Gestão de Riscos: Estratégias de prevenção de perdas no transporte de cargas

Evitar danos e avarias durante a movimentação de produtos e mercadorias é um dos maiores desafios do transporte rodoviário. Toda companhia que atua no setor sabe que para chegar ao seu destino, a carga fica exposta a diversos riscos, por isso, contar com estratégias de prevenção de perdas é indispensável para garantir a segurança e a rentabilidade da atividade.

As ocorrências são comuns e os prejuízos são muitos. Além de gerar uma insatisfação para o embarcador ou cliente final, afetando a reputação da empresa, esse tipo de problema também implica, por um lado, no aumento do custo do frete e, por outro, na margem de lucro.

Podemos tomar como exemplo os índices do transporte no agronegócio. Em 2020, perdeu-se cerca de 1,58 milhão de toneladas de soja e 1,34 milhão de toneladas de milho nas rodovias brasileiras, segundo levantamento do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (EsalqLog). Essa é uma questão que levanta discussões sobre o desperdício de alimentos, sustentabilidade e impactos econômicos, exigindo um grande empenho por parte das empresas e governo.

São diversos fatores que contribuem para essas perdas. Mas, como transportador, é importante entender que existe uma responsabilidade pela integridade da carga, entenda melhor abaixo.

Responsabilidade civil no transporte rodoviário de cargas e mercadorias

O transporte de cargas é cercado de obrigações, direitos e deveres. O vínculo jurídico impõe que o responsável pela movimentação do produto ou mercadoria deverá cumprir a prestação do serviço conforme estabelecido em contrato com o credor, ou seja, o embarcador.

A RC para transporte de cargas e mercadorias está, inclusive, prevista na Lei nº 10.406/2002. O Código Civil entende que a responsabilidade do transportador deve ser limitada ao valor da “coisa” transportada – conforme declarado na nota fiscal. A empresa responsável pela movimentação da mercadoria deve conduzi-la ao destino sem avarias, sendo que a responsabilidade começa no ato da coleta e termina com a sua entrega

Além disso, existe ainda a Lei 11.442, que trata do transporte de cargas e mercadorias especificamente para o modal rodoviário.

Essa Lei determina que o transportador é responsável “pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avarias às cargas sob sua custódia.” Portanto, a responsabilidade pela perda ou avaria de mercadoria em razão de um evento como um acidente de trânsito é do transportador.

A responsabilidade do transportador é objetiva perante o dono da carga. Isso significa que, independente da comprovação de culpa ou não no acidente que veio a causar a perda da carga, ele deverá ressarcir financeiramente o cliente por esse dano.

Diante disso, todo transportador deve contar com mecanismos que garantem um suporte em caso de sinistro, como é o caso do seguro obrigatório RCTRC-C, e até mesmo ações que previnem tais ocorrências.  

Como evitar perdas no transporte de cargas?

A prevenção de perdas no transporte de cargas começa com o planejamento. Isso inclui analisar as ocorrências ao longo dos anos – tanto por experiências internas quanto pelos índices do setor, e avaliar quais medidas necessárias para prever possíveis eventos que causam danos e avarias à carga. 

Entre os principais pontos de atenção estão ações como mapeamento da rota, bem como estabelecer os melhores dias e horários, uso de rastreadores, entender as características do carregamento e cuidados específicos que podem necessitar. 

A condição da carga também é um fator importante. Inclusive, o transportador tem direito de recusar ou propor outro tipo de empacotamento para a carga que não possui embalagem adequada, ou, ainda, quando o acondicionamento possa trazer danos no veículo ou ponha a saúde das pessoas em risco. O transportador pode também recusar cargas que não possuam documentação exigida por lei ou que tenham sua comercialização ou transporte proibido.

Outras medidas que podemos destacar:

  • Manutenção da frota e qualificação de motoristas:

A falha mecânica e falha humana são os principais causadores de acidentes nas rodovias. O monitoramento das condições da frota é fundamental para evitar acidentes e, inclusive, multas. Em paralelo, fornecer boas condições de trabalho, estimular boas práticas de direção e acompanhar a saúde dos motoristas é igualmente importante para mais segurança e prevenção. 

  • Riscos de acidentes, furtos e roubos

De acordo com o Painel de Acidentes Rodoviários, elaborado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), que utiliza dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre 2010 e 2020, foram registrados mais de 1,4 milhão de acidentes nas rodovias federais no país. Diversos são os fatores que causam esse tipo de ocorrência: falhas humanas, problemas veiculares, deficiências viárias, entre outros. 

Em paralelo, o roubo de cargas é também considerado um dos grandes riscos da atividade. O Brasil é o país com o maior índice de roubo de cargas a nível mundial, sendo que o transporte com caminhão ocupa 71% das ocorrências e a maior parte dos incidentes acontece em trânsito.

Com mais de 14 mil ocorrências durante o ano de 2020, de acordo com a CNT, os prejuízos computados ao setor somam R$ 1,2 bilhão.

  • Seguro para cargas

A contratação de um seguro é a melhor maneira de minimizar qualquer impacto financeiro após um incidente que cause danos ou perdas à carga. O RCTRC-C é o seguro de Responsabilidade Civil do transportador rodoviário de carga. É um seguro obrigatório para o transporte de cargas em todo território nacional, conforme decreto desde 1966 e se destina a cobrir os danos causados por acidentes rodoviários.

Outras modalidades de seguro também são importantes para o setor. Por exemplo, o RC-DC – Seguro Responsabilidade Civil de Desaparecimento de Cargas, que tem por objetivo garantir a cobertura do valor protegido no caso de roubo ou furto da carga transportada.

  • Gerenciamento de riscos

O gerenciamento de riscos é a principal estratégia para otimizar recursos e proteger transportadoras, empresas e motoristas de danos e perdas em suas operações. Trata-se de um conjunto de ações que vão prevenir, proteger e otimizar os investimentos na segurança. 

Prevenção de perdas no transporte de cargas na prática

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Seguro de Cargas: Não tenha problemas com a averbação

O seguro de cargas é o principal recurso para proteger suas operações de danos ou perdas durante o transporte. No entanto, quando ocorre um incidente, para receber o suporte que você necessita com agilidade e tranquilidade é fundamental que toda documentação pertinente aos bens segurados esteja correta. É por isso que um dos pontos mais importantes desse processo é a averbação da carga

Ter dúvidas ou falhas na contratação de apólices para suas cargas pode gerar muita dor de cabeça. Por isso, contar com uma consultoria experiente faz toda diferença. Quer entender tudo sobre averbação para transporte de cargas? Clique aqui para falar com os especialistas da Zattar, e confira as informações abaixo!  

Neste artigo você vai ver:

  • O que é averbação de carga
  • Por que a averbação é tão importante para o seguro de cargas
  • Averbação de cargas manual
  • Averbação de cargas eletrônica

O que é averbação de carga

O ato de averbar a carga consiste em registrar e informar à seguradora sobre os bens ou produtos transportados.

Trata-se de um procedimento obrigatório para o transporte de cargas em território nacional e é ele quem dá direito à indenização quando é necessário acionar o seguro obrigatório de cargas RCTR-C

Averbação de cargas para o RCTR-C

O RCTRC-C é o seguro de Responsabilidade Civil do transportador rodoviário de carga. Ou seja, esse é um seguro contratado pela transportadora especificamente para cobrir os danos causados por acidentes rodoviários.

A obrigatoriedade do RCTR-C está prevista em lei, conforme decreto desde 1966:

DECRETO-LEI Nº 73, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1966:

“Art 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios os seguros de:

m) responsabilidade civil dos transportadores terrestres, marítimos, fluviais e lacustres, por danos à carga transportada.”

DECRETO No 61.867, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1967:

“Art 10. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado que se incumbirem do transporte de carga, são obrigadas a contratar seguro de responsabilidade civil em garantia das perdas e danos sobrevindos à carga que lhes tenha sido confiada para transporte, contra conhecimento ou nota de embarque.”

O RC de Transporte Rodoviário de Cargas tem como objetivo reparar danos causados às mercadorias transportadas de terceiros, desde que em decorrência de um acidente com o veículo transportador, considerando sua cobertura básica. Mas é importante destacar que para tornar o seguro válido, é imprescindível a averbação da operação de transporte.  

Através do registro da movimentação é possível controlar as cargas seguradas., com base nesses dados, é determinado o valor do prêmio e, em caso de sinistro, pode ser providenciado o ressarcimento.

Leia mais: RCTR-C e RCF-DC: O que são esses termos e quais as diferenças entre eles? 

Como averbar o seguro de carga

Existem duas formas de fazer a averbação do seguro de cargas. Menos usual, a averbação manual consiste em repassar para a seguradora os dados de cada carga transportada. Pode se realizar esse processo com o uso de planilhas ou até mesmo feito manualmente por meio de um formulário no site da seguradora ou do sistema AT&M. 

É importante destacar que a averbação manual muitas vezes se torna um processo trabalhoso, compromete a produtividade e tem mais margem para erros – especialmente para transportadoras com grande fluxo logístico. Isso significa um grande risco em não ter as informações de acordo e problemas para o recebimento de indenizações em caso de sinistro.

Para evitar esse tipo de situação, existe a averbação eletrônica. Com o auxílio de softwares é possível prevenir erros de digitação, pois os dados saem diretamente do sistema da transportadora para o sistema de averbação escolhido pelo segurado.

Com diversas possibilidades de integração, a transportadora pode personalizar o sistema de averbação eletrônica de modo que se adeque ao seu modelo de negócio. É possível organizar dados contidos no Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), como valor da carga transportada, origem e destino, dados do veículo e do motorista. Entre outras informações pertinentes à averbação e controle das apólices. 

Averbações de carga no Brasil em 2021

No primeiro quadrimestre de 2021 foram registrados R$ 2,9 trilhões em movimentação de cargas no país, onde no mesmo período do ano passado, foram contabilizados R$2,1 trilhões, um aumento de 38,63%, segundo o relatório “Índice da Movimentação de Cargas do Brasil” desenvolvido pela AT&M, empresa de tecnologia de processo de averbação eletrônica para seguros de transporte de cargas. A base de dados do levantamento é formada por mais de 25 mil empresas, transportadoras, operadores logísticos e embarcadores. 

Gestão de riscos e seguro de carga

O transporte de cargas é uma atividade que envolve muitos riscos. É essencial contar com mecanismos que garantem proteção para a transportadora e seus clientes. Entender as ameaças, conhecer as melhores opções de seguros oferecidas pelas seguradoras e estar em conformidade com os contratos e legislação é um grande desafio.

A gerenciadora vai atuar no acompanhamento de todas as etapas da operação para que a carga esteja no local desejado e no prazo previsto. Isso também inclui, intervir e dar o suporte necessário diante de algum incidente que possa impedir ou atrasar a entrega, evitando, assim, danos e prejuízos financeiros a toda a cadeia (embarcador, transportador, motorista, terceiros, etc.).

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Transporte de carga: O que é Ad Valorem e como calcular a taxa

Esclareça todas as suas dúvidas sobre a Ad Valorem neste artigo! 

O transporte rodoviário de cargas está sujeito a diversos incidentes que podem interromper ou comprometer a operação. Acidentes em trânsito, desastres ambientais, furto ou roubo de cargas, por exemplo, são riscos comuns à atividade que devem ser previstos para que, diante de algum dano, o embarcador seja ressarcido e o responsável pela carga não saia no prejuízo. É por isso que o Ad Valorem, ou Frete Valor, existe e é tão relevante. 

Ad Valorem

O termo proveniente do latim significa “conforme o valor”. Trata-se de um imposto que abrange os principais custos necessários para proteger a carga desde sua coleta até sua entrega, incluindo seguros obrigatórios, mão de obra, material de segurança e custos operacionais.

A importância do Ad Valorem

O valor da carga transportada na maioria das vezes é superior ao valor do frete. Por isso, a perda total ou parcial dela pode deixar um saldo negativo para a transportadora se ela não contar com mecanismos que preveem segurança financeira.

Também é importante lembrar que segundo o Decreto-Lei 61.687/67 é obrigação do transportador garantir a segurança da mercadoria. Ou seja, você deve reembolsar os prejuízos causados por qualquer situação que afete a integridade do carregamento enquanto estiver sob sua posse.

Em termos de seguro, as duas principais composições do Ad Valorem são: 

  • RCTR-C: Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga que é um seguro obrigatório contratado pela transportadora especificamente para cobrir os danos causados por acidentes rodoviários.

A cobertura considera:

1 – colisão e/ou capotagem e/ou abalroamento e/ou tombamento do veículo transportador;

2 – incêndio ou explosão no veículo transportador.

Pode se incluir, ainda, cobertura por danos materiais sofridos pelos bens ou mercadorias, consequentes dos riscos de incêndio ou explosão, nos depósitos, armazéns ou pátios usados pelo segurado, nas localidades de início, pernoite, baldeação e destino da viagem, ainda que os ditos bens ou mercadorias se encontrem fora dos veículos transportadores.

  • RC-DC: Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário por Desaparecimento de Carga, que tem por objetivo garantir a cobertura do valor protegido no caso de roubo ou furto da carga transportada. O RC-DC é obrigatório e deve ser adquirido junto ao RCTR-C. 

Leia mais: RCTR-C e RC-DC: O que são esses termos e quais as diferenças entre eles?

Sendo assim, ao considerar os riscos aos quais a carga está exposta na operação, o transportador pode estimar esse custo e agregar ao valor final do frete que será repassado ao cliente – chegando, enfim, ao Ad Valorem. 

Como calcular o Ad Valorem no frete?

Chegar a um percentual padrão para o Ad Valorem é a principal dificuldade dos transportadores. Isso ocorre porque existem muitas variáveis a considerar e que exigem atenção no planejamento do serviço e gerenciamento dos riscos

A princípio o Ad Valorem é cobrado a partir do valor da carga apresentado em sua nota fiscal, que é  multiplicado pelo percentual definido na tabela de frete da transportadora.

No Brasil, o ad valorem é fixado entre 0,03% e 0,40% do valor total das mercadorias em moeda corrente (real).

Essa variação se dá de acordo com cada operação, que possui características e riscos diferentes. É importante avaliar alguns fatores na hora de calcular o Ad Valorem, como:

  • Distância Percorrida: quanto maior a distância, maior a exposição da carga;
  • Peso do Produto: cargas pesadas tornam roubo/furto mais difícil, no entanto também apresentam riscos operacionais para seu manuseio;
  • Rota: rodovias ou regiões com alto índice de roubo de cargas ou infraestrutura deficiente onde ocorrem muitos acidentes também aumentam as chances de incidentes com as cargas, impactando no valor da taxa;
  • Fragilidade: quanto mais frágil a carga, maior a dificuldade de manuseio e as chances de avarias.

Tabela Ad Valorem

No que diz respeito à distância percorrida, a Associação Nacional de Transporte de Carga (NTC) estabeleceu, em 2014, uma tabela de referência com objetivo de facilitar o cálculo do Ad Valorem. Confira:

DistânciaAlíquota
1 a 250 km0,30 %
251 a 500 km  0,40 %
501 a 1.000 km  0,60 %
1.001 a 1.500 km 0,70 %
1.501 a 2.000 km0,80 %
2.601 a 3.000 km1,00 %
3.001 a 3.400 km 1,10 %
acima de 3.400 km  1,20 %
Coleta e entrega0,15 %

Diferença entre Ad Valorem e GRIs

A diferença entre Ad Valorem e GRIs é uma dúvida comum quando se fala em tributos relacionados à segurança no transporte de cargas. 

No entanto, é importante entender que são duas coisas diferentes. O Ad Valorem tem o objetivo dar suporte às necessidades específicas do transporte da carga quando acontece um incidente com perdas e danos. 

Já a taxa GRIS (Gerenciamento de Riscos e Segurança), destina-se a cobrir os custos inerentes ao gerenciamento de risco – incluindo planejamento da operação, monitoramento da carga, entre outros.

Apesar do cálculo ser parecido, o GRIS é destinado a prevenção de roubo de cargas durante o transporte. Assim, ele atua no monitoramento da carga. 

NOTA: Quando o embarcador contrata o seguro de TN (Transporte Nacional) e repassa o transporte de suas mercadorias para transportadores através de estipulações e DDRs, os mesmos não poderão repassar a cobrança do AD Valorem aos respectivos proprietários das mercadorias. Isso porque já possuem o seguro e se responsabilizam pela carga. Quanto ao Gris a isenção dependerá do acordo entre embarcador e transportador, visto que muitas vezes o transportador continua responsável pelo Gerenciamento de riscos, seguindo o PGR da apólice do embarcador.

A Zattar é especialista no gerenciamento de riscos de transporte de cargas

Com uma equipe experiente e uma estrutura dedicada para o gerenciamento de riscos para transporte de cargas, a Zattar Seguros oferece consultoria completa para proteger suas operações. 

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Rastreamento de Cargas: como funciona e qual sua importância

As tecnologias de rastreamento são grandes aliadas na gestão de riscos do transporte de cargas.

Os riscos no transporte rodoviário são muitos e garantir que a carga se mantenha íntegra, esteja no lugar combinado e no prazo previsto é um grande desafio no gerenciamento logístico. Diante disso, a comunicação durante todo percurso se tornou indispensável e o uso de tecnologias de rastreamento tem um papel importante nessa tarefa.

Para além de permitir que a operadora ou embarcador saiba sobre sua encomenda durante o trajeto, o rastreamento e monitoramento da carga é fundamental para uma intervenção rápida – isso inclui desde a identificação de um atraso por falha mecânica no veículo, até um sequestro. 

Ainda, quando bem aproveitado, o rastreamento reúne informações valiosas para a gestão de riscos, planejamento e prevenção de sinistros. Entenda tudo sobre esse tema no artigo abaixo. 

A importância do rastreamento de cargas

O modal rodoviário é responsável por 60% do transporte de cargas no Brasil. Com um fluxo intenso de veículos, no entanto, o país carece de uma infraestrutura que ofereça maior segurança para os profissionais que atuam nas estradas.

De acordo com o Painel de Acidentes Rodoviários, elaborado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), que utiliza dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre 2010 e 2020, foram registrados mais de 1,4 milhão de acidentes nas rodovias federais no país. Diversos são os fatores que causam esse tipo de ocorrência: falhas humanas, problemas veiculares, deficiências viárias, entre outros. 

Em paralelo, o roubo de cargas é também considerado um dos grandes riscos da atividade. 

“O Brasil é o país com o maior índice de roubo de cargas a nível mundial, sendo que o transporte com caminhão ocupa 71% das ocorrências e a maior parte dos incidentes acontece em trânsito.

Com mais de 14 mil ocorrências durante o ano de 2020, de acordo com a CNT, os prejuízos computados ao setor somam R$ 1,2 bilhão.

Contar com recursos que conferem segurança durante a jornada é a melhor alternativa para reduzir danos. Neste contexto, o rastreamento contribui de forma expressiva para a recuperação da carga. 

Como no caso ocorrido em Ipuã (SP), onde três suspeitos foram presos durante a apreensão de um caminhão roubado com uma carga de soja avaliada em R$ 128 mil.

Segundo a Polícia Militar, os homens foram encontrados em um silo, reservatório destinado à armazenagem de grãos, onde descarregavam o produto, depois que o dono do veículo apontou a localização por meio de um rastreador. 

Como funciona o sistema de rastreamento de cargas?

Na prática, o rastreamento de cargas funciona por meio de tecnologias de geolocalização e emissão de sinais para uma central. Dispositivos de rastreamento podem ser instalados no veículo e/ou na carga (isca de carga), permitindo um acompanhamento em tempo real. 

Entre as tecnologias de rastreio de cargas mais modernas, podemos destacar:

  • GPS: “Global Positioning System”, ou Sistema de Posicionamento Global, que consiste na tecnologia de comunicação via satélite para captação e envio do sinal de rastreamento;
  • GPRS: “General Packet Radio Service”, ou Serviços Gerais de Pacotes por Rádio, utiliza uma tecnologia similar, porém os sinais são transmitidos através de antenas de telefonia móvel;
  • LBS: “Location Based Service”, ou Serviços Baseados em Localização, faz o rastreamento utilizando torres de sinal GSM de operadoras de telemóvel locais;
  • Radiofrequência: o rastreamento usa sinal das torres de rádio para fazer a comunicação.

É importante avaliar de forma estratégica na hora de definir qual a melhor tecnologia para o rastreamento de cargas. Fatores como tipo de carga, rota, horário, jornada e até mesmo as abordagens mais comuns utilizadas pelos criminosos (cada dia mais sofisticadas) devem ser consideradas para investir em uma tecnologia que atenda as necessidades da operação. 

É possível, inclusive, utilizar um sistema híbrido de rastreamento de cargas, que combina diferentes tecnologias e garante um acompanhamento eficiente independente da localização da carga. 

Rastreamento e Monitoramento da carga

Além do rastreamento da carga, é também importante o seu monitoramento. O rastreamento tem o papel de fornecer informações sobre o status da carga. Já o monitoramento tem o objetivo de fazer um acompanhamento em tempo real, auxiliando o motorista diante de qualquer evento ou ameaça que possa atrasar ou interromper a operação. 

As informações obtidas através do rastreamento e monitoramento também são essenciais no plano de gestão de riscos. Com indicadores consistentes é possível entender o comportamento dos sinistros, formular ações preventivas e processos que contribuem com uma melhoria contínua na segurança e produtividade

Benefícios do rastreamento de cargas 

Atuando de forma estratégica no rastreamento e monitoramento da carga, podemos ter muitos benefícios a curto e longo prazo na gestão de riscos no transporte. 

  • Mapeamento de rotas mais seguras
  • Indicadores de sinistralidade
  • Mapeamento de riscos e ameaças
  • Agilidade logística
  • Prevenção de roubos e perdas de carga
  • Manutenção e segurança da frota
  • Resposta rápida em casos de sinistros
  • Apólices de seguro mais assertivas
  • Melhoria na reputação da empresa

Prevenção de perdas no transporte de cargas 

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Qual é a função da Gerenciadora de Riscos para transporte de cargas?

Administrar as ameaças é essencial no transporte rodoviário de cargas e logística. Para além das apólices de seguro, a gestão de riscos deve ser entendida como uma estratégia que protege e otimiza recursos para um bom funcionamento dos serviços. 

Essa não é uma tarefa simples, por isso, contar com uma Gerenciadora de Riscos tem sido uma opção cada vez mais comum no setor. Afinal, essa é uma garantia de ter uma equipe e estrutura dedicada aos riscos e ter mais tranquilidade para focar no desenvolvimento da empresa. 

Entenda no artigo abaixo o papel de uma Gerenciadora de Riscos e como ela pode ser importante para o seu negócio! 

Gerenciadora de Riscos cargas

A função de uma Gerenciadora de Riscos

A Gerenciadora de Riscos vai atuar no acompanhamento de todas as etapas da operação para que a carga esteja no local desejado e no prazo previsto. Isso também inclui, intervir e dar o suporte necessário diante de algum incidente que possa impedir ou atrasar a entrega, evitando, assim, danos e prejuízos financeiros a toda a cadeia (embarcador, transportador, motorista, terceiros, etc.) 

No contexto do transporte rodoviário, existem diversas ameaças que podem afetar a segurança da operação e a conclusão do serviço. 

O Brasil está entre os países com maior número de ocorrências de furto e roubo de cargas. De acordo com o relatório mais recente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), foram mais de 14 mil casos durante o ano de 2020 – chegando a um prejuízo de R$1,2 bilhão.

Outro ponto de atenção é o risco de acidentes. Por exemplo, no mesmo ano, foram 13 mil registros envolvendo caminhões, representando 17,6% do total de ocorrências nas rodovias federais.

Podemos citar ainda a rotina desgastante, longas jornadas de trabalho, maus hábitos, falta de infraestrutura nas estradas, falta de atenção, falhas mecânicas, entre outros fatores que afetam significativamente a segurança e desempenho dos motoristas.

Cargas perigosas, de alto valor e as consideradas mais visadas por criminosos podem tornar a operação ainda mais complexa.

Diante disso, a Gerenciadora  de Riscos tem a função de avaliar todas essas questões e desenvolver um plano de gestão de riscos. Nesse sentido, ela vai trabalhar com metodologias e indicadores que visam entender sua operação e possíveis ameaças que podem prejudicar seu negócio.

Leia mais: Como fazer um plano de gestão de riscos eficiente

O que uma Gerenciadora de Riscos pode fazer pelo seu negócio

Cada empresa tem características e riscos diferentes. Sendo assim, a forma como a Gerenciadora vai atuar também deve ser específica para o seu negócio. Entre os principais recursos que auxiliam esse trabalho temos:   

  • Estudo de análise de riscos: avalia as exposições aos riscos para cruzamento com as coberturas contratadas.
  • Inspeções de risco: isso envolve vistorias in loco, análise de laudos e relatórios de inspeção para ramos elementares, riscos diversos, responsabilidade civil. Além de outras questões que podem trazer impactos expressivos no caso de sinistros. 
  • Análise de rota: a Gerenciadora também conta com informações sobre a segurança e infraestrutura das vias, incidência de roubos e furtos, o modus operandi dos criminosos, horários e datas mais indicados e demais dados que ajudam a mapear as melhores rotas para o transporte de cargas.
  • Processo de validação e qualificação de motoristas: é necessário consultar diversas fontes para uma verificação do histórico e conduta desse profissional. Além disso, treinamentos e capacitações são importantes para que toda equipe envolvida na operação possa atuar com segurança.
  • Manutenção da frota: sistematizar a manutenção da frota para evitar eventos com falhas mecânicas que podem interromper ou atrasar uma operação, além de colocar a vida do motorista em risco.
  • Normas e leis: é importante contar com especialistas que conhecem a legislação e são capazes de indicar o que é necessário para evitar esse tipo de ocorrência.
  • Tecnologias e inovações: existem recursos modernos que auxiliam o gerenciamento de riscos. As melhores Gerenciadoras de Riscos acompanham essa evolução e contam com essa estrutura para atender o cliente.  
  • Suporte e Gestão de Crises: ter uma resposta rápida após um sinistro é importante para minimizar danos e controlar a situação. Por isso, contar com um suporte e um plano de Gestão de Crises torna esse momento mais seguro e tranquilo.
  • Análise de sinistros: reconhecer padrões por trás da ocorrência de sinistros aumenta as chances de recuperação da carga ou caminhão. Além disso, essa análise contribui para uma gestão de riscos inteligente, com indicadores consistentes para tomadas de decisões e melhorias de processos. 

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Saiba fazer um Gerenciamento de Riscos eficiente para transporte de cargas

O gerenciamento de riscos é a principal estratégia para otimizar recursos e proteger transportadoras, empresas e motoristas de danos e perdas em suas operações. Quer entender o que uma gestão de riscos precisa para ser eficiente? Confira neste artigo!

Atuar no transporte rodoviário de cargas é saber que a qualquer momento um contratempo pode se tornar um grande prejuízo. Se você já passou por isso, deve ter se perguntado: “O que eu poderia ter feito para evitar que isso acontecesse dessa forma?” 

O fato é que existem tantos riscos e variáveis neste tipo de atividade que, mesmo para os gestores mais experientes, é sempre um grande desafio cuidar de cada detalhe e não deixar brecha para o imprevisto

É por isso que a gestão de riscos é tão importante, e é uma tarefa que exige planejamento, estudo e atenção. Quando bem estruturada, pode se tornar uma ótima estratégia para proteger seu patrimônio e reputação, e até mesmo otimizar seus investimentos

Gerenciamento de riscos


Neste artigo vamos responder os seguintes tópicos:

  • O que é gerenciamento de riscos no transporte de cargas?
  • Quais são os principais riscos e ameaças no transporte de cargas?
  • Os 5 erros mais comuns no gerenciamento de riscos

O que é gerenciamento de riscos no transporte de cargas?

De forma simplificada, podemos explicar o gerenciamento de riscos como um conjunto de ações que visam mapear os riscos pertinentes à atividade e estabelecer uma estratégia de prevenção e contenção de danos e perdas. 

Devemos lembrar que risco, de acordo com a Circular SUSEP 347/07, é definido como: “Evento futuro e incerto, de natureza súbita e imprevista, independente da vontade do Segurado, cuja ocorrência pode provocar prejuízos de natureza econômica.” 

Sendo assim, para além da contratação de apólices e coberturas capazes de dar suporte diante de um evento que cause prejuízos, um programa de gerenciamento de riscos atua no monitoramento das ameaças, nas ferramentas que proporcionam maior segurança para a empresa, nas boas práticas, na cultura de prevenção de perdas, gestão de crises, entre outros. 

Quando falamos em transporte rodoviário de cargas, contamos com uma série de metodologias e tecnologias agregadas que oferecem diferenciais competitivos para a segurança financeira da empresa, proporcionam melhores condições de trabalho para os funcionários, colabora com uma reputação positiva, entre outros. 

Quais são os principais riscos e ameaças no transporte de cargas?

Os riscos e ameaças no transporte rodoviário de cargas envolve diversos elementos como falha humana, falha mecânica, infraestrutura e até mesmo questões ambientais

Diante disso, o custo de uma operação atrasada ou interrompida pode ser alto. A rotina desgastante da atividade também traz prejuízos para colaboradores e isso se agrava quando ocorre uma experiência traumática.   

O risco de acidentes é o primeiro a ser lembrado. De acordo com a CNT (Confederação Nacional de Transporte), caminhões estiveram envolvidos em 13 mil acidentes, representando 17,6% do total de ocorrências registradas nas rodovias federais durante o ano de 2020. 

Leia mais: As causas de acidentes nas rodovias do Brasil

Outra questão que também preocupa é o roubo de cargas. Apesar de ser um problema global, o Brasil ainda conta com o título de país com maior índice de ocorrências, foram mais de 14 mil registros de roubos e furtos no ano de 2020.

De acordo com o estudo BSI and TT Club Cargo Theft Report 2021, a alimentação e bebidas são o grande foco dos furtos (41%), seguidos pelo álcool e tabaco (10%) e os produtos de consumo (7%). 

É importante entender que cada tipo de operação oferece riscos diferentes, em maior ou menor grau de consequências. Por isso, não há uma “receita pronta” para gestão de riscos. Muitas vezes, por não considerar detalhes específicos da operação, ocorrem falhas na contenção de danos e prevenção de problemas. 

Confira 5 erros mais comuns no gerenciamento de riscos para transporte de cargas

Por não considerar o gerenciamento de riscos como uma estratégia que envolve toda cadeia produtiva da empresa, muitas vezes os gestores acabam deixando de lado processos importantes para o sucesso do programa. Veja algumas situações comuns:

  1. Não conhecer as condições da frota e não capacitar os profissionais

Como já vimos, a falha mecânica e falha humana são os principais causadores de acidentes nas rodovias. O monitoramento das condições da frota é fundamental para evitar acidentes e, inclusive, multas. Em paralelo, fornecer boas condições de trabalho, estimular boas práticas de direção e acompanhar a saúde dos motoristas é igualmente importante para mais segurança e prevenção. 

  1. Desconhecer possíveis prejuízos e responsabilidades em caso de sinistro

Uma falha comum dos gestores é desconhecer as reais consequências que um sinistro pode gerar. O prejuízo com a perda da carga, caminhão e motoristas são os primeiros a serem considerados. No entanto, danos ambientais e danos a terceiros são exemplos de responsabilidade civil que podem tornar a situação muito mais complexa, com custas judiciais e indenizações.

  1. Não ter um plano de ação em caso de sinistro 

Saber como agir e ter uma resposta rápida a um sinistro é essencial para conter danos. Esse é o papel da gestão de crises. Falhas na hora de comunicar um incidente, não saber como agir ao se deparar com vítimas, populares e imprensa, até mesmo contar com as autoridades e conhecer seus direitos são fatores que podem agravar a situação.  

  1. Não monitorar ocorrências e indicadores 

Uma parte importante do gerenciamento de riscos é o acompanhamento das ações de prevenção e ocorrências. Com esses indicadores é possível ter uma visão clara sobre a segurança das operações e mapear toda cadeia produtiva e identificar possíveis mudanças nos riscos, além de oportunidades e melhorias. Isso está diretamente ligado à melhor gestão dos recursos financeiros dedicados à proteção.

  1. Coberturas inadequadas à sua realidade

Por fim, um erro muito comum é não entender a Gestão de Riscos como aliada na hora da contratação de apólices de seguro. Uma consultoria especializada é fundamental neste momento. Isso porque com um acompanhamento e uma avaliação das exposições aos riscos da operação do cliente, é possível personalizar as apólices, alcançando melhores condições e coberturas adequadas.

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Roubo de cargas no Brasil e no mundo: o que mudou no último ano?

Ameaçando operações logísticas intercontinentais, o roubo de cargas é um risco impulsionado por diversos fatores. Entender este panorama é fundamental para enfrentar o problema. Confira! 

A pandemia de COVID-19 criou desafios atípicos durante o ano de 2020. Além dos riscos já tradicionais do setor, o transporte de cargas enfrentou problemas com bloqueios, suprimentos diminuídos e restrições de circulação. 

Enquanto alguns países viram as tendências de roubo de carga mudarem o foco para novos alvos e locais de alto valor, o Brasil ainda conta com o título de país com maior índice de ocorrências.

Isso é o que diz o estudo BSI and TT Club Cargo Theft Report 2021, que traz um panorama sobre os roubos de carga no mundo e o que mudou durante os últimos anos. O relatório tem o intuito de ajudar empresas, governos e associações a identificar, gerenciar e mitigar riscos da cadeia de suprimentos, e neste artigo destacamos seus principais pontos. 

Um panorama sobre o roubo de cargas no mundo durante 2020

Entre os principais países no ranking de roubo de cargas, temos Brasil, Índia, México, Alemanha, Rússia e o Reino Unido.

Transporte de cargas rodoviário representa 71% das ocorrências 

De modo geral, entre as modalidades de transporte de cargas no mundo, o transporte com caminhão ocupa 71% das ocorrências, sendo que a maior parte dos incidentes acontece em trânsito. Apesar disso, quando comparamos com os dados de 2019, observamos uma queda de 16%. 

Por outro lado, cresce o índice de ocorrências de roubos ou furtos em armazéns – principalmente na Ásia e Europa. 

Quanto ao tipo de carga, cerca de 31% dos artigos roubados recaem sobre o setor da alimentação e bebidas, seguidos pelos produtos de consumo (cerca de 10%), e os eletrônicos (9%). São também alvo de roubo os produtos relacionados com tabaco e álcool (8%) e os combustíveis (7%)

Outro índice que se destaca é a brutalidade durante as abordagens. Cerca de 31% das cargas foram acedidas com recurso à violência (hijacking), ou com ameaças ao transportador. No topo dos riscos, temos: 

  • Danos corporais;
  • Danos ao roubo das próprias cargas;
  • Danos reputacionais de um determinado operador; 
  • A criação de pânico social;
  • A quebra de equipamentos;
  • Bem como o consequente aumento dos custos com os seguros.

Novos riscos que merecem atenção 

Além das tendências impulsionadas pelos últimos eventos internacionais, vários outros problemas apresentam um risco cruzado para perdas de carga. Entre as principais preocupações estão corrupção na cadeia de abastecimento, contrabando de drogas e pessoas, e interrupções na continuidade dos negócios que criaram oportunidades para o crescimento do crime de carga. 

De acordo com especialistas, isso pode atrasar o andamento dos embarques através da cadeia de abastecimento e até mesmo resultar em uma perda total de mercadorias devido à violação da integridade da remessa.

Apesar de redução, o Brasil ainda é o país com maior incidência de roubo de cargas a nível mundial

Enquanto isso, na América do Sul, de acordo com o relatório, temos o Brasil com o maior número de ocorrências, liderando o ranking também a nível mundial.

A análise, porém, destaca que houve melhora comparada aos anos anteriores. Isso se deve a uma maior intervenção policial no desmantelamento de redes criminosas altamente especializadas, tendo alcançado reduções de 34% no Rio de Janeiro e cerca de 20% em São Paulo.

Seguindo a tendência mundial, no Brasil a alimentação e bebidas são o grande foco dos furtos (41%), seguidos pelo álcool e tabaco (10%) e os produtos de consumo (7%). 

Roubo de cargas na América Latina

Assim como o Brasil, a Argentina, Chile, Peru e, em menor medida, Colômbia, todos também enfrentam riscos de sequestro de caminhões de carga em trânsito – cerca de 66%. 

O sequestro é o método de roubo dominante em toda a região (61%), inclusive no Brasil, com ladrões também frequentemente empregando o uso de armas de fogo para render o motorista durante o roubo

Em relação às commodities roubadas na américa latina, os criminosos dão prioridade às remessas de alimentos e bebidas e produtos de álcool e tabaco. 

Outro fator específico da região é a droga ilegal, principalmente a cocaína, que costuma ser traficada globalmente por meio de cargas remessas. 

Além disso, a instabilidade política, especialmente nos últimos dois anos, contribui com eventos de protestos que têm o potencial de se tornarem violentos e impactarem os embarques de carga – risco mais proeminente na Venezuela, onde os manifestantes sequestram e atiram caminhões de carga em chamas durante tumultos. 

Outra questão relacionada à segurança da carga é o impacto econômico residual da COVID-19, que atingiu os países da América do Sul de maneira particularmente forte e pode acabar forçando mais pessoas a recorrerem ao crime para ganhar a vida. 

E por fim, embora limitado principalmente à Colômbia e ao Chile, o risco de terrorismo também tem o potencial de afetar a segurança da carga e apenas ressalta a necessidade de inteligência de risco abrangente a ser considerada nos planos de transporte de carga para mitigar as perdas.
Com informações: BSI and TT Club Cargo Theft Report 2021

Fique atento aos riscos: Cresce o índice de roubo e furto de caminhão no Brasil

O transporte rodoviário representa 60% do transporte de cargas no Brasil. Com uma frota de 2.209.440 caminhões em circulação no país, o setor, apesar de tão importante para a economia, tem muitos desafios relacionados à segurança.  

Neste artigo você vai ver:

  • Média mensal de roubo de caminhão cresceu 18% em 2021;
  • Quais modelos mais visados por criminosos;
  • Quais cargas mais visadas para roubos;
  • Gestão de riscos para frotas e transporte de cargas

Quando falamos em roubo ou furto de caminhões, na maioria das vezes temos assaltantes fortemente armados, sequestro de motoristas e um grande interesse na carga ou peças dos veículos. 

Com frequência vemos quadrilhas dedicadas a este tipo de crime. Um exemplo é o caso da operação que investigou uma série de roubos no Rio de Janeiro, no ano de 2020. A busca começou a partir de uma ocorrência, onde o grupo rendeu o motorista que levava uma carga de leite avaliada em R$18 mil, roubando também o veículo, avaliado em R$80 mil.

O desenrolar da operação mostrou que o mesmo grupo foi responsável por pelo menos 13 roubos à mão armada no período entre julho de 2019 e agosto de 2020, totalizando um prejuízo de mais de R$2 milhões para as vítimas.

Média mensal de roubo de caminhão cresceu 18% em 2021

Os altos e baixos sofridos pelo transporte de cargas desde o início de 2020 – no contexto da pandemia de covid-19 – se reflete também nos índices de segurança neste período. 

De acordo com um levantamento realizado pelo Grupo Tracker, até mesmo a criminalidade diminuiu nas rodovias brasileiras nos meses mais críticos da pandemia, quando houve uma baixa na demanda de fretes. 

No entanto, o que se observa na retomada das atividades é que o número de roubos e furtos de caminhões cresceram 18% nos três primeiros meses de 2021, quando comparados com outubro, novembro e dezembro de 2020.

O relatório aponta ainda que a média mensal de roubos e furtos entre janeiro, fevereiro e março deste ano foi 25,5% maior do que a média mensal de 2020, superando os índices de antes da pandemia.

Quais modelos mais visados por criminosos?

Em geral, o que motiva o roubo ou furto de caminhões é a possibilidade de levar o veículo para um desmanche para revenda de peças. É comum, também, que o caminhão seja levado quando há interesse na carga.  

No relatório de veículos roubados, da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, que inclui o número de sinistros ocorridos e o número de veículos expostos (segurados), entre os modelos mais visados por criminosos, temos:

  • Iveco Eurotrakker: Muito comum no transporte de cargas para os segmentos canavieiro, madeireiro, minerador e de construção pesada. A linha atende as composições do tipo “Romeu-e-julieta”, treminhão, bitrem, rodotrem e basculante.
  • Ford Cargo: O Ford Cargo e suas variações aparecem frequentemente nas ocorrências de roubo ou furtos. Os modelos de grande porte, tem capacidade para um grande volume de cargas, chamando a atenção de assaltantes. 
  • Mercedes Benz Axor: Está entre os mais populares no transporte de cargas, e por isso também aparece com maior frequência na relação de veículos roubados. Se torna interessante tanto para o porte da carga, quanto para a venda ilegal das peças. 

A carga também é um fator de risco

Como já mencionamos, a carga é um fator que deve ser considerado na hora de avaliar as ameaças. No ano de 2020 foram mais de 14 mil ocorrências de roubo de cargas, de acordo com um levantamento da NTC&Logística. 

Entre as cargas mais desejadas por assaltantes, temos:

  • Produtos alimentícios: Estão entre as cargas mais roubadas no Brasil. Um dos principais motivos para que isso aconteça é a facilidade de repasse e venda no comércio. Ainda, por existir uma alta demanda neste segmento, há um número maior de cargas expostas.  
  • Cigarros: Como acontece com os produtos alimentícios, os cigarros têm alto grau de escoamento após o roubo. Sendo um produto com alta carga tributária, se torna interessante para comerciantes que querem adquirir produtos sem procedência legal. 
  • Combustíveis: Por seu alto valor e usabilidade, combustíveis de todos os tipos são altamente visados por criminosos. Neste caso, são operações mais complexas e planejadas, que colocam em risco tanto a carga, o veículo e a vida do motorista. 
  • Eletroeletrônicos: Os produtos eletroeletrônicos tem uma grande aceitação no mercado negro. Por terem um alto valor quando vendidos em lojas legalizadas, produtos como notebooks, videogames, celulares, TVs, eletrodomésticos são vendidos em ampla escala por meios ilícitos e valores mais baixos.
  • Produtos farmacêuticos: Medicamentos se tornam visados pois, na venda ilegal não se torna necessário a prescrição médica para sua aquisição. Uma característica deste tipo de roubo de cargas é que geralmente é feito com planejamento e por encomenda. 
  • Bebidas: Assim como produtos alimentícios, as cargas com bebidas são muito visadas por sua aceitação no mercado ilegal. Quando falamos em bebidas alcoólicas como vinho, destilados importados existe um alto valor agregado.
  • Autopeças: Por fim, carregamentos com autopeças também exigem uma maior atenção e segurança. São produtos de alto valor agregado e estão entre os mais procurados pelo mercado ilegal.   

Leia mais: Roubo de cargas no Brasil gera prejuízo de R$ 1,2 bilhão. 

Dica de especialista: Mitigando os riscos na gestão de frotas e transporte de cargas

Promover uma maior segurança para sua frota e carga envolve um conjunto de ações. Ainda, cada operação tem suas particularidades, por isso, é imprescindível uma análise de riscos específica para o seu negócio. 

Eduardo Tavares, gerente de operações da Zattar Seguros reforça essa importância. “Atualmente o Mercado de GR, dispõe de diversos recursos como por exemplo: RDO vitimologia, mapeamento das melhores rotas, tecnologias de rastreamento para o cavalo e para a carreta, iscas, escoltas, equipe de campo de investigação, dashboard para análise das não conformidades durante a viagem, todos estes protecionais contribuem significativamente para diminuir a exposição aos riscos”, explica. 

Além disso, estratégias de prevenção devem estar alinhadas a medidas de contenção de perdas, com apólices adequadas para a operação. Isso contribui para a otimização de custos. “É preciso uma visão global, para indicar ações de acordo com a necessidade do cliente, sem excessos e sem faltas”, completa.

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RC Ambiental: Acidentes durante o transporte de cargas

Não é de hoje que a agenda ambiental se mostra cada vez mais relevante para o desenvolvimento dos negócios. De um lado, as leis, normas e fiscalizações são cada dia mais rígidas, do outro, o passivo ambiental de empresas se torna fator de risco a ponto de afastar investidores.

Neste cenário, soluções para gerenciar riscos e proteger o patrimônio em casos de eventos que impactam o meio ambiente são medidas estratégicas para a saúde financeira e reputação das organizações.

Um produto importante ligado a essa necessidade é o Seguro de Responsabilidade Civil Ambiental, ou apenas “RC Ambiental”. Na prática, além do reembolso por prejuízos decorrentes de danos materiais e corporais a terceiros, a cobertura também pode atender o ressarcimento das despesas com remediação e monitoramento ambiental, até mesmo custos jurídicos.

Quem precisa do Seguro RC Ambiental?

Comumente, acidentes envolvendo poluição e contaminação são atribuídos a grandes indústrias e empreendimentos. No entanto, é fundamental que as organizações, sendo grandes e pequenas, façam uma análise criteriosa de toda sua cadeia produtiva para identificar se este risco existe e qual a sua responsabilidade em cada processo.

São muitos os ramos de atividades sujeitos a riscos que envolvem danos ambientais. Os sinistros mais comuns estão ligados ao transporte de produtos ou resíduos. Um exemplo de algo que deve ser analisado, neste caso, é a corresponsabilidade do transportador e contratante sobre a carga e os prejuízos em casos de acidentes. Confira alguns números:

Transporte no topo da lista de acidentes com danos ambientais

O Relatório de Acidentes Ambientais, publicado pelo IBAMA, mostra as emergências ambientais por tipologia, onde quase 40% das ocorrências foram em rodovias. Na sequência, estão registros de emergências em plataformas (20%), embarcações (10%) e ferrovias (10%).

Nos índices da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), os transportes são os principais causadores de emergências químicas.

Durante o ano de 2020, 54,86% dos acidentes com emergências químicas foram por transportes rodoviários, seguido pelos acidentes na indústria (10,34%), e o transporte por duto (7,52%).

Segundo a CETESB, líquidos inflamáveis, substâncias corrosivas, gases inflamáveis e tóxicos são os principais contaminantes.

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As causas de acidentes com caminhões nas rodovias do Brasil

Para entender os fatores que levam motoristas a se envolverem em acidentes, um estudo da CNT analisou as ocorrências em um período de 11 anos. Confira.

O Brasil conta com uma frota de 2.270.861 veículos autorizados para realizar transporte de cargas. O transporte rodoviário é responsável por mais de 60% do volume total de cargas no país. Embora esse volume transportado tenha elevada representatividade para o país, empresas e motoristas precisam lidar com riscos que envolvem perdas de vidas e altos prejuízos econômicos enquanto exercem suas operações.

De quem é a culpa? De acordo com o estudo “Acidentes Rodoviários – Estatísticas Envolvendo Caminhões”, realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a ocorrência de acidentes é potencializada por diferentes fatores: humanos, veiculares, institucionais, socioeconômicos e ambientais.

Condição do veículo, a qual deve estar em dia. Pneus, suspensão, freios e equipamentos obrigatórios.

Os índices relacionados à infraestrutura

Na realidade das estradas do Brasil, a baixa qualidade na infraestrutura é um dos maiores desafios para motoristas.
O anuário publicado pela CNT em 2020, revela que 59,2% das rodovias avaliadas, em 2019, apresentaram algum tipo de problema no estado geral. 47,6% dos trechos avaliados têm problemas no pavimento, 48,1% dos trechos avaliados apresentam deficiência na sinalização. Ainda, 75,7% dos trechos avaliados têm falhas na geometria

O que leva o motorista de caminhão a se envolver em um acidente?

A principal causa dos acidentes ocorridos no período avaliado de 2007 a 2018 está relacionada à “falta de atenção de condutores e pedestres”, representando 29% dos acidentes de trânsito com envolvimento de caminhão. A utilização de dispositivos eletrônicos durante a condução tem sido cada vez mais comum entre motoristas. Fazer ligações sem usar o viva-voz é proibido em vários países, porém, a utilização desse dispositivo não resolve o problema da distração.

Utilizar aparelho celular ao dirigir pode aumentar o risco de se envolver em um acidente em até cinco vezes.
As demais causas relacionadas aos acidentes com caminhões se dividem em: excesso de confiança, imprudência, dificuldades de planejamento, cumprimento de prazos, sono e mal súbito. Ainda, destacam-se:

Grande distância percorrida: Devido à grande extensão territorial brasileira, os motoristas acabam ficando expostos ao risco por muito tempo em uma viagem. A necessidade de ficar dias à frente da condução leva ao desgaste físico e, consequentemente, à perda de reflexo.

• Manutenção do veículo: Outro aspecto importante é a condição do veículo, a qual deve estar em dia. Pneus, suspensão, freios e equipamentos obrigatórios devem estar em perfeitas condições de uso. O ritmo de trabalho, na maioria das vezes intenso, com alto custo e com poucos pontos de serviço e manutenção, é um fator que afeta diretamente o desgaste do veículo, que, na maior parte do tempo, trabalha em seu limite operacional.

• Problemas de saúde do caminhoneiro: Uma vida sedentária, estresse, hábitos alimentares irregulares e inadequados, sobrepeso, consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo são comuns na vida de um caminhoneiro, além de doenças com alterações psicológicas, como depressão ou ansiedade e doenças por repetição de ações/ movimentos (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho – DORT). Esses fatores, quando não ocasionam afastamento e perda de suas produtividades laborais, levam a situações de risco durante a condução que podem resultar em acidentes.

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