Operações Portuárias: Quais são os principais riscos e ameaças para o setor?

Os portos do Brasil possuem grande importância na logística nacional e internacional: eles são um elo entre os diferentes modais de transporte de cargas e o acesso aos mercados consumidores. E mesmo diante da crise global do último ano, o segmento mostrou sua resiliência. A movimentação de cargas no setor portuário cresceu 9,4% no primeiro semestre de 2021, movimentando 591,9 milhões de toneladas, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

O que se espera para um futuro próximo é mais desenvolvimento. Segundo o Ministério da Infraestrutura, a carteira de projetos 2021-2022 nos setores portuário, aeroportuário, rodoviário e ferroviário passa dos R$ 200 bilhões. Também podemos citar programas como o “BR do Mar”, que visam estimular o uso da cabotagem, aumentar a frota nacional e equilibrar a matriz de transportes no país. 

Se por um lado as expectativas são otimistas, por outro, essa demanda vem acompanhada pelos desafios da formação de um ambiente seguro para um desenvolvimento bem estruturado. 

Os riscos climáticos, logísticos e cibernéticos das operações portuárias

O gerenciamento de riscos tem sido uma importante estratégia para proteger empresas e negociações, prevenindo e mitigando perdas. No transporte marítimo não é diferente. Estudos recentes destacam algumas preocupações que devem pautar o planejamento de agentes portuários.

Um dos principais temas é o impacto das mudanças climáticas que devem ser cada vez mais severas, com potencial de gerar uma série de prejuízos para economia nacional. É o que alerta o estudo Impactos e Riscos da Mudança do Clima nos Portos Públicos Costeiros Brasileiros, desenvolvido pela consultoria WayCarbon em parceria com a agência de desenvolvimento alemã GIZ e com participação da ANTAQ e INPE.

Dentre os riscos analisados pelo estudo, os vendavais foram os que se mostraram como o mais crítico, considerando os cenários futuros: 33,3% (7 de 21) dos portos já possuem risco “alto” ou “muito alto” em relação aos vendavais, podendo passar para 76,2% (16 de 21) no ano de 2050.

Outra preocupação é o índice de risco de aumento do nível do mar: dos 21 portos públicos analisados, 11 deles, ou 52% dos portos envolvidos na pesquisa, sofrerão, até 2030, com risco de aumento do nível do mar “muito alto” ou “alto”, o que deixará suas instalações mais expostas a inundações, por exemplo.

Em paralelo, acidentes com embarcações ainda são um ponto de atenção, e as operações com mega-navios geram alerta. De acordo com o estudo “Safety & Shipping Review 2021” da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), houve mais de 870 perdas de navios durante a última década, sendo que os navios de carga foram responsáveis por 40% das perdas totais.

O bloqueio do Canal de Suez pelo navio porta-contêineres Ever Given em março de 2021 foi mais um exemplo de uma lista crescente de incidentes com grandes embarcações ou mega-navios. Os navios se tornaram cada vez maiores à medida que as empresas de navegação buscam economia de escala e eficiência de combustível. No entanto, de acordo com a AGCS, as embarcações maiores apresentam riscos únicos. Responder a incidentes deste porte é mais complexo e caro. 

“Se o Ever Given não tivesse sido liberado, a recuperação teria exigido o longo processo de descarga de cerca de 18.000 contêineres, o que exigiria guindastes especializados. A remoção dos destroços do grande porta-aviões, Golden Ray, que virou em águas norte-americanas em 2019 com mais de 4.000 veículos, levou mais de um ano e meio e custou centenas de milhões de dólares,” exemplifica o estudo.

Por fim, e não menos importante, o relatório também observa que todas as quatro maiores companhias marítimas do mundo já foram atingidas por ataques cibernéticos, e com os conflitos geopolíticos cada vez mais disputados no espaço cibernético, cresce a preocupação com um ataque potencial às infraestruturas marítimas críticas, como um grande porto ou rota de navegação. 

Os principais seguros para operações portuárias

Diante dos riscos da atividade, atuar na logística marítima exige um grande preparo. Incidentes dos mais variados fatores podem gerar prejuízos expressivos e perda de competitividade nas negociações. 

Cada operação pode apresentar riscos diferentes, por isso, saber analisar tal exposição e encontrar as opções mais adequadas para proteger cada parte envolvida é fundamental para uma proteção eficiente.

Entre as principais modalidades indicadas para o ramo, podemos destacar:

  • Seguro RC Operador Portuário: Garante prejuízos pelos danos materiais e/ou corporais causados a terceiros, no interior ou entorno da área portuária.
  • RC Danos Ambientais: Proteção contra danos ao meio ambiente decorrentes de atividades industriais ou movimentação de determinadas mercadorias.
  • Responsabilidade Civil do Transportador: Seguro de cargas para empresas transportadoras para movimentação de mercadorias de terceiros.
  • Transporte Nacional: Seguro de cargas para o embarcador, proprietário da mercadoria, durante o transporte em território nacional.
  • Transporte Internacional: Seguro de cargas para o embarcador, proprietário da carga, durante o transporte internacional de mercadorias por importação ou exportação.
  • Seguro para Riscos Cibernéticos: Resguarda a responsabilidade da empresa referente a proteção, gestão e manuseio de dados e as consequências das perdas de informações corporativas.

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Construção Civil: 5 tendências de gerenciamento de riscos para o setor

O mercado da construção civil está vivendo um período de forte crescimento, impulsionado por incentivos em infraestrutura e a transição para práticas sustentáveis. De acordo com um relatório da Marsh e Oxford Economics, a previsão é que a indústria de construção global cresça 42%, movimentando cerca de US $ 15 trilhões até 2030.

Vários fatores contribuem para o surgimento de demandas no setor. Especialistas sinalizam a necessidade de adaptação e mitigação de riscos diante das mudanças climáticas. O aumento dos níveis do mar e o risco de inundações exigirão novas defesas costeiras, bem como esgoto e sistemas de drenagem. Edifícios e plantas comerciais podem precisar de projetos de proteção de tempestades e inundações, enquanto a infraestrutura envelhecida precisará ser revitalizada para lidar com eventos climáticos mais extremos.

A Covid-19 também contribuiu com essa demanda. A pandemia expôs deficiências em serviços públicos como saúde e assistência social, que se transformaram em maiores gastos com hospitais. Os impactos também afetaram as cadeias de abastecimento, mostrando a necessidade de construção de fábricas e armazéns

Ainda, a digitalização, que avançou de forma acelerada nos últimos anos, também pode impulsionar o segmento, exigindo infraestrutura de telecomunicações, data centers, centros de logística e varejo eletrônico.

Este boom global irá, no entanto, apresentar desafios para a construção e engenharia, especialmente relacionados à segurança. Esse cenário foi objeto de estudo do novo relatório da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), nomeado Riscos de Construção pós-Covid, que analisou a sinistralidade no setor e mapeou as tendências de riscos iminentes e de longo prazo para o segmento. Confira abaixo cinco pontos de destaque.

1 – Uma nova era de riscos para a construção civil

De acordo com o relatório, a pandemia trouxe uma nova era de riscos para todos os setores da economia. Na indústria da construção não foi diferente. 

Apesar de uma forte recuperação do segmento, ainda existem desafios de curto e longo prazo para superar, como a escassez de equipamentos essenciais e materiais, o aumento de custos, prazos de entrega mais longos, escassez de mão de obra qualificada e protocolos de trabalho em constante mudança. Segundo a Pesquisa Internacional de Mercado de Construção 2021, as taxas do aço dispararam em alguns países da União Europeia em até 50% devido a uma combinação de aumento do preço do minério de ferro, oferta restrita e aumento dos custos de remessa.

A indústria, portanto, precisará acelerar a implementação de medidas de eficiência e controle de custos

A análise da AGCS mostra que o problemas com projetos e mão de obra

são uma das principais causas de reivindicações na construção e engenharia,

representando cerca de 20% do valor do seguro de perdas em engenharia nos últimos cinco anos. 

2 – Oportunidades em infraestrutura 

A crise da Covid-19 afetou significativamente a atividade econômica global. No entanto, com avanço nas campanhas de vacinação e melhor entendimento para enfrentamento da pandemia, os governos estão se esforçando para estimular a atividade sustentável, não apenas com subsídios econômicos de curto prazo, mas também com estratégias de longo prazo para a recuperação econômica. 

O investimento em infraestrutura há muito tempo é visto como uma estratégia importante para gestão da crise econômica, com a geração de empregos e revitalização de comunidades

Os gastos com infraestrutura exigirão capital público e privado para vários setores, a depender das necessidades e estratégias de recuperação dos países. As áreas que devem se beneficiar incluem:

  • Energia (foco na mudança de clima e o transição para fontes renováveis)
  • Telecomunicações (demanda por dados e conectividade)
  • Assistência médica (a pandemia iluminou a necessidade urgente para aumentar investimento na saúde infraestrutura em muitos países)
  • Transporte (aéreo, ferroviário e rodoviário – ligações entre global, nacional e regional)
  • Tratamento de água e distribuição

3. Sustentabilidade irá conduzir mudanças no perfil de risco

Uma transição global para um futuro mais sustentável, incluindo esforços para cortar as emissões de carbono, terá implicações profundas para os riscos na construção civil. 

De acordo com o relatório, cerca de 50% de toda a emissão de carbono de um edifício vêm da fabricação de materiais e do processo de construção. Para reduzir a pegada de carbono, será necessário adotar novos materiais e processos de construção

Esse caminho também é importante para tratar problemas que já existem. Para se ter ideia, a análise de ocorrências da AGCS mostra que incidentes com incêndios e explosões foram responsáveis por mais de um quarto (26%) dos sinistros na construção e engenharia nos últimos cinco anos:

4. Os desafios dos riscos climáticos para a construção

Eventos climáticos extremos também causaram grandes perdas nos últimos anos, devido à mudança climática e ao crescimento da atividade econômica em partes do mundo expostas a catástrofes.

É urgente que os canteiros de obras estejam mais preparados e tenham mais atenção com o impacto de desastres naturais como incêndios florestais, inundações repentinas e deslizamentos de terra.

A análise das ocorrências da AGCS mostra que desastres naturais são a segunda causa mais cara de perdas de engenharia, respondendo por 20% das ocorrências durante os últimos cinco anos:

● Fogo, explosão 26%

● Desastres naturais 20%

● Produto defeituoso 12%

● Falha de acabamento / manutenção 8%

● Erro humano / erro operacional 6%

● Outros 30%

5. Riscos Cibernéticos

O uso de tecnologia é crescente na indústria da construção. Máquinas e recursos de automatização são aplicados a cada vez mais tarefas com o uso de equipamentos e ferramentas conectadas, realidade virtual, sensores, dispositivos vestíveis e baseados em nuvem. Plataformas também estão sendo usadas para gerenciar cadeias de suprimentos, melhorar a segurança e gerenciar projetos.

Tudo isso traz mais produtividade para o setor, mas também expõe os projetos a ataques cibernéticos. O avanço na digitalização pode gerar tentativas maliciosas de obter acesso a dados sensíveis, à interrupção do projeto, interrupção da cadeia de suprimentos, e inclusive, riscos à reputação das partes envolvidas.

Confira o relatório completo aqui

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5 cuidados essenciais para o transporte de carga fracionada

A operação de carga fracionada caracteriza-se pelo transporte de produtos de clientes diferentes, ocupando partes do espaço disponível do caminhão, dentro do mesmo itinerário. A principal vantagem desse tipo de carga é que o valor do frete é proporcional ao espaço ocupado por cada carga no caminhão.

O transporte fracionado é recomendável quando é necessário reduzir custos, trazendo economia à transportadora de diversas formas, por exemplo, pelo menor número de caminhões na estrada para fazer as entregas, gastando menos com motoristas, combustível, manutenção etc.

A empresa que precisa remeter mercadoria também se beneficia, visto que o valor do frete vai ser dividido com outras empresas cujos produtos foram transportados no mesmo caminhão. Essa economia também pode ser repassada ao consumidor final, proporcionando mais competitividade às vendas.

Por isso, este tipo de modalidade de transporte é extremamente interessante para empresas que trabalham com e-commerce, que costumam remeter cargas razoavelmente pequenas para os destinos diversos. Afinal, optar por fazer a movimentação das mercadorias com a carga completa poderia tornar a logística dessas empresas financeiramente inviável.

Quais são os cuidados para a logística de cargas fracionadas?

1 – Ficar atento às características dos produtos

Com a pluralidade de produtos despachados, cada vez mais se faz necessário atenção e segurança dos transportadores com as cargas fracionadas. Os produtos transportados no mesmo veículo devem ser compatíveis, ter características semelhantes. É proibido, por exemplo, transportar alimentos perecíveis junto com remédios ou algum produto químico. Além de estar em conformidade com a legislação, é importante evitar o risco de uma carga danificar ou contaminar a outra durante o transporte.

2 – Elaborar um cronograma logístico

Cumprir com os prazos estabelecidos com os clientes é importante no serviço de transporte de cargas, independente de como está sendo realizado. Mas, vale destacar que no caso da carga fracionada esse ponto merece um cuidado redobrado, justamente porque essa modalidade envolve muitos clientes e diversas paradas. Sendo assim, administrar os prazos combinados com mais de um cliente exige mais atenção ao cronograma. Afinal, se uma entrega atrasar, todas as demais entregas, distribuídas ao longo da rota, podem atrasar também, multiplicando os problemas e a insatisfação dos clientes.

3 – Roteirização adequada

Além de cuidar com os prazos de diferentes clientes, o planejamento da rota também é importante para cumprir um cronograma rígido. Estradas em condições ruins ou passando por obras o podem dificultar a logística onde é importante ter rotas alternativas. Importante ter um cronograma com alguma margem de atraso para evitar que rodovias em más condições comprometam a pontualidade das entregas.

4 – Segurança das estradas

O roubo de cargas é um problema sério no Brasil e no mundo. Quando falamos em carga fracionada, essa ameaça pode ser ainda pior – porque vários clientes podem ser prejudicados a partir de uma ocorrência. Para evitar risco e reduzir prejuízos, é importante tomar algumas providências: monitore seus veículos em tempo real por meio de um rastreador que permita o contato com o motorista em casos de emergência, treine seus motoristas para enfrentar situações inesperadas e de risco, planeje rotas, evite estradas e locais de paradas com maior incidência de roubo. 

A gerenciadora de risco deve trabalhar em conjunto com o transportador e assim elaborar um plano de gerenciamento de risco aderente a operação do cliente, adotando de forma inteligente protecionais de segurança do início ao fim da viagem. Como, por exemplo, rastreador de carreta, tecnologia de redundância com bloqueador, Iscas (RF), escolta, trava de baú, entre outros.

5 – Visibilidade das informações

Monitorar a carga em tempo real ao longo de todo o trajeto é um item fundamental para o controle logístico e a segurança da viagem. O rastreamento ajuda a tomar decisões rápidas em casos de roubo ou outros imprevistos, além de fornecer ao cliente informações da entrega do produto adquirido de forma online, agregando visibilidade, redução dos custos logísticos e transparência das viagens para o contratante e cliente final. 

Eduardo Tavares – Gerente de Operações 

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Principais riscos e características da carga frigorificada

A perda ou comprometimento de uma carga durante seu transporte é a principal preocupação de embarcadores e transportadoras. E quando falamos de produtos ou mercadorias perecíveis, como é o caso da carga frigorificada, temos diversos riscos e normas que exigem cuidados específicos durante todos os processos da operação.  

Alimentos como carnes, laticínios, hortaliças, bebidas, alguns tipos de químicos e remédios são exemplos de cargas que necessitam estar refrigeradas, ou seja, precisam ser mantidas sob temperatura ideal constantemente para conservar suas qualidades essenciais, do carregamento até o seu destino final. No entanto, falhas ocorrem, e isso é um problema comum.

Para se ter ideia, uma pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontou que aproximadamente 14% dos alimentos produzidos para consumo global são perdidos durante o armazenamento e transporte. No caso de frutas e vegetais, o índice supera 20%.

Por isso, normativas como a NBR 14701 preveem as responsabilidades de cada parte envolvida na operação de transporte de cargas refrigeradas. Considerando toda cadeia de produtos refrigerados, a norma indica requisitos como: 

  • Estocagem: a câmara frigorífica deve manter a temperatura do produto sempre no valor desejado, ou mais baixa, com o mínimo de variação. Para isso, devem ser feitas frequentes medidas, preferivelmente com registradores ou instrumentos que monitorem continuamente a temperatura.
  • Deslocamento, carga, descarga e transporte: Deve sempre ser realizado por equipamento (onde os caminhões frigoríficos são mais frequentes Brasil) capaz de manter a temperatura do produto no valor desejado.

É obrigatório que a carroceria frigorífica tenha sua temperatura interna  reduzida e estabilizada pelo período de 15 minutos antes da entrada do produto, além de possuir instrumentos para registro contínuo da temperatura do ar interno e indicador desta temperatura durante o transporte.

O processo de carga e descarga das carnes deve ser realizado da maneira mais rápida possível, evitando, assim, o aumento da temperatura da carga decorrentes de atrasos na carga/descarga ou falhas logísticas. Ainda, o compartimento destinado ao transporte da carga deve estar seco, livre de aromas ou odores e sempre em boas condições de higiene e limpeza.

Os principais riscos no transporte da carga frigorificada

As perdas no transporte de cargas frigorificadas se dão por diversos fatores, sejam eles comuns ao transporte de cargas em geral ou específicos ao tipo da carga. Podemos destacar:

  • Roubo de carga

Dados da Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo mostram que de janeiro a agosto de 2021 foram 4.131 ocorrências de roubo e furto de cargas no Estado. Isso representa uma alta de 4,71% em relação a igual período de 2020.

Outro relatório, intitulado BSI and TT Club Cargo Theft Report 2021, mostrou que cargas como alimentação e bebidas são as mais visadas por criminosos no Brasil, ocupando 41% das ocorrências.

Por terem alto valor e fácil revenda, são comuns os casos como o deste caminhão carregado com peças de carne, com a carga avaliada em R$ 72 mil, que sofreu o ataque de assaltantes que, levaram a mercadoria e atearam fogo no caminhão, causando perdas à carga e ao veículo.  

  • Falha mecânica

Outro ponto de atenção está na manutenção do veículo, da estrutura que garante o acondicionamento da carga, bem como o treinamento da equipe para identificar e prevenir perdas.

Recentemente, a mídia deu destaque aos prejuízos durante o transporte de medicamentos, diante da urgência gerada pela pandemia. Como este caso ocorrido em Minas Gerais, com a perda de quase 10 mil doses de vacina contra a COVID-19 durante seu transporte devido a uma falha no equipamento que registrava a temperatura das caixas que armazenavam a carga.

  • Embalagem e manuseio

A responsabilidade do transportador começa no carregamento até a entrega no destino final. Por isso, entender as necessidades especiais da carga, quais cuidados para manter o resfriamento adequado durante seu manuseio e até mesmo verificar se a embalagem fornece a segurança ideal durante todo o período em que estiver sendo movimentada.

O transportador tem direito, inclusive, de recusar ou propor outro tipo de empacotamento para a carga que não possui embalagem adequada, ou, ainda, quando o acondicionamento possa trazer danos no veículo ou ponha a saúde das pessoas em risco. O transportador pode também recusar cargas que não possuam documentação exigida por lei ou que tenham sua comercialização ou transporte proibido.

  • Atrasos

Em geral, atrasos durante uma entrega prejudicam o embarcador de diversas formas. Mas quando falamos de transporte de mercadorias frigorificadas, especialmente quando são perecíveis, os atrasos podem significar o comprometimento total da carga. 

Falhas no veículo, problemas logísticos e até mesmo rotas impedidas ou congestionamentos são os principais fatores que geram atrasos durante uma entrega. Por isso, planejar a viagem e contar com recursos de rastreamento são algumas medidas que ajudam a prevenir essa situação.

  • Acidentes

Por fim, podemos destacar também os riscos com acidentes, comum ao transporte de cargas rodoviário, seja ela qual for. De todos os acidentes em rodovias federais do Brasil registrados em 2020, 17,6% envolveram caminhões.

De acordo com o estudo “Acidentes Rodoviários – Estatísticas Envolvendo Caminhões”, realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a ocorrência de acidentes é potencializada por diferentes fatores: humanos, veiculares, institucionais, socioeconômicos e ambientais

Prevenir prejuízos com a perda da carga por motivo de acidentes, atrasos, roubos, ou falhas mecânicas envolve estratégias de gestão de riscos, que incluem ações de cuidados com o veículo, capacitação dos motoristas, auditorias periódicas, planos de resposta durante um incidente e o seguro para a carga. 

Prevenção de perdas no transporte de cargas na prática

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Seguro Patrimonial para Empresas: veja as principais vantagens e coberturas

Nenhuma companhia está livre de perigos. No entanto, conhecer os riscos aos quais a atividade está exposta e contar com mecanismos que garantem mais segurança diante de imprevistos é fundamental para atuar com mais tranquilidade e alcançar mais competitividade no mercado. 

Por isso, o seguro patrimonial se faz tão importante. A modalidade tem como objetivo proteger e ressarcir empresas quando ocorrem incidentes que podem causar prejuízos financeiros aos negócios e interrupções nas operações. 

Confira neste artigo as vantagens do seguro patrimonial e as principais coberturas indicadas para empresas:

Um olhar mais atento à proteção patrimonial

Diversos fatores ao longo dos anos têm contribuído para que as empresas busquem formas de proteger seu patrimônio dos riscos que podem comprometer suas atividades. 

As relações comerciais, exigências contratuais, maior fiscalização, cenários de incerteza econômica e até mesmo a responsabilidade diante dos investidores fez com que gestores busquem mais segurança. Podemos ver isso na síntese dos principais dados relativos ao desempenho do setor de seguros até outubro de 2021, emitido pela SUSEP, que mostrou que os seguros das linhas patrimoniais, responsabilidade civil (RC) e transporte apresentaram um crescimento acima de 20% na arrecadação de prêmios durante o ano.

Essa é uma tendência global percebida por especialistas que reflete a crescente conscientização quanto ao risco, onde o suporte estrutural de longo prazo fornecido pelo seguro é necessário para o desenvolvimento dos negócios.

De acordo com o estudo sigma do Swiss Re Institute, o crescimento do PIB global será forte em 2021, em 5,6%, diminuindo para 4,1% em 2022 e 3,0% em 2023. A inflação é o risco macroeconômico prevalecente a curto prazo, alimentada pela crise energética e por questões prolongadas do lado da oferta.

Diante disso, o documento aponta que “a recuperação econômica que estamos vivendo é cíclica e não estrutural, com resiliência macroeconômica mais fraca hoje do que antes da crise da COVID-19. Como tal, devemos ser tudo menos complacentes. Dada sua capacidade e experiência para absorver riscos, a indústria de seguros é crucial para tornar as sociedades e economias mais resilientes.”

Em paralelo, as operadoras oferecem soluções aplicáveis a todo tipo de negócio, independente do porte ou área de atuação – sendo essa umas das principais vantagens do seguro patrimonial para empresas. 

Vantagens do seguro para empresas

O seguro patrimonial para empresas, também conhecido como compreensivo empresarial, é destinado a atividades comerciais, industriais ou serviços, ou, ainda, a imóveis não residenciais.

Trata-se de um plano que conjuga vários ramos ou modalidades numa mesma apólice. Entre seus benefícios estão as taxas reduzidas em relação aos chamados seguros convencionais. As cláusulas são menos restritivas e de mais fácil compreensão pelos segurados. 

Outro diferencial é sua estrutura modular, com ampla gama de coberturas e garantias acessórias, permitindo ao segurado a escolha das mais adequadas às suas necessidades, o que resulta na montagem de um seguro “personalizado”.

O que o seguro patrimonial cobre?

Os seguros compreensivos do grupo patrimonial visam garantir o pagamento de indenização por prejuízos decorrentes de perdas e danos aos bens segurados, em consequência de risco coberto.  

Entre as principais coberturas indicadas para empresas, podemos destacar:

  • Seguro contra incêndio

A cobertura de incêndio prevê o pagamento de indenização por prejuízos ocorridos pela propagação do fogo. 


Vale ressaltar que é obrigatório o seguro contra riscos de incêndio de bens móveis e imóveis pertencentes a pessoas jurídicas, conforme previsto no Decreto-Lei nº 73/66 e no Decreto nº 61.867/1967, e sua contratação se dá por meio de seguro compreensivo. 

  • Proteção contra roubo e furto

Mesmo com investimentos e estratégias de prevenção de riscos com sistemas avançados de segurança, como câmeras, alarmes, cercas elétricas e vigilância constante, as empresas podem se deparar com problemas de furto ou roubo – dado que os criminosos utilizam recursos cada vez mais sofisticados.

Por isso, contratar a cobertura para subtração de bens é uma forma de tornar a proteção ainda mais completa, no sentido de evitar prejuízos quando ocorrem danos.

  • Desastres naturais

Outra cobertura importante para empresas envolve desastres naturais. Diversas regiões do Brasil apresentam uma grande probabilidade de tempestades, chuvas de granizo, deslizamentos de terra e inundações, por exemplo, que podem causar prejuízos às empresas.

Com os danos causados em decorrência dos desastres naturais, as companhias podem ter suas estruturas comprometidas,  gerando interrupções nas produções, atrasos, perdas de máquinas, estoque e equipamentos. No entanto, com a cobertura para tais ricos a situação pode ser resolvida com mais agilidade e suporte necessário.

  • Responsabilidade Civil

Por fim, podemos destacar a responsabilidade civil também entre as principais coberturas para seguros patrimoniais para empresas. Essa modalidade tem por objetivo fornecer segurança jurídica para a empresa.

A RC oferece proteção ao segurado quanto a possíveis ações judiciais, reclamações ou qualquer dano que seja causado a terceiros e seus bens dentro da empresa.

Ou seja, a cobertura protege na esfera civil os prejuízos que clientes, funcionários, prestadores de serviço tenham sofrido em decorrência de um incidente. Isso inclui todo suporte com custos advocatícios e possíveis indenizações.

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Qual é a função da Gerenciadora de Riscos para transporte de cargas?

Administrar as ameaças é essencial no transporte rodoviário de cargas e logística. Para além das apólices de seguro, a gestão de riscos deve ser entendida como uma estratégia que protege e otimiza recursos para um bom funcionamento dos serviços. 

Essa não é uma tarefa simples, por isso, contar com uma Gerenciadora de Riscos tem sido uma opção cada vez mais comum no setor. Afinal, essa é uma garantia de ter uma equipe e estrutura dedicada aos riscos e ter mais tranquilidade para focar no desenvolvimento da empresa. 

Entenda no artigo abaixo o papel de uma Gerenciadora de Riscos e como ela pode ser importante para o seu negócio! 

Gerenciadora de Riscos cargas

A função de uma Gerenciadora de Riscos

A Gerenciadora de Riscos vai atuar no acompanhamento de todas as etapas da operação para que a carga esteja no local desejado e no prazo previsto. Isso também inclui, intervir e dar o suporte necessário diante de algum incidente que possa impedir ou atrasar a entrega, evitando, assim, danos e prejuízos financeiros a toda a cadeia (embarcador, transportador, motorista, terceiros, etc.) 

No contexto do transporte rodoviário, existem diversas ameaças que podem afetar a segurança da operação e a conclusão do serviço. 

O Brasil está entre os países com maior número de ocorrências de furto e roubo de cargas. De acordo com o relatório mais recente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), foram mais de 14 mil casos durante o ano de 2020 – chegando a um prejuízo de R$1,2 bilhão.

Outro ponto de atenção é o risco de acidentes. Por exemplo, no mesmo ano, foram 13 mil registros envolvendo caminhões, representando 17,6% do total de ocorrências nas rodovias federais.

Podemos citar ainda a rotina desgastante, longas jornadas de trabalho, maus hábitos, falta de infraestrutura nas estradas, falta de atenção, falhas mecânicas, entre outros fatores que afetam significativamente a segurança e desempenho dos motoristas.

Cargas perigosas, de alto valor e as consideradas mais visadas por criminosos podem tornar a operação ainda mais complexa.

Diante disso, a Gerenciadora  de Riscos tem a função de avaliar todas essas questões e desenvolver um plano de gestão de riscos. Nesse sentido, ela vai trabalhar com metodologias e indicadores que visam entender sua operação e possíveis ameaças que podem prejudicar seu negócio.

Leia mais: Como fazer um plano de gestão de riscos eficiente

O que uma Gerenciadora de Riscos pode fazer pelo seu negócio

Cada empresa tem características e riscos diferentes. Sendo assim, a forma como a Gerenciadora vai atuar também deve ser específica para o seu negócio. Entre os principais recursos que auxiliam esse trabalho temos:   

  • Estudo de análise de riscos: avalia as exposições aos riscos para cruzamento com as coberturas contratadas.
  • Inspeções de risco: isso envolve vistorias in loco, análise de laudos e relatórios de inspeção para ramos elementares, riscos diversos, responsabilidade civil. Além de outras questões que podem trazer impactos expressivos no caso de sinistros. 
  • Análise de rota: a Gerenciadora também conta com informações sobre a segurança e infraestrutura das vias, incidência de roubos e furtos, o modus operandi dos criminosos, horários e datas mais indicados e demais dados que ajudam a mapear as melhores rotas para o transporte de cargas.
  • Processo de validação e qualificação de motoristas: é necessário consultar diversas fontes para uma verificação do histórico e conduta desse profissional. Além disso, treinamentos e capacitações são importantes para que toda equipe envolvida na operação possa atuar com segurança.
  • Manutenção da frota: sistematizar a manutenção da frota para evitar eventos com falhas mecânicas que podem interromper ou atrasar uma operação, além de colocar a vida do motorista em risco.
  • Normas e leis: é importante contar com especialistas que conhecem a legislação e são capazes de indicar o que é necessário para evitar esse tipo de ocorrência.
  • Tecnologias e inovações: existem recursos modernos que auxiliam o gerenciamento de riscos. As melhores Gerenciadoras de Riscos acompanham essa evolução e contam com essa estrutura para atender o cliente.  
  • Suporte e Gestão de Crises: ter uma resposta rápida após um sinistro é importante para minimizar danos e controlar a situação. Por isso, contar com um suporte e um plano de Gestão de Crises torna esse momento mais seguro e tranquilo.
  • Análise de sinistros: reconhecer padrões por trás da ocorrência de sinistros aumenta as chances de recuperação da carga ou caminhão. Além disso, essa análise contribui para uma gestão de riscos inteligente, com indicadores consistentes para tomadas de decisões e melhorias de processos. 

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RCTR-C e RC-DC: O que são esses termos e quais as diferenças entre eles?

Quando o assunto é transporte de cargas, existem duas modalidades de seguro de responsabilidade civil que não podem faltar. São elas: a RCTR-C e a RC-DC.

Essa necessidade se justifica quando lembramos das principais ameaças que assombram o setor. Foram mais de 16 mil acidentes com caminhões nas rodovias federais no ano de 2019, de acordo com a CNI. Em paralelo, temos roubos e furtos de cargas, que foram mais de 14 mil ocorrências em 2020.

Diante disso, mecanismos para proteger a carga são imprescindíveis. Por isso, temos a RCTR-C ou “Seguro para acidentes” e a RC-DC “Seguro para desaparecimento de cargas”. 

Entenda a diferença entre RCTR-C e RC-DC.

Apesar de populares, existem muitas dúvidas acerca dos seguros para cargas, sua obrigatoriedade, diferenças e coberturas. Mas é importante entender essas características para operar dentro da lei e com maior tranquilidade. Quer saber mais? Confira os detalhes dos seguros RCTR-C e RC-DC abaixo:

Seguro RCTR-C, o que é?

O RCTRC-C é o seguro de Responsabilidade Civil do transportador rodoviário de carga. Ou seja, esse é um seguro contratado pela transportadora especificamente para cobrir os danos causados por acidentes rodoviários.

Importante destacar que este é um seguro obrigatório para o transporte de cargas em todo território nacional, conforme decreto desde 1966:

DECRETO-LEI Nº 73, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966:

“Art 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios os seguros de:

m) responsabilidade civil dos transportadores terrestres, marítimos, fluviais e lacustres, por danos à carga transportada.”

DECRETO No 61.867, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1967:

“Art 10. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado que se incumbirem do transporte de carga, são obrigadas a contratar seguro de responsabilidade civil em garantia das perdas e danos sobrevindos à carga que lhes tenha sido confiada para transporte, contra conhecimento ou nota de embarque.”

Outro detalhe é que o segurado é, exclusivamente, o Transportador Rodoviário de Carga, devidamente registrado no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

Este seguro também não pode ser contratado coletivamente, devendo as apólices serem individualizadas por segurado.

Qual é a penalidade para quem não tem RCTR-C?

O responsável pelo transporte da carga deve ter no documento que acobertar a operação todas as informações da seguradora, da apólice de seguro e o número de averbação. Caso contrário, além do risco patrimonial em caso de sinistro, está sujeito a multa durante fiscalização, conforme tabela de infrações e multas da ANTT:

Efetuar transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e mediante remuneração sem indicar o número da apólice do seguro contra perdas ou danos causados à carga, acompanhada de identificação da seguradora na documentação que acoberta a operação de transporte.Multa de R$550,00
Efetuar transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e mediante remuneração sem contratar seguro contra perdas ou danos causados à carga ou empreender viagem com apólice em situação irregular.Multa de R$1.500,00

Quais danos cobertos pelo RCTR-C?

O RC de Transporte Rodoviário de Cargas tem como objetivo reparar danos causados às mercadorias transportadas de terceiros. Desde que em decorrência de um acidente com o veículo transportador, considerando sua cobertura básica. 

Portanto, entre os acidentes considerados no seguro temos:

1 – colisão e/ou capotagem e/ou abalroamento e/ou tombamento do veículo transportador;

2 – incêndio ou explosão no veículo transportador.

Pode se incluir, ainda, cobertura por danos materiais sofridos pelos bens ou mercadorias, consequentes dos riscos de incêndio ou explosão, nos depósitos, armazéns ou pátios usados pelo segurado, nas localidades de início, pernoite, baldeação e destino da viagem, ainda que os ditos bens ou mercadorias se encontrem fora dos veículos transportadores.

Seguro RC-DC, o que é? 

Ademais, o RC-DC é o Seguro Responsabilidade Civil de desaparecimento de cargas, que tem por objetivo garantir a cobertura do valor protegido no caso de roubo ou furto da carga transportada. O RC-DC é obrigatório e deve ser adquirido junto ao RCTR-C. 

Além disso, também é um seguro destinado a transportadora e não pode ser contratado coletivamente, devendo as apólices serem individualizadas por segurado. 

Quais danos cobertos pelo RC-DC?

Estão cobertas as perdas e/ou os danos materiais sofridos pelos bens ou mercadorias pertencentes a terceiros. Conforme determinação da SUSEP, o RC-DC cobre

  • Desaparecimento total da carga, concomitantemente com o do veículo, durante o transporte, em decorrência de: apropriação indébita e/ou estelionato; furto simples ou qualificado; extorsão simples ou mediante sequestro; 
  • Roubo durante o trânsito, entendendo-se como tal, para a caracterização da cobertura, o desaparecimento total ou parcial da carga, desde que o autor do delito tenha assumido o controle do veículo transportador, mediante grave ameaça ou emprego de violência contra o motorista.
  • Roubo de bens ou mercadorias carregados nos veículos transportadores, enquanto estacionados no interior de depósitos ou da área do terreno onde estiverem localizados os depósitos do Segurado, ou sob seu controle e/ou administração, desde que tais depósitos tenham sido, previamente, relacionados na apólice e que sejam observadas, cumulativamente, as seguintes condições: Os bens ou mercadorias carregados estejam acompanhados do respectivo conhecimento de transporte rodoviário de carga e/ou de outro documento hábil; e os referidos bens ou mercadorias não tenham permanecido, no depósito, por mais de 15 (quinze) dias corridos.
  • Roubo praticado durante viagem fluvial complementar à viagem rodoviária, exclusivamente na Região Amazônica, desde que haja abertura de inquérito policial, e que ocorra o desaparecimento total ou parcial da carga, concomitantemente ou não com o do veículo embarcado.

Como contratar RCTR-C e RC-DC?

Agora você já sabe que o RCTR-C é o seguro obrigatório de cargas para casos de acidentes e o RC-DC é o seguro obrigatório para roubos de cargas, que pode ser contratado junto ao RCTR-C. O próximo passo, é proteger sua carga.

Como já dito, a transportadora deve estar registrada no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

A Zattar Seguros protege as cargas de mais de 600 transportadoras e conta com um time de especialistas em gestão de riscos com mais de 15 anos de experiência, além de sistema próprio de acompanhamento de sinistros.  Clique aqui e fale agora com a nossa equipe.

O papel do RC Empregador em casos de acidentes de trabalho

A apólice de Responsabilidade Civil do Empregador protege o patrimônio das empresas e garante suporte ao colaborador. Entenda.

O Brasil registra uma morte por acidente de trabalho a cada 3 horas e 40 minutos. Segundo o Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, entre 2012 e 2018 foram contabilizados 17.200 falecimentos dentro dos 4,7 milhões de incidentes relacionados à atividade laboral. 

Os ramos e ocupações que sofrem com isso são diversos. No ranking, as ocorrências mais frequentes foram as de alimentador de linha de produção (192 mil), técnico de enfermagem (174 mil), faxineiro (109 mil), servente de obras (97 mil) e motorista de caminhão (84 mil).

Ao mesmo tempo em que a segurança no trabalho é constantemente debatida, os números de acidentes mostram o quanto este risco está presente independente do negócio ou tamanho da empresa. Isso evidencia a importância das organizações atuarem na prevenção e estarem preparadas para a contenção de danos

Diante das responsabilidades das organizações com seus colaboradores ou familiares em caso de acidentes de trabalho, existem produtos dedicados a dar suporte para as indenizações decorrentes deste tipo de evento, é o caso do RC Empregador. Saiba mais:

O que é RC Empregador?

Trata-se de uma apólice acessória do Seguro de Responsabilidade Civil Geral (RC Geral), que fornece suporte à empresa e ao empregado dando mais tranquilidade no gerenciamento de um acidente de trabalho. Ela é independente do Seguro de Vida, da legislação trabalhista ou do Seguro Obrigatório de Acidente de Trabalho, sendo necessária quando o segurado (empregador) é responsabilizado na esfera civil.

O que o RC Empregador cobre?

Esse seguro cobre a responsabilidade civil da empresa segurada por danos corporais sofridos por seus empregados ou prepostos, seja durante o expediente ou mesmo no trajeto de ida e volta do trabalho (quando a viagem é feita por veículo contratado pelo segurado). 

Assim, estão cobertos os riscos de morte e invalidez permanente do empregado, causada por acidente súbito e inesperado. 

Em alguns casos, existe a possibilidade também de incluir cobertura contra riscos materiais e danos morais, a depender da cláusula negociada no contrato do seguro. 

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Com informações: Agência Brasil


Razões para contar com seguro de Responsabilidade Civil

Independente do segmento de atuação, quando falamos em proteção, a primeira preocupação é sobre os riscos aos quais seu patrimônio está exposto. Contudo, é importante lembrar dos danos que sua atividade pode causar.

É especialmente para estes casos que os Seguros de Responsabilidade Civil – ou apenas Seguros RC – foram criados. Tanto para empresas quanto para profissionais, eles garantem o cumprimento das obrigações decorrentes de danos materiais, financeiros e/ou corporais que podem causar a terceiros, no exercício de suas atividades ou em razão dos seus produtos.

Logo, o Seguro RC se aplica em ocorrências de cunho civil causados a terceiros, porém de causa involuntária, seja por negligência, omissão ou imprudência.

Por que é tão importante se proteger contra danos a terceiros?

Na medida em que as atividades econômicas se regularizaram, as leis ficaram mais abrangentes, sobretudo no que diz respeito à responsabilidade. Vemos isso nas leis trabalhistas, ambientais e no Código de Defesa do Consumidor.

Enquanto as pessoas também têm maior conhecimento de seus direitos, empresas e profissionais precisam estar preparados para se defender e assumir reclamações.

Hoje, o assunto que mais demanda o judiciário são as ações trabalhistas e as de natureza civil (contratos, obrigações e indenizações). A maioria dos conflitos, de acordo com o levantamento Justiça em Números, são primeiramente de cunho trabalhista, seguidas por questões de cunho civil, que incluem obrigações, contratos e indenizações e em terceiro estão as ações de Direito do Consumidor.

Os Seguros de Responsabilidade Civil abrangem diversas modalidades, em diferentes ramos de atuação. Contar com uma consultoria especializada para encontrar as melhores coberturas é fundamental para uma proteção completa. Entenda um pouco mais:

Por que o Seguro RC é indispensável para profissionais e empresas

Proteção para clientes
Um bom exemplo para prestadores de serviços, que são regulados pelo Código de Defesa do Consumidor prevê a responsabilização objetiva. Ou seja, não é necessário comprovar a culpa da empresa para que ela seja obrigada a indenizar um cliente que sofreu um prejuízo.

Proteção para trabalhadores
O relatório do ano de 2020 feito pela Organização Internacional do Trabalho (ILOSTAT), mostra o Brasil ocupando o 5º lugar no ranking de acidentes de trabalho não fatais, em números absolutos. Em casos de mortes, o país passa para o 3º lugar, atrás apenas dos EUA e China. Entendendo este cenário, existem diversos seguros específicos para cobrir indenizações relacionadas aos danos dos colaboradores.

Cobertura com custos jurídicos
Especialmente para profissionais liberais quando a responsabilidade é subjetiva. Ou seja, dependendo da comprovação da culpa, é necessária a defesa. Os custos para litigar judicialmente envolvem: custas judiciais e extrajudiciais, honorários advocatícios, perícias, multas, encargos legais na condenação, entre outros.

Reputação da empresa ou profissional
O diferencial de ter o seguro de responsabilidade civil é poder atender prontamente as determinações de pagamento de indenizações sem impactar o orçamento do negócio. Também é uma forma de proteger seus interesses e dar suporte aos seus clientes demonstrando comprometimento com a qualidade dos serviços prestados, colocando-se à disposição para reparar qualquer dano de forma responsável e ética.

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Seguro D&O: Suas decisões também podem ser asseguradas

“O preço da grandeza é a responsabilidade”, já dizia o ex-ministro inglês Winston Churchill. Sabe muito bem disso todo gestor que controla uma companhia e a faz crescer.

O dia a dia corporativo é um exercício constante de decisões. É diante dessa rotina que o gestor coloca a “cara a tapa”, vivendo, muitas vezes, questões complexas que significam grandes riscos não só para a companhia, mas para o seu patrimônio pessoal.

A boa notícia é que em muitos casos, quando passível de ser estimado, esse risco pode ser coberto por uma apólice de seguro.

A apólice em questão é do Seguro D&O, que é a sigla para “Directors and Officers Liability Insurance”, pode ser traduzido como Seguro de Responsabilidade Civil para Conselheiros e Diretores, ou ainda “RC Administradores”.

Esse produto foi criado especialmente para os responsáveis por corporações e suas tomadas de decisões com o intuito de proteger seus patrimônios pessoais diante de condenações ou prejuízos que eles possam ter em virtude de um ato ou decisão gerencial.

Em resumo, o D&O pode proteger vulnerabilidades que possam resultar em danos para acionistas, ações trabalhistas, ações ambientais, autuações fiscais, entre outros.

Além de dar amparo às indenizações a terceiros, funciona, em última análise, como seguro de proteção jurídica, contemplando os custos judiciais e extrajudiciais.

O D&O pode proteger vulnerabilidades que possam resultar em danos para acionistas.

A importância do Seguro D&O em momentos de crise

O seguro D&O se torna ainda mais importante em situações de crises. Neste contexto, o gestor precisa tomar decisões urgentes, e, muitas vezes sob pressão, o que pode gerar consequências negativas.

Foi em uma crise, a propósito, que o D&O foi criado. Na década de 1930, após a quebra da Bolsa de Nova Iorque, o seguro para gestores deu-se como uma proteção aos executivos das empresas de capital aberto.

De acordo com as leis americanas da época, as empresas não podiam ser responsabilizadas por erros do gestor, muito menos reembolsar clientes absorvendo todo prejuízo.

No Brasil, a modalidade foi trazida no final dos anos 90, por influência de programas de privatização para grandes companhias e, com isso, também veio a necessidade de proteção para essas empresas. A adesão ao D&O aumentou ainda com leis e penalidades mais rigorosas que surgiram com o passar do tempo.

Crescimento do D&O no Brasil

Segundo levantamento da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), somente os prêmios diretos nos seguros de responsabilidade civil (D&O) totalizam R$ 732 milhões em 2020, no acumulado até novembro, um avanço de 47% em relação ao mesmo período de 2019, quando somou R$ 496 milhões. .

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