas e situações de tensão entre os envolvidos. 

Para se ter ideia, o Procon SP recebeu mais de 120 mil queixas relacionadas à entrega e a não chegada das mercadorias adquiridas. Isso representa um crescimento de 260% na comparação com o primeiro semestre de 2019, que teve um pouco mais de 30 mil reclamações no período. 

  • Acidentes

De acordo com o estudo “Acidentes Rodoviários – Estatísticas Envolvendo Caminhões”, realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a ocorrência de acidentes é potencializada por diferentes fatores: humanos, veiculares, institucionais, socioeconômicos e ambientais.

Na realidade das estradas do Brasil, a baixa qualidade na infraestrutura é um dos maiores desafios para motoristas.

O anuário publicado pela CNT em 2020, revela que 59,2% das rodovias avaliadas, em 2019, apresentaram algum tipo de problema no estado geral. 47,6% dos trechos avaliados têm problemas no pavimento, 48,1% dos trechos avaliados apresentam deficiência na sinalização. Ainda, 75,7% dos trechos avaliados têm falhas na geometria

  • Roubo/Furto

O Brasil registrou 14 mil ocorrências de roubos de cargas em 2020, de acordo com a NTC&Logística. 

De acordo com o estudo BSI and TT Club Cargo Theft Report 2021, entre as modalidades de transporte de cargas no mundo, o transporte com caminhão ocupa 71% das ocorrências, sendo que a maior parte dos incidentes acontece em trânsito. 

O sequestro é o método de roubo dominante na América Latina (61%), inclusive no Brasil, com ladrões também frequentemente empregando o uso de armas de fogo para render o motorista durante o roubo. 

Outro dado interessante é que também cresce o índice de ocorrências de roubos ou furtos em armazéns – principalmente na Ásia e Europa.

Atenção com a sazonalidade

Outro fator importante quando o assunto é transporte last mile, é o preparo que as empresas devem ter com os períodos de pico no comércio. Para se ter ideia, as vendas no e-commerce brasileiro durante a Black Friday 2021 totalizaram R$ 4,2 bilhões, com um crescimento nominal de 5% em relação a 2020, conforme relatório da NielsenIQ|Ebit.

Para o Natal 2021, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima uma movimentação de R$ 34,3 bilhões no comércio, que deve impactar também as vendas pela internet. 

Tais datas especiais para os lojistas e transportadoras, exigem um planejamento logístico maior para prevenir possíveis problemas e prejuízos durante a entrega das mercadorias. 

8 cuidados para proteger produtos e mercadorias durante o transporte last mile

  • 1 – Buscar um Seguro de Transportes para coberturas de roubo, avaria, acidentes e viagens internacionais; 
  • 2 – Utilizar plataforma web para simplificar a gestão da logística e a comunicação com transportadores, com foco nos melhores resultados, menores custos, além de entregas mais rápidas e o monitoramento de todas as fases da operação. 
  • 3 – Adotar um Gerenciamento de Risco diferenciado pensando na sazonalidade da operação. Busque empresas de GR no mercado com credibilidade e que entendam dos riscos deste tipo de transporte;
  • 4 – Realizar o Cadastro dos motoristas e o checklist de segurança dos veículos;
  • 5 – Adotar Rastreamento ostensivo 24h, com controle da rota, ações de entrada e saída de alvos, controle dos locais de paradas, equipamentos de redundância e regras bem definidas entre o Segurado x Corretora x Gerenciadora de Risco;
  • 6 – Quando possível, utilizar protecionais adicionais de segurança para dificultar o acesso ao veículo ou que possibilitem recuperação da carga por exemplo:  tela de janela com sensor, trava externa do baú, localizador fixo na carreta, equipes de pronta resposta, escolta velada, iscas nas cargas entre outros.
  • 7 – Programar paradas estratégicas durante a viagem em locais avaliados previamente pela GR e durante a parada manter comunicação constante com o motorista;
  • 8 – Realizar treinamento com as equipes, onde a GR tem um papel importante neste processo. Constantemente a GR deve avaliar as áreas de riscos, movimentação das quadrilhas, não conformidades durante a viagem e de forma inteligente direcionar as ações de segurança junto ao segurado e as equipes envolvidas no transporte e logística.

A Zattar Seguros é especialista em gestão de riscos para o segmento de Transporte e Logística

Contamos com uma Central de Prevenção de Perdas para transportadoras, embarcadores e motoristas, com mais de 15 anos de experiência e atuamos com as melhores seguradoras do país.

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Gestão de Riscos: Estratégias de prevenção de perdas no transporte de cargas

Evitar danos e avarias durante a movimentação de produtos e mercadorias é um dos maiores desafios do transporte rodoviário. Toda companhia que atua no setor sabe que para chegar ao seu destino, a carga fica exposta a diversos riscos, por isso, contar com estratégias de prevenção de perdas é indispensável para garantir a segurança e a rentabilidade da atividade.

As ocorrências são comuns e os prejuízos são muitos. Além de gerar uma insatisfação para o embarcador ou cliente final, afetando a reputação da empresa, esse tipo de problema também implica, por um lado, no aumento do custo do frete e, por outro, na margem de lucro.

Podemos tomar como exemplo os índices do transporte no agronegócio. Em 2020, perdeu-se cerca de 1,58 milhão de toneladas de soja e 1,34 milhão de toneladas de milho nas rodovias brasileiras, segundo levantamento do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (EsalqLog). Essa é uma questão que levanta discussões sobre o desperdício de alimentos, sustentabilidade e impactos econômicos, exigindo um grande empenho por parte das empresas e governo.

São diversos fatores que contribuem para essas perdas. Mas, como transportador, é importante entender que existe uma responsabilidade pela integridade da carga, entenda melhor abaixo.

Responsabilidade civil no transporte rodoviário de cargas e mercadorias

O transporte de cargas é cercado de obrigações, direitos e deveres. O vínculo jurídico impõe que o responsável pela movimentação do produto ou mercadoria deverá cumprir a prestação do serviço conforme estabelecido em contrato com o credor, ou seja, o embarcador.

A RC para transporte de cargas e mercadorias está, inclusive, prevista na Lei nº 10.406/2002. O Código Civil entende que a responsabilidade do transportador deve ser limitada ao valor da “coisa” transportada – conforme declarado na nota fiscal. A empresa responsável pela movimentação da mercadoria deve conduzi-la ao destino sem avarias, sendo que a responsabilidade começa no ato da coleta e termina com a sua entrega

Além disso, existe ainda a Lei 11.442, que trata do transporte de cargas e mercadorias especificamente para o modal rodoviário.

Essa Lei determina que o transportador é responsável “pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avarias às cargas sob sua custódia.” Portanto, a responsabilidade pela perda ou avaria de mercadoria em razão de um evento como um acidente de trânsito é do transportador.

A responsabilidade do transportador é objetiva perante o dono da carga. Isso significa que, independente da comprovação de culpa ou não no acidente que veio a causar a perda da carga, ele deverá ressarcir financeiramente o cliente por esse dano.

Diante disso, todo transportador deve contar com mecanismos que garantem um suporte em caso de sinistro, como é o caso do seguro obrigatório RCTRC-C, e até mesmo ações que previnem tais ocorrências.  

Como evitar perdas no transporte de cargas?

A prevenção de perdas no transporte de cargas começa com o planejamento. Isso inclui analisar as ocorrências ao longo dos anos – tanto por experiências internas quanto pelos índices do setor, e avaliar quais medidas necessárias para prever possíveis eventos que causam danos e avarias à carga. 

Entre os principais pontos de atenção estão ações como mapeamento da rota, bem como estabelecer os melhores dias e horários, uso de rastreadores, entender as características do carregamento e cuidados específicos que podem necessitar. 

A condição da carga também é um fator importante. Inclusive, o transportador tem direito de recusar ou propor outro tipo de empacotamento para a carga que não possui embalagem adequada, ou, ainda, quando o acondicionamento possa trazer danos no veículo ou ponha a saúde das pessoas em risco. O transportador pode também recusar cargas que não possuam documentação exigida por lei ou que tenham sua comercialização ou transporte proibido.

Outras medidas que podemos destacar:

  • Manutenção da frota e qualificação de motoristas:

A falha mecânica e falha humana são os principais causadores de acidentes nas rodovias. O monitoramento das condições da frota é fundamental para evitar acidentes e, inclusive, multas. Em paralelo, fornecer boas condições de trabalho, estimular boas práticas de direção e acompanhar a saúde dos motoristas é igualmente importante para mais segurança e prevenção. 

  • Riscos de acidentes, furtos e roubos

De acordo com o Painel de Acidentes Rodoviários, elaborado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), que utiliza dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre 2010 e 2020, foram registrados mais de 1,4 milhão de acidentes nas rodovias federais no país. Diversos são os fatores que causam esse tipo de ocorrência: falhas humanas, problemas veiculares, deficiências viárias, entre outros. 

Em paralelo, o roubo de cargas é também considerado um dos grandes riscos da atividade. O Brasil é o país com o maior índice de roubo de cargas a nível mundial, sendo que o transporte com caminhão ocupa 71% das ocorrências e a maior parte dos incidentes acontece em trânsito.

Com mais de 14 mil ocorrências durante o ano de 2020, de acordo com a CNT, os prejuízos computados ao setor somam R$ 1,2 bilhão.

  • Seguro para cargas

A contratação de um seguro é a melhor maneira de minimizar qualquer impacto financeiro após um incidente que cause danos ou perdas à carga. O RCTRC-C é o seguro de Responsabilidade Civil do transportador rodoviário de carga. É um seguro obrigatório para o transporte de cargas em todo território nacional, conforme decreto desde 1966 e se destina a cobrir os danos causados por acidentes rodoviários.

Outras modalidades de seguro também são importantes para o setor. Por exemplo, o RC-DC – Seguro Responsabilidade Civil de Desaparecimento de Cargas, que tem por objetivo garantir a cobertura do valor protegido no caso de roubo ou furto da carga transportada.

  • Gerenciamento de riscos

O gerenciamento de riscos é a principal estratégia para otimizar recursos e proteger transportadoras, empresas e motoristas de danos e perdas em suas operações. Trata-se de um conjunto de ações que vão prevenir, proteger e otimizar os investimentos na segurança. 

Prevenção de perdas no transporte de cargas na prática

A Zattar Seguros é especialista em prevenção de perdas no transporte de cargas. Confira nosso e-book exclusivo: 20 Dicas práticas para a prevenção de acidentes e roubo de carga.

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O que esperar da Black Friday em 2021?

Tradicionalmente, a Black Friday ocorre na última sexta-feira do mês de novembro, sempre após o feriado americano de Ação de Graças.  Não são só os varejistas que esperam ansiosamente pelo período, os consumidores também aproveitam o momento para comprar os produtos que desejam com mais desconto o que, na verdade, os tornam os grandes protagonistas da data.

A principal tendência para a Black Friday deste ano está diretamente relacionada ao poder do consumidor na pesquisa e comparação de preços muito antes de sair às compras. As Empresas da Varejo fazem com que o cliente tenha todas as informações na palma da mão. Mesmo aqueles que optam por realizar suas compras na loja física, utilizam o recurso da pesquisa para comparar valores.

Assim como a Black Friday 2019 foi um parâmetro para o crescimento da edição de 2020, o comportamento do consumidor no ano passado é um termômetro que sinaliza aquilo que podemos esperar da Black Friday 2021.

Com a pandemia em 2020 tivemos a Black Friday mais digital da história, o cenário do comércio eletrônico deve se expandir ainda mais em 2021. Os dados e as pesquisas revelam que, em 2020, o varejo físico declinou enquanto o e-commerce cresceu. Além disso, todas as tendências relacionadas ao comportamento do consumidor demonstram a maturidade que o consumidor digital atingiu. 

Atender ao pico de demanda que acontece durante o período não é tarefa simples, as empresas têm que saber lidar com atrasos e problemas nas entregas, onde é necessário um planejamento prévio e minucioso nas estratégias de vendas, logística e de segurança do processo de entrega ao consumidor. A falta de planejamento e estratégia pode afetar a imagem da marca, gerar frustração de receita da empresa, insatisfação e perda de clientes.

Então como prevenir os riscos de transporte durante a Black Friday? 

A Zattar Seguros elaborou algumas dicas visando a logística eficiente e a elevação do nível de segurança do transporte durante este período, confira:

1 – Buscar um Seguro de Transportes para coberturas de roubo, avaria, acidentes e viagens internacionais; 

2 – Utilizar plataforma web para simplificar a gestão da logística e a comunicação com transportadores, com foco nos melhores resultados, menores custos, além de entregas mais rápidas e o monitoramento de todas as fases da operação. 

3 – Adotar um Gerenciamento de Risco diferenciado pensando na sazonalidade da operação. Busque empresas de GR no mercado com credibilidade e que entendam dos riscos deste tipo de transporte;

4 – Realizar o Cadastro dos motoristas e o checklist de segurança dos veículos;

5 – Adotar Rastreamento ostensivo 24h, com controle da rota, ações de entrada e saída de alvos, controle dos locais de paradas, equipamentos de redundância e regras bem definidas entre o Segurado x Corretora x Gerenciadora de Risco;

6 – Quando possível, utilizar protecionais adicionais de segurança para dificultar o acesso ao veículo ou que possibilitem recuperação da carga por exemplo:  tela de janela com sensor, trava externa do baú, localizador fixo na carreta, equipes de pronta resposta, escolta velada, iscas nas cargas entre outros.

7 – Programar paradas estratégicas durante a viagem em locais avaliados previamente pela GR e durante a parada manter comunicação constante com o motorista;

8 – Realizar treinamento com as equipes, onde a GR tem um papel importante neste processo. Constantemente a GR deve avaliar as áreas de riscos, movimentação das quadrilhas, não conformidades durante a viagem e de forma inteligente direcionar as ações de segurança junto ao segurado e as equipes envolvidas no transporte e logística.


Eduardo Tavares – Gerente de Operações 

Seguro de Carga para transportadoras: Como funciona e quais são as principais modalidades?

O seguro de carga é essencial para quem atua com a movimentação de produtos ou mercadorias. Afinal, prezar pela integridade do bem é uma das principais preocupações durante seu transporte. Riscos como roubo ou furto, acidentes e avarias infelizmente são uma realidade e podem gerar grandes prejuízos quando não há nenhuma proteção.

Esta categoria de seguros pode garantir uma indenização por prejuízos financeiros decorrentes de danos ou perdas do carregamento durante viagens em diferentes modais, como rodoviário, aéreo, ferroviário ou marítimo, seja em território nacional ou internacional.

Tudo sobre seguro de carga para transportadoras: obrigatoriedade, modalidades e formas de contratação.

Destinado a proteger empresas que atuam no transporte de bens e mercadorias, a contratação de apólices dessa natureza é, portanto, um dos elementos mais relevantes do gerenciamento de riscos.

O seguro para cargas é tão importante que existem modalidades obrigatórias por lei. De acordo com os riscos da operação, existem ainda coberturas opcionais que podem ser indicadas para uma proteção mais abrangente. Quer conhecer as principais opções e entender melhor o tema? Confira abaixo:

  • Como funciona o seguro de transporte de carga para transportadoras?
  • Quais são os seguros para de cargas?
  • Seguro de carga e gestão de riscos para transporte

Como funciona o seguro de carga?

O seguro da carga começa ainda no planejamento do serviço, e vale lembrar que ele é indispensável mesmo quando o embarcador já possui seguro

É importante considerar, além do seguro obrigatório, os possíveis riscos da operação e, como já mencionamos, a necessidade de apólices acessórias. Por isso, neste momento, contar com uma gerenciadora de riscos especializada em transporte de cargas pode ajudar muito. 

Geralmente, a cobertura é válida durante o tempo em que a carga é transportada. Ou seja, entre o local de partida e destino, e em alguns casos se estende durante o tempo de armazenamento em depósitos.

Sendo assim, quando acontece um sinistro a seguradora pode ser acionada e dar todo suporte conforme previsto em contrato. Isso garante mais tranquilidade e segurança para a transportadora e seu cliente. 

Atenção com a documentação: Uma vez entregue pelo segurado toda a documentação exigível, que deve constar das condições da apólice, a seguradora efetuará o pagamento da indenização no prazo máximo de 30 dias, conforme SUSEP.

No caso de solicitação de outros documentos além daqueles considerados básicos para a liquidação de sinistros, este prazo será suspenso. Terá a sua contagem reiniciada a partir do dia útil subsequente àquele em que forem completamente atendidas as exigências.

O ressarcimento no caso de perdas e danos é feito pela seguradora de duas maneiras:

  1. Diretamente ao embarcador proprietário da carga, com o conhecimento da transportadora segurada.
  2. Diretamente à transportadora da carga via comprovante de pagamento, em casos em que a transportadora paga primeiramente ao embarcador e depois é ressarcida.

Os tipos de seguro de transporte de cargas mais comuns

Existem vários tipos de seguros de cargas disponíveis no mercado, que se aplicam a diferentes modelos de negócio e operações. Entre os principais, estão:

Seguro obrigatório para transportadores RCTR-C

O RCTRC-C é o seguro de Responsabilidade Civil do transportador rodoviário de carga. Ou seja, esse é um seguro contratado especificamente para cobrir os danos causados por acidentes rodoviários.

É um seguro obrigatório para o transporte de cargas em todo território nacional, conforme decreto desde 1966:

DECRETO-LEI Nº 73, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966: “Art 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios os seguros de:

m) responsabilidade civil dos transportadores terrestres, marítimos, fluviais e lacustres, por danos à carga transportada.”

DECRETO No 61.867, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1967:

“Art 10. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado que se incumbirem do transporte de carga, são obrigadas a contratar seguro de responsabilidade civil em garantia das perdas e danos sobrevindos à carga que lhes tenha sido confiada para transporte, contra conhecimento ou nota de embarque.”

Entre os acidentes considerados no seguro temos:

  • 1 – colisão e/ou capotagem e/ou abalroamento e/ou tombamento do veículo transportador;
  • 2 – incêndio ou explosão no veículo transportador.
  • Pode se incluir, ainda, cobertura por danos materiais sofridos pelos bens ou mercadorias, consequentes dos riscos de incêndio ou explosão, nos depósitos, armazéns ou pátios usados pelo segurado, nas localidades de início, pernoite, baldeação e destino da viagem, ainda que os ditos bens ou mercadorias se encontrem fora dos veículos transportadores.

Seguro de RC-DC – Responsabilidade Civil por Desaparecimento de carga

Já o RC-DC é o Seguro Responsabilidade Civil de Desaparecimento de Cargas, que tem por objetivo garantir a cobertura do valor protegido no caso de roubo ou furto da carga transportada. No entanto é importante destacar que ele só pode ser adquirido junto ao RCTR-C. 

Em geral, sua cobertura consiste em:

  • Desaparecimento total da carga, concomitantemente com o do veículo, durante o transporte, em decorrência de: apropriação indébita e/ou estelionato; furto simples ou qualificado; extorsão simples ou mediante sequestro; 
  • Roubo durante o trânsito, entendendo-se como tal, para a caracterização da cobertura, o desaparecimento total ou parcial da carga, desde que o autor do delito tenha assumido o controle do veículo transportador, mediante grave ameaça ou emprego de violência contra o motorista.
  • Roubo de bens ou mercadorias carregados nos veículos transportadores, enquanto estacionados no interior de depósitos ou da área do terreno onde estiverem localizados os depósitos do Segurado, ou sob seu controle e/ou administração, desde que tais depósitos tenham sido, previamente, relacionados na apólice e que sejam observadas, cumulativamente, as seguintes condições: Os bens ou mercadorias carregados estejam acompanhados do respectivo conhecimento de transporte rodoviário de carga e/ou de outro documento hábil; e os referidos bens ou mercadorias não tenham permanecido, no depósito, por mais de 15 (quinze) dias corridos.
  • Roubo praticado durante viagem fluvial complementar à viagem rodoviária, exclusivamente na Região Amazônica, desde que haja abertura de inquérito policial, e que ocorra o desaparecimento total ou parcial da carga, concomitantemente ou não com o do veículo embarcado.

RCTR-VI: 

Seguro de responsabilidade civil do transportador rodoviário — Viagens internacionais, como o nome indica, destina-se ao transportador rodoviário em rotas fora do território nacional. Ele protege o segurado em situações de perdas ou danos a mercadorias pertencentes a terceiros.

RCTF-C:

Seguro de responsabilidade civil do transportador ferroviário, destinado para o modal ferroviário em todo o território nacional. Em geral, sua cobertura abrange prejuízos causados por colisão, capotagem, incêndio ou explosão em vagão ou na composição ferroviária, em depósitos ou armazéns usados para pernoite ou baldeação. 

RCTA-C: 

O seguro de responsabilidade civil do transportador aéreo destina-se a empresas devidamente registradas no Departamento de Aviação Civil (DAC) para transportes aéreos. Sua cobertura inclui danos causados por colisão, queda ou aterrissagem forçada, incêndio ou explosão na aeronave ou em depósitos utilizados pelo segurado.

RCA-C: 

O seguro de responsabilidade civil do armador — Carga protege o segurado contra prejuízos causados por danos materiais aos bens pertencentes a terceiros durante o transporte em viagens marítimas nacionais. A cobertura prevê danos causados por naufrágio, encalhe, incêndio ou explosão do navio ou embarcação, bem como colisão com qualquer corpo fixo ou móvel.

Gestão de riscos no transporte de cargas

Para além do seguro de cargas, contar com um gerenciamento de riscos ajuda a prevenir incidentes, atrasos ou interrupções nas operações e contribui com a boa reputação da empresa. 

Quando falamos em transporte de cargas, contamos com uma série de metodologias e tecnologias agregadas que oferecem diferenciais competitivos para a segurança financeira da empresa. No entanto, a falta de estratégias de prevenção de perdas muitas vezes pode significar um alto custo e um plano de proteção ineficaz. 

Leia mais: Os 5 erros mais comuns no gerenciamento de riscos para transporte de cargas? 

Saiba mais sobre seguro para transporte de cargas 

A Zattar Seguros é especialista em soluções para transportadoras e embarcadores na movimentação de cargas em território nacional e internacional em todos os modais.

Contamos com uma equipe interna de Gestão de Riscos com mais de 15 anos de experiência atuando nas principais gerenciadoras de risco do país. 

Entre em contato e descubra como podemos ajudar o seu negócio!

Transporte de carga: O que é Ad Valorem e como calcular a taxa

Esclareça todas as suas dúvidas sobre a Ad Valorem neste artigo! 

O transporte rodoviário de cargas está sujeito a diversos incidentes que podem interromper ou comprometer a operação. Acidentes em trânsito, desastres ambientais, furto ou roubo de cargas, por exemplo, são riscos comuns à atividade que devem ser previstos para que, diante de algum dano, o embarcador seja ressarcido e o responsável pela carga não saia no prejuízo. É por isso que o Ad Valorem, ou Frete Valor, existe e é tão relevante. 

Ad Valorem

O termo proveniente do latim significa “conforme o valor”. Trata-se de um imposto que abrange os principais custos necessários para proteger a carga desde sua coleta até sua entrega, incluindo seguros obrigatórios, mão de obra, material de segurança e custos operacionais.

A importância do Ad Valorem

O valor da carga transportada na maioria das vezes é superior ao valor do frete. Por isso, a perda total ou parcial dela pode deixar um saldo negativo para a transportadora se ela não contar com mecanismos que preveem segurança financeira.

Também é importante lembrar que segundo o Decreto-Lei 61.687/67 é obrigação do transportador garantir a segurança da mercadoria. Ou seja, você deve reembolsar os prejuízos causados por qualquer situação que afete a integridade do carregamento enquanto estiver sob sua posse.

Em termos de seguro, as duas principais composições do Ad Valorem são: 

  • RCTR-C: Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga que é um seguro obrigatório contratado pela transportadora especificamente para cobrir os danos causados por acidentes rodoviários.

A cobertura considera:

1 – colisão e/ou capotagem e/ou abalroamento e/ou tombamento do veículo transportador;

2 – incêndio ou explosão no veículo transportador.

Pode se incluir, ainda, cobertura por danos materiais sofridos pelos bens ou mercadorias, consequentes dos riscos de incêndio ou explosão, nos depósitos, armazéns ou pátios usados pelo segurado, nas localidades de início, pernoite, baldeação e destino da viagem, ainda que os ditos bens ou mercadorias se encontrem fora dos veículos transportadores.

  • RC-DC: Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário por Desaparecimento de Carga, que tem por objetivo garantir a cobertura do valor protegido no caso de roubo ou furto da carga transportada. O RC-DC é obrigatório e deve ser adquirido junto ao RCTR-C. 

Leia mais: RCTR-C e RC-DC: O que são esses termos e quais as diferenças entre eles?

Sendo assim, ao considerar os riscos aos quais a carga está exposta na operação, o transportador pode estimar esse custo e agregar ao valor final do frete que será repassado ao cliente – chegando, enfim, ao Ad Valorem. 

Como calcular o Ad Valorem no frete?

Chegar a um percentual padrão para o Ad Valorem é a principal dificuldade dos transportadores. Isso ocorre porque existem muitas variáveis a considerar e que exigem atenção no planejamento do serviço e gerenciamento dos riscos

A princípio o Ad Valorem é cobrado a partir do valor da carga apresentado em sua nota fiscal, que é  multiplicado pelo percentual definido na tabela de frete da transportadora.

No Brasil, o ad valorem é fixado entre 0,03% e 0,40% do valor total das mercadorias em moeda corrente (real).

Essa variação se dá de acordo com cada operação, que possui características e riscos diferentes. É importante avaliar alguns fatores na hora de calcular o Ad Valorem, como:

  • Distância Percorrida: quanto maior a distância, maior a exposição da carga;
  • Peso do Produto: cargas pesadas tornam roubo/furto mais difícil, no entanto também apresentam riscos operacionais para seu manuseio;
  • Rota: rodovias ou regiões com alto índice de roubo de cargas ou infraestrutura deficiente onde ocorrem muitos acidentes também aumentam as chances de incidentes com as cargas, impactando no valor da taxa;
  • Fragilidade: quanto mais frágil a carga, maior a dificuldade de manuseio e as chances de avarias.

Tabela Ad Valorem

No que diz respeito à distância percorrida, a Associação Nacional de Transporte de Carga (NTC) estabeleceu, em 2014, uma tabela de referência com objetivo de facilitar o cálculo do Ad Valorem. Confira:

DistânciaAlíquota
1 a 250 km0,30 %
251 a 500 km  0,40 %
501 a 1.000 km  0,60 %
1.001 a 1.500 km 0,70 %
1.501 a 2.000 km0,80 %
2.601 a 3.000 km1,00 %
3.001 a 3.400 km 1,10 %
acima de 3.400 km  1,20 %
Coleta e entrega0,15 %

Diferença entre Ad Valorem e GRIs

A diferença entre Ad Valorem e GRIs é uma dúvida comum quando se fala em tributos relacionados à segurança no transporte de cargas. 

No entanto, é importante entender que são duas coisas diferentes. O Ad Valorem tem o objetivo dar suporte às necessidades específicas do transporte da carga quando acontece um incidente com perdas e danos. 

Já a taxa GRIS (Gerenciamento de Riscos e Segurança), destina-se a cobrir os custos inerentes ao gerenciamento de risco – incluindo planejamento da operação, monitoramento da carga, entre outros.

Apesar do cálculo ser parecido, o GRIS é destinado a prevenção de roubo de cargas durante o transporte. Assim, ele atua no monitoramento da carga. 

NOTA: Quando o embarcador contrata o seguro de TN (Transporte Nacional) e repassa o transporte de suas mercadorias para transportadores através de estipulações e DDRs, os mesmos não poderão repassar a cobrança do AD Valorem aos respectivos proprietários das mercadorias. Isso porque já possuem o seguro e se responsabilizam pela carga. Quanto ao Gris a isenção dependerá do acordo entre embarcador e transportador, visto que muitas vezes o transportador continua responsável pelo Gerenciamento de riscos, seguindo o PGR da apólice do embarcador.

A Zattar é especialista no gerenciamento de riscos de transporte de cargas

Com uma equipe experiente e uma estrutura dedicada para o gerenciamento de riscos para transporte de cargas, a Zattar Seguros oferece consultoria completa para proteger suas operações. 

Portanto, entre em contato e descubra o que podemos fazer pelo seu negócio!

Rastreamento de Cargas: como funciona e qual sua importância

As tecnologias de rastreamento são grandes aliadas na gestão de riscos do transporte de cargas.

Os riscos no transporte rodoviário são muitos e garantir que a carga se mantenha íntegra, esteja no lugar combinado e no prazo previsto é um grande desafio no gerenciamento logístico. Diante disso, a comunicação durante todo percurso se tornou indispensável e o uso de tecnologias de rastreamento tem um papel importante nessa tarefa.

Para além de permitir que a operadora ou embarcador saiba sobre sua encomenda durante o trajeto, o rastreamento e monitoramento da carga é fundamental para uma intervenção rápida – isso inclui desde a identificação de um atraso por falha mecânica no veículo, até um sequestro. 

Ainda, quando bem aproveitado, o rastreamento reúne informações valiosas para a gestão de riscos, planejamento e prevenção de sinistros. Entenda tudo sobre esse tema no artigo abaixo. 

A importância do rastreamento de cargas

O modal rodoviário é responsável por 60% do transporte de cargas no Brasil. Com um fluxo intenso de veículos, no entanto, o país carece de uma infraestrutura que ofereça maior segurança para os profissionais que atuam nas estradas.

De acordo com o Painel de Acidentes Rodoviários, elaborado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), que utiliza dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre 2010 e 2020, foram registrados mais de 1,4 milhão de acidentes nas rodovias federais no país. Diversos são os fatores que causam esse tipo de ocorrência: falhas humanas, problemas veiculares, deficiências viárias, entre outros. 

Em paralelo, o roubo de cargas é também considerado um dos grandes riscos da atividade. 

“O Brasil é o país com o maior índice de roubo de cargas a nível mundial, sendo que o transporte com caminhão ocupa 71% das ocorrências e a maior parte dos incidentes acontece em trânsito.

Com mais de 14 mil ocorrências durante o ano de 2020, de acordo com a CNT, os prejuízos computados ao setor somam R$ 1,2 bilhão.

Contar com recursos que conferem segurança durante a jornada é a melhor alternativa para reduzir danos. Neste contexto, o rastreamento contribui de forma expressiva para a recuperação da carga. 

Como no caso ocorrido em Ipuã (SP), onde três suspeitos foram presos durante a apreensão de um caminhão roubado com uma carga de soja avaliada em R$ 128 mil.

Segundo a Polícia Militar, os homens foram encontrados em um silo, reservatório destinado à armazenagem de grãos, onde descarregavam o produto, depois que o dono do veículo apontou a localização por meio de um rastreador. 

Como funciona o sistema de rastreamento de cargas?

Na prática, o rastreamento de cargas funciona por meio de tecnologias de geolocalização e emissão de sinais para uma central. Dispositivos de rastreamento podem ser instalados no veículo e/ou na carga (isca de carga), permitindo um acompanhamento em tempo real. 

Entre as tecnologias de rastreio de cargas mais modernas, podemos destacar:

  • GPS: “Global Positioning System”, ou Sistema de Posicionamento Global, que consiste na tecnologia de comunicação via satélite para captação e envio do sinal de rastreamento;
  • GPRS: “General Packet Radio Service”, ou Serviços Gerais de Pacotes por Rádio, utiliza uma tecnologia similar, porém os sinais são transmitidos através de antenas de telefonia móvel;
  • LBS: “Location Based Service”, ou Serviços Baseados em Localização, faz o rastreamento utilizando torres de sinal GSM de operadoras de telemóvel locais;
  • Radiofrequência: o rastreamento usa sinal das torres de rádio para fazer a comunicação.

É importante avaliar de forma estratégica na hora de definir qual a melhor tecnologia para o rastreamento de cargas. Fatores como tipo de carga, rota, horário, jornada e até mesmo as abordagens mais comuns utilizadas pelos criminosos (cada dia mais sofisticadas) devem ser consideradas para investir em uma tecnologia que atenda as necessidades da operação. 

É possível, inclusive, utilizar um sistema híbrido de rastreamento de cargas, que combina diferentes tecnologias e garante um acompanhamento eficiente independente da localização da carga. 

Rastreamento e Monitoramento da carga

Além do rastreamento da carga, é também importante o seu monitoramento. O rastreamento tem o papel de fornecer informações sobre o status da carga. Já o monitoramento tem o objetivo de fazer um acompanhamento em tempo real, auxiliando o motorista diante de qualquer evento ou ameaça que possa atrasar ou interromper a operação. 

As informações obtidas através do rastreamento e monitoramento também são essenciais no plano de gestão de riscos. Com indicadores consistentes é possível entender o comportamento dos sinistros, formular ações preventivas e processos que contribuem com uma melhoria contínua na segurança e produtividade

Benefícios do rastreamento de cargas 

Atuando de forma estratégica no rastreamento e monitoramento da carga, podemos ter muitos benefícios a curto e longo prazo na gestão de riscos no transporte. 

  • Mapeamento de rotas mais seguras
  • Indicadores de sinistralidade
  • Mapeamento de riscos e ameaças
  • Agilidade logística
  • Prevenção de roubos e perdas de carga
  • Manutenção e segurança da frota
  • Resposta rápida em casos de sinistros
  • Apólices de seguro mais assertivas
  • Melhoria na reputação da empresa

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Qual é a função da Gerenciadora de Riscos para transporte de cargas?

Administrar as ameaças é essencial no transporte rodoviário de cargas e logística. Para além das apólices de seguro, a gestão de riscos deve ser entendida como uma estratégia que protege e otimiza recursos para um bom funcionamento dos serviços. 

Essa não é uma tarefa simples, por isso, contar com uma Gerenciadora de Riscos tem sido uma opção cada vez mais comum no setor. Afinal, essa é uma garantia de ter uma equipe e estrutura dedicada aos riscos e ter mais tranquilidade para focar no desenvolvimento da empresa. 

Entenda no artigo abaixo o papel de uma Gerenciadora de Riscos e como ela pode ser importante para o seu negócio! 

Gerenciadora de Riscos cargas

A função de uma Gerenciadora de Riscos

A Gerenciadora de Riscos vai atuar no acompanhamento de todas as etapas da operação para que a carga esteja no local desejado e no prazo previsto. Isso também inclui, intervir e dar o suporte necessário diante de algum incidente que possa impedir ou atrasar a entrega, evitando, assim, danos e prejuízos financeiros a toda a cadeia (embarcador, transportador, motorista, terceiros, etc.) 

No contexto do transporte rodoviário, existem diversas ameaças que podem afetar a segurança da operação e a conclusão do serviço. 

O Brasil está entre os países com maior número de ocorrências de furto e roubo de cargas. De acordo com o relatório mais recente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), foram mais de 14 mil casos durante o ano de 2020 – chegando a um prejuízo de R$1,2 bilhão.

Outro ponto de atenção é o risco de acidentes. Por exemplo, no mesmo ano, foram 13 mil registros envolvendo caminhões, representando 17,6% do total de ocorrências nas rodovias federais.

Podemos citar ainda a rotina desgastante, longas jornadas de trabalho, maus hábitos, falta de infraestrutura nas estradas, falta de atenção, falhas mecânicas, entre outros fatores que afetam significativamente a segurança e desempenho dos motoristas.

Cargas perigosas, de alto valor e as consideradas mais visadas por criminosos podem tornar a operação ainda mais complexa.

Diante disso, a Gerenciadora  de Riscos tem a função de avaliar todas essas questões e desenvolver um plano de gestão de riscos. Nesse sentido, ela vai trabalhar com metodologias e indicadores que visam entender sua operação e possíveis ameaças que podem prejudicar seu negócio.

Leia mais: Como fazer um plano de gestão de riscos eficiente

O que uma Gerenciadora de Riscos pode fazer pelo seu negócio

Cada empresa tem características e riscos diferentes. Sendo assim, a forma como a Gerenciadora vai atuar também deve ser específica para o seu negócio. Entre os principais recursos que auxiliam esse trabalho temos:   

  • Estudo de análise de riscos: avalia as exposições aos riscos para cruzamento com as coberturas contratadas.
  • Inspeções de risco: isso envolve vistorias in loco, análise de laudos e relatórios de inspeção para ramos elementares, riscos diversos, responsabilidade civil. Além de outras questões que podem trazer impactos expressivos no caso de sinistros. 
  • Análise de rota: a Gerenciadora também conta com informações sobre a segurança e infraestrutura das vias, incidência de roubos e furtos, o modus operandi dos criminosos, horários e datas mais indicados e demais dados que ajudam a mapear as melhores rotas para o transporte de cargas.
  • Processo de validação e qualificação de motoristas: é necessário consultar diversas fontes para uma verificação do histórico e conduta desse profissional. Além disso, treinamentos e capacitações são importantes para que toda equipe envolvida na operação possa atuar com segurança.
  • Manutenção da frota: sistematizar a manutenção da frota para evitar eventos com falhas mecânicas que podem interromper ou atrasar uma operação, além de colocar a vida do motorista em risco.
  • Normas e leis: é importante contar com especialistas que conhecem a legislação e são capazes de indicar o que é necessário para evitar esse tipo de ocorrência.
  • Tecnologias e inovações: existem recursos modernos que auxiliam o gerenciamento de riscos. As melhores Gerenciadoras de Riscos acompanham essa evolução e contam com essa estrutura para atender o cliente.  
  • Suporte e Gestão de Crises: ter uma resposta rápida após um sinistro é importante para minimizar danos e controlar a situação. Por isso, contar com um suporte e um plano de Gestão de Crises torna esse momento mais seguro e tranquilo.
  • Análise de sinistros: reconhecer padrões por trás da ocorrência de sinistros aumenta as chances de recuperação da carga ou caminhão. Além disso, essa análise contribui para uma gestão de riscos inteligente, com indicadores consistentes para tomadas de decisões e melhorias de processos. 

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Contamos com uma Central de Prevenção de Perdas para transportadoras, embarcadores e motoristas, com mais de 15 anos de experiência e atuamos com as melhores seguradoras do país.

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Saiba fazer um Gerenciamento de Riscos eficiente para transporte de cargas

O gerenciamento de riscos é a principal estratégia para otimizar recursos e proteger transportadoras, empresas e motoristas de danos e perdas em suas operações. Quer entender o que uma gestão de riscos precisa para ser eficiente? Confira neste artigo!

Atuar no transporte rodoviário de cargas é saber que a qualquer momento um contratempo pode se tornar um grande prejuízo. Se você já passou por isso, deve ter se perguntado: “O que eu poderia ter feito para evitar que isso acontecesse dessa forma?” 

O fato é que existem tantos riscos e variáveis neste tipo de atividade que, mesmo para os gestores mais experientes, é sempre um grande desafio cuidar de cada detalhe e não deixar brecha para o imprevisto

É por isso que a gestão de riscos é tão importante, e é uma tarefa que exige planejamento, estudo e atenção. Quando bem estruturada, pode se tornar uma ótima estratégia para proteger seu patrimônio e reputação, e até mesmo otimizar seus investimentos

Gerenciamento de riscos


Neste artigo vamos responder os seguintes tópicos:

  • O que é gerenciamento de riscos no transporte de cargas?
  • Quais são os principais riscos e ameaças no transporte de cargas?
  • Os 5 erros mais comuns no gerenciamento de riscos

O que é gerenciamento de riscos no transporte de cargas?

De forma simplificada, podemos explicar o gerenciamento de riscos como um conjunto de ações que visam mapear os riscos pertinentes à atividade e estabelecer uma estratégia de prevenção e contenção de danos e perdas. 

Devemos lembrar que risco, de acordo com a Circular SUSEP 347/07, é definido como: “Evento futuro e incerto, de natureza súbita e imprevista, independente da vontade do Segurado, cuja ocorrência pode provocar prejuízos de natureza econômica.” 

Sendo assim, para além da contratação de apólices e coberturas capazes de dar suporte diante de um evento que cause prejuízos, um programa de gerenciamento de riscos atua no monitoramento das ameaças, nas ferramentas que proporcionam maior segurança para a empresa, nas boas práticas, na cultura de prevenção de perdas, gestão de crises, entre outros. 

Quando falamos em transporte rodoviário de cargas, contamos com uma série de metodologias e tecnologias agregadas que oferecem diferenciais competitivos para a segurança financeira da empresa, proporcionam melhores condições de trabalho para os funcionários, colabora com uma reputação positiva, entre outros. 

Quais são os principais riscos e ameaças no transporte de cargas?

Os riscos e ameaças no transporte rodoviário de cargas envolve diversos elementos como falha humana, falha mecânica, infraestrutura e até mesmo questões ambientais

Diante disso, o custo de uma operação atrasada ou interrompida pode ser alto. A rotina desgastante da atividade também traz prejuízos para colaboradores e isso se agrava quando ocorre uma experiência traumática.   

O risco de acidentes é o primeiro a ser lembrado. De acordo com a CNT (Confederação Nacional de Transporte), caminhões estiveram envolvidos em 13 mil acidentes, representando 17,6% do total de ocorrências registradas nas rodovias federais durante o ano de 2020. 

Leia mais: As causas de acidentes nas rodovias do Brasil

Outra questão que também preocupa é o roubo de cargas. Apesar de ser um problema global, o Brasil ainda conta com o título de país com maior índice de ocorrências, foram mais de 14 mil registros de roubos e furtos no ano de 2020.

De acordo com o estudo BSI and TT Club Cargo Theft Report 2021, a alimentação e bebidas são o grande foco dos furtos (41%), seguidos pelo álcool e tabaco (10%) e os produtos de consumo (7%). 

É importante entender que cada tipo de operação oferece riscos diferentes, em maior ou menor grau de consequências. Por isso, não há uma “receita pronta” para gestão de riscos. Muitas vezes, por não considerar detalhes específicos da operação, ocorrem falhas na contenção de danos e prevenção de problemas. 

Confira 5 erros mais comuns no gerenciamento de riscos para transporte de cargas

Por não considerar o gerenciamento de riscos como uma estratégia que envolve toda cadeia produtiva da empresa, muitas vezes os gestores acabam deixando de lado processos importantes para o sucesso do programa. Veja algumas situações comuns:

  1. Não conhecer as condições da frota e não capacitar os profissionais

Como já vimos, a falha mecânica e falha humana são os principais causadores de acidentes nas rodovias. O monitoramento das condições da frota é fundamental para evitar acidentes e, inclusive, multas. Em paralelo, fornecer boas condições de trabalho, estimular boas práticas de direção e acompanhar a saúde dos motoristas é igualmente importante para mais segurança e prevenção. 

  1. Desconhecer possíveis prejuízos e responsabilidades em caso de sinistro

Uma falha comum dos gestores é desconhecer as reais consequências que um sinistro pode gerar. O prejuízo com a perda da carga, caminhão e motoristas são os primeiros a serem considerados. No entanto, danos ambientais e danos a terceiros são exemplos de responsabilidade civil que podem tornar a situação muito mais complexa, com custas judiciais e indenizações.

  1. Não ter um plano de ação em caso de sinistro 

Saber como agir e ter uma resposta rápida a um sinistro é essencial para conter danos. Esse é o papel da gestão de crises. Falhas na hora de comunicar um incidente, não saber como agir ao se deparar com vítimas, populares e imprensa, até mesmo contar com as autoridades e conhecer seus direitos são fatores que podem agravar a situação.  

  1. Não monitorar ocorrências e indicadores 

Uma parte importante do gerenciamento de riscos é o acompanhamento das ações de prevenção e ocorrências. Com esses indicadores é possível ter uma visão clara sobre a segurança das operações e mapear toda cadeia produtiva e identificar possíveis mudanças nos riscos, além de oportunidades e melhorias. Isso está diretamente ligado à melhor gestão dos recursos financeiros dedicados à proteção.

  1. Coberturas inadequadas à sua realidade

Por fim, um erro muito comum é não entender a Gestão de Riscos como aliada na hora da contratação de apólices de seguro. Uma consultoria especializada é fundamental neste momento. Isso porque com um acompanhamento e uma avaliação das exposições aos riscos da operação do cliente, é possível personalizar as apólices, alcançando melhores condições e coberturas adequadas.

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Transporte aquaviário: Cresce o volume de cargas na modalidade

Entenda os benefícios do transporte por via marítima e a importância do seguro para proteger a operação. 

Um estudo divulgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mostrou um crescimento das navegações de interior e de cabotagem no Brasil. Em 2019, houve uma elevação de 20,7% do indicador tonelada – quilômetro útil (TKU) para o transporte via navegação interior, na comparação com 2018. Na cabotagem, o crescimento foi de 6%. O indicador TKU é um dos principais parâmetros da operação dos modos de transporte.

A navegação de interior é aquela feita em hidrovias interiores, em percurso nacional ou internacional. Já a cabotagem é a navegação entre os portos ou pontos do território brasileiro.

Existem muitos benefícios e incentivos na utilização do modal aquaviário no transporte de cargas. Podemos destacar um menor custo no caso de longas distâncias, além do fato de ser menos poluente. No entanto, a alta na demanda alerta para a importância da gestão de riscos e contenção de danos neste tipo de operação, que pode ser bem complexa.

Navegar é preciso, com segurança

No início de 2021 acompanhamos pelos noticiários o caso do navio Ever Given que encalhou no Canal de Suez e todos os impactos gerados na logística internacional. A interrupção nas operações afetou o abastecimento de insumos para diversas empresas e indústrias, assim como a chegada de produtos para consumidores finais. Foram bilhões de dólares em prejuízos, e meses após o ocorrido ainda são negociadas as indenizações entre os envolvidos. 

Em escalas menores, no que tange a segurança da carga e responsabilidades envolvidas em operações marítimas, diversas situações são observadas na rotina no embarque, transporte e armazenamento de produtos. Isso inclui riscos de perdas, danos e atrasos na operação. Alguns exemplos são:  

  • naufrágio; 
  • abalroação; 
  • colisão; 
  • explosão; 
  • incêndio; 
  • raio e suas consequências; 
  • ressaca e tempestade; 
  • mudança forçada de rota (arribada); 
  • danos ambientais;
  • entre outros. 

Seguro de cargas no transporte marítimo e intermodal

Felizmente existem excelentes opções oferecidas pelas seguradoras para proteger a carga e toda a operação diante desses riscos. Isso significa mais segurança e tranquilidade para o cliente e transportadora. 

Para contar com uma cobertura adequada, é considerado um conjunto de fatores, como: tipo de mercadoria, embalagem, valores transportados, performance do risco, logística, rotas, armazenagem, além de questões específicas do segurado.

Isso se aplica até mesmo em operações de transporte intermodal, ou seja, a utilização integrada da cadeia de transportes – quando uma carga é enviada por transporte rodoviário e marítimo, por exemplo, muito comum no agronegócio. 

Leia mais: Os fretes com origem dos portos mostram o avanço da importação e exportação durante 2021. 

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CEO, quais ameaças mais preocupam no momento?

Com a crise sanitária global do último ano, diversos setores da indústria viveram mudanças em diferentes escalas. Seja o impacto positivo ou negativo, inevitavelmente novas ameaças surgiram para todas as áreas e muitas questões surgem na hora de definir os rumos da gestão. 

E agora, quais riscos podem afetar os negócios futuros?” Essa foi uma das perguntas feitas na 24ª Pesquisa Global Anual de CEOs da PwC. Apresentando as principais tendências para os líderes, o relatório fornece ideias e percepções sobre o mundo atual e pós-pandemia sob o ponto de vista dos gestores e administradores.

O estudo explora a visão de mais de 5 mil líderes executivos em todo o mundo sobre o modo como eles estão reinventando suas empresas para mitigar os efeitos de disrupções globais – como o impacto da Covid-19 – e garantir um crescimento sustentável. 

Ataques cibernéticos e “misinformation”

Ao serem questionados sobre o quão preocupados estão em relação a cada uma das potenciais ameaças econômicas, políticas, sociais, ambientais e comerciais às perspectivas de crescimento da sua organização, os CEO’s responderam:

  • 52% se preocupam muito com a pandemia e com as crises de saúde
  • 47% se preocupam muito com Ameaças Cibernéticas
  • 42% se preocupam muito com o Excesso de Regulação
  • 38% se preocupam muito com a Incerteza na Política Tributária
  • 35% se preocupam muito com o Crescimento Econômico incerto

A Ameaça Cibernética é a principal preocupação dos CEOs nos setores de gestão de ativos e fortunas, seguros, patrimônio privado, bancos e mercados de capitais e tecnologia. Isso vem do aumento expressivo nos casos de crimes no ambiente online. No Brasil, por exemplo, foram mais de 3 bilhões de ataques cibernéticos em 2020.

Outro ponto que ganhou nova posição na lista de preocupações dos CEOs é a Misinformation (disseminação de desinformação), sendo que 28% dos entrevistados se mostraram “extremamente preocupados”, contra 16% no estudo do ano passado. Isso se deu pelo impacto profundo das fake news nas últimas eleições, reputação e saúde pública. 

As principais expectativas e ameaças por setor

As indústrias foram afetadas pela pandemia de maneiras diferentes, à medida que bloqueios e outras restrições mudaram as formas de trabalho, socialização, viagens e consumo. Essa disparidade foi observada em cinco setores:

  • Agronegócio: De acordo com a pesquisa, mais da metade dos líderes do setor de Agronegócio no Brasil (53%) está muito confiante nas perspectivas de rentabilidade para o próximo ano, uma proporção maior que a média brasileira (49%). Mas o nível de preocupação com ameaças entre eles também é maior.
  • Serviços Financeiros: Para 75% dos líderes globais do setor de Serviços Financeiros, a economia deve melhorar nos próximos 12 meses, praticamente o mesmo índice da média global (76%). Em relação às preocupações, as ameaças cibernéticas aparecem em primeiro lugar.
  • Consumo: Os líderes globais do setor de Consumo estão menos confiantes nas perspectivas de rentabilidade nos próximos 12 meses que a média global (55% contra 65%) e também menos otimistas com relação à economia (69% contra 76%). No ranking das dez maiores ameaças, pandemias e outras crises sanitárias aparecem isoladas na frente.
  • Saúde: Cultura e comportamentos no ambiente de trabalho aparecem na frente entre os aspectos da estratégia para a força de trabalho que serão alterados para causar o maior impacto na competitividade da empresa.
  • Energia, Serviços de utilidade pública e Recurso: No total, 74% dos líderes globais da indústria de Energia, Serviços de Utilidade Pública e Recursos Naturais (EUR) estão otimistas em relação à economia nos próximos 12 meses. Mas, para metade dos entrevistados, pandemias e outras crises sanitárias são a principal ameaça, seguida de incertezas em relação à política (45%).

*Com informações PwC – A leadership agenda to take on tomorrow. 

E para o seu negócio, quais são as principais ameaças? 

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