Nova Lei: Seguros obrigatórios para o transportador de mercadorias


Sempre que uma lei é implementada, surgem dúvidas e precisamos nos adaptar o quanto antes para seguir todas as regras. A Lei nº 14.599/23 trouxe mudanças significativas quando a responsabilidade dos seguros obrigatórios de transporte de cargas, e junto com essas mudanças é preciso estar atento para não ter prejuízos.

Seguros obrigatórios

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Para entender melhor essas mudanças, preparamos esse material para explicar alguns pontos da Lei nº 14.599/23, acompanhe:

Quem é o transportador?

O transportador é o responsável por realizar a movimentação da carga, e pode ser:

  • TAC (Transportador Autônomo de Cargas);
  • ETC (Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas);
  • CTC (Cooperativa de Transporte Rodoviário de Cargas).

Além de ser quem deve emitir o CTE (Conhecimento de Transporte eletrônico) e, posteriormente, o MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais). Ainda, o motorista precisa ter em mãos o CIOT (Código Identificador de Operação de Transporte).

Seguros obrigatórios para o transportador

Com a lei nº 14.599/23, passa a ser obrigatória a contratação por parte do transportador os seguintes seguros:

RCTR-C

O Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga, ou RCTR-C, é um seguro importante quando o assunto é transporte de cargas. O objetivo desse seguro é proteger e indenizar possíveis situações no decorrer das operações de transporte.

RC-DC

O Seguro de Responsabilidade Civil de Desaparecimento de Cargas, ou RC-DC, é um seguro exclusivo para transportadores e tem o objetivo de garantir o valor protegido da carga em casos de roubo ou furto.

RC-V

Responsabilidade Civil de Veículo, ou RC-V, é o seguro importante para se proteger em casos de acidente de trânsito, pois garante o pagamento sobre  qualquer dano causado a um terceiro.

Responsabilidades sobre os seguros obrigatórios

Com a mudança na lei de transporte de cargas (Lei nº 14.599/23), algumas responsabilidades foram alteradas em relação à obrigatoriedade e à responsabilidade pela contratação dos seguros explicados acima.

Conforme a nova lei, é responsabilidade dos transportadores assegurar potenciais perdas e danos à carga transportada.
Nesse sentido, transportadoras e TAC (Transportador Autônomo de Cargas) devem contratar suas apólices e não estarão mais sujeitas às regras definidas pela apólice do embarcador.

Porém, o transportador deve fazer a contratação de apólice única para cada ramo de seguro por segurado, vinculado ao RNTRC (Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas), e os seguros RCTR-C e RC-DC devem estar vinculados ao Plano de Gerenciamento de Risco, o PGR, acordado entre transportador e seguradora.

Os embarcadores, por sua vez, podem contratar seguros facultativos de transporte nacional e exigir maiores medidas de proteção da carga, arcando com os custos. Os casos de subcontratação de TAC, os seguros RCTR-C, RD-DC e RC-V  são de responsabilidade do emissor do CTE (Conhecimento de Transporte Eletrônico) e do manifesto de transporte, enquanto o RC-V é firmado em nome do TAC e por viagem.

É importante deixar claro que embarcadores, empresas de transporte e cooperativas de transporte não podem descontar valores referentes a taxas administrativas e qualquer que seja o seguro do valor do frete do TAC, ou seu igual.

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Roubo de Carga: São Paulo e Rio de Janeiro concentram 76% das ocorrências no Brasil

Confira as principais estratégias de gerenciamento de riscos para enfrentar este problema.

No ano de 2021 foram registradas mais de 14.400 ocorrências de roubo de cargas no Brasil, sendo que deste total, 31,32% aconteceram no Rio de Janeiro e 45,23% em São Paulo. O índice também passou por um aumento de 1,7% comparado ao ano anterior, sinalizando um alerta para transportadoras, embarcadores e profissionais do transporte rodoviário com relação à segurança.

Os dados são do panorama nacional divulgado pela Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), que avalia anualmente o roubo de cargas em todas as regiões do país. Por conta dos estados do RJ e SP, o Sudeste registrou a maioria dos casos, com 82% das ocorrências, seguido do Sul (6,82%), do Nordeste (5,44%), do Centro-Oeste (3,66%) e do Norte (1,42%). Somados os prejuízos financeiros de cada uma dessas regiões, foram aproximadamente R$ 1.270 bilhões perdidos em cargas roubadas.

As mercadorias mais visadas para roubo de cargas

A pesquisa aponta que as mercadorias mais visadas pelas quadrilhas e pelos grupos criminosos são:

  • Alimentos;
  • Combustíveis;
  • Produtos farmacêuticos;
  • Autopeças;
  • Materiais do setor de têxteis e de confecção;
  • Cigarros;
  • Eletroeletrônicos;
  • Bebidas;
  • Defensivos agrícolas;
  • Pneus;
  • Materiais de construção;
  • Aços (bobinas, chapas e vergalhões);
  • Mercadorias E-commerce.

De acordo com o vice-presidente de segurança da NTC&Logística, Roberto Mira, o crescimento do número aconteceu, em boa parte, devido ao retorno da atividade econômica, prejudicada por conta da pandemia. “A volta das atividades inevitavelmente aumentaria o fluxo de mercadorias nas rodovias e, por consequência, dos roubos e dos furtos de carga. Sobretudo com a inflação elevada, por causa de fatores internos e externos, certos produtos ficaram muito valiosos e atrativos para os grupos organizados”, afirma.

Como se proteger contra o roubo de cargas?

O atual cenário destaca a importância de buscar estratégias eficientes de prevenção e proteção contra o roubo de cargas no transporte rodoviário.  

As tecnologias de rastreamento têm sido grandes aliadas do setor. Para além de permitir que a operadora ou embarcador saiba sobre sua encomenda durante o trajeto, o rastreamento e monitoramento da carga é fundamental para uma intervenção rápida quando ocorre um sequestro ou qualquer intercorrência.

Um gerenciamento de riscos com análise de sinistros, estudos de exposição aos riscos e mapeamento das rotas, entre outras medidas, são fundamentais para uma operação mais segura. Isso também contribui para otimizar os investimentos e na contratação de seguros para cargas. 

O Seguro de Responsabilidade Civil por Desaparecimento de Carga – RC/DC contratado pela transportadora (empresa responsável por realizar o transporte da carga) é o seguro que cobre riscos de roubos concomitante com o veículo transportador, atua como uma proteção financeira no caso da perda de uma carga, dando mais tranquilidade para a operação.

Gerenciamento de riscos e prevenção no transporte de cargas 

A Zattar Seguros conta com gestores de risco com mais de 15 anos de experiência atuando em cargos de liderança nas maiores Gerenciadoras de risco de transporte de carga do país.

Conte com uma consultoria especializada em Gerenciamento de Riscos de Transporte, programas de prevenção de perdas, palestras e treinamentos direcionados para redução de roubos e acidentes, projetos especiais para gestão de riscos e prevenção, entre outras soluções para proteger o seu negócio. 

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Seguro Internacional de Carga: O que é e como funciona

A interação com o mercado global tem sido uma estratégia atraente para muitas companhias brasileiras, mas a transação entre países exige cuidados. Para além da compra ou venda, é importante garantir que na jornada da mercadoria até seu destino não ocorram perdas transformando o investimento em um grande prejuízo, por isso, o Seguro Internacional de Carga se torna tão importante.

Seguro Internacional de Carga

Destinado a atender operações de importação, exportação, tradings e despachantes aduaneiros, o seguro é a principal ferramenta utilizada para proteger a operação de eventuais avarias ou perdas da carga na ocorrência de um sinistro. Dando, assim, mais tranquilidade para as negociações.

A modalidade contempla os diferentes modais utilizados para o transporte da carga, como rodoviário, aquaviário e aéreo, podendo, então, cobrir os riscos característicos de cada um deles. 

É fácil lembrar de exemplos de sinistros no transporte internacional de carga. Por exemplo, podemos citar o navio cargueiro Felicity Ace que pegou fogo e afundou recentemente no Oceano Atlântico, transportando um total de 3.965 carros de luxo. Com a tragédia, estima-se um prejuízo financeiro de, aproximadamente, US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões na conversão direta para o real). 

Desastres naturais (como vendavais e tempestades), acidentes, roubo ou furto, estão entre as principais causas de danos e perdas a carga, gerando incidentes definidos como avarias simples

Além disso, podem ocorrer também as avarias grossas, quando a carga é danificada ou perdida propositalmente por decisão do comandante do navio com o objetivo de salvar ou proteger as demais cargas e/ou embarcação. Afinal, são situações que devem ser previstas e bem analisadas.

O que são os Incoterms?

Quando falamos em comércio internacional, precisamos saber alguns termos. Primeiramente, o que define as responsabilidades e respectivas fronteiras de responsabilidade é o contrato de compra e venda entre importador e exportador, devidamente representado pelos “incoterms”.

Incoterms é a abreviatura do inglês (International Commercial Terms), que em português significa “Termos Internacionais de Comércio”. Trata-se de normas padronizadas que regulam aspectos diversos do comércio internacional. Em suma, são regras que determinam quem paga o frete da mercadoria, o seu ponto de entrega e quem deve fazer o seguro internacional, entre outras coisas.

Esse termo é classificado em quatro categorias:

1. Categoria E

Na categoria, está enquadrado o Incoterm EXW, referente à partida. Nela, o importador é responsável pelos custos e riscos do transporte. Depois que a mercadoria chega até o importador, ele se responsabiliza por todo o restante do processo.

2. Categoria F

A categoria F refere-se à responsabilidade do exportador pelo frete e seguro internacional. Isto é, é ele quem deve contratar esses serviços. Fazem parte dessa categoria: FAS, FOB e FCA. Nesse sentido, a diferença entre eles é referente à etapa do transporte em que a obrigação do exportador termina.

3. Categoria C

Os Incoterms nesta categoria determinam que os custos com frete internacional ficam a cargo do exportador. São eles: CFR, CIF, CPT e CIP. Assim, a divergência diz respeito à responsabilidade pelo pagamento do seguro. 

4. Categoria D

Relacionada à chegada da mercadoria ao destino, essa categoria confere mais responsabilidade ao exportador. Desse modo, fazem parte dessa categoria os Incoterms DAP, DAT e DDP

Como contratar o Seguro Internacional de Carga?

Antes de contratar o Seguro Internacional de Carga, é importante verificar de quem é a responsabilidade do transporte e entrega, bem como da segurança, definida a partir da Incoterm negociada entre as partes. Ela pode ser FOB (responsabilidade do comprador) ou DDP (responsabilidade do vendedor). 

Também existem dois tipos de apólices para o seguro internacional de cargas:

  • avulsa – para cobrir um único embarque;
  • apólice de averbação – para cobrir diversos embarques, apólice anual.

Outros detalhes da operação como modal utilizado, características da carga e trajeto a ser realizado podem ser analisados com o auxílio de uma corretora de seguros. Visando, como resultado, um bom gerenciamento de riscos para identificar qual é a melhor alternativa para proteger a operação.

Quais são as principais coberturas de um seguro internacional de carga?

Uma das principais vantagens da modalidade é sua personalização, sendo possível adequar a cobertura às necessidades do segurado. Conforme definido pela SUSEP, o Seguro Internacional de Carga existe a cobertura básica e as coberturas adicionais. São elas:

Cobertura Ampla A

É a opção mais completa. Ela contempla os riscos de perda ou dano material sofrido pela carga em consequência de causa externa, com exceção das previstas na cláusula de prejuízos não indenizáveis do contrato. 

Cobertura Restrita B

  • Inundação, transbordamento de cursos d’água, represas, lagos ou lagoas, durante a viagem terrestre;
  • Desmoronamento ou queda de pedras, terras, obras de arte de qualquer natureza ou outros objetos, durante a viagem terrestre;
  • Terremoto ou erupção vulcânica;
  • Entrada de água do mar, lago ou rio, na embarcação ou no navio, veículo, “container”, furgão (“liftvan”) ou local de armazenagem.

Cobertura Restrita C

  • Incêndio, raio ou explosão;
  • Encalhe, naufrágio ou soçobramento do navio ou embarcação;
  • Capotagem, colisão, tombamento ou descarrilamento de veículo terrestre;
  • Abalroamento, colisão ou contato do navio ou embarcação com qualquer objeto externo que não seja água;
  • Colisão, queda e/ou aterrissagem forçada da aeronave, devidamente comprovada;
  • Descarga da carga em porto de arribada;
  • Carga lançada ao mar;
  • Perda total de qualquer volume, durante as operações de carga e descarga do navio;
  • Perda total decorrente de fortuna do mar e/ou de arrebatamento pelo mar.

Coberturas Específicas 

Além das apólices de cobertura A, B e C, existem coberturas ainda mais específicas, como:

  • Cobertura Básica Restrita para Embarques de Mercadorias/Bens Acondicionados em Ambientes Refrigerados;
  • Cobertura Básica Ampla para Embarques de Mercadorias/Bens Acondicionados em Ambientes Refrigerados;
  • Cobertura Básica Restrita para Mercadorias/Bens Congelados;
  • Cobertura Básica Ampla para Mercadorias/ Bens Congelados;
  • Cobertura Básica Ampla para Animais Vivos (Exceto Embarques Aéreos de Aves Vivas);
  • Cobertura Básica Ampla para Seguros de Transportes Aéreos de Aves Vivas;
  • Cobertura Básica para Seguros de Bagagem; 
  • Cobertura Básica para Seguros de Mercadorias Conduzidas por Portadores.

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Tendências de ESG no transporte de cargas

Quais oportunidades o transporte rodoviário de cargas pode encontrar nas práticas de Governança Ambiental, Social e Corporativa? Confira.

O transporte rodoviário tem uma grande participação na logística do Brasil e quando observamos este cenário sob perspectiva ambiental, são muitos desafios. Enquanto representa cerca de 65% do carregamento no transporte de carga nacional, o modal é acompanhado por seu grande potencial de poluição e impactos na sociedade. 

Somente em 2020, o setor de transportes emitiu mais de 185 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (que inclui dióxido de carbono e outros gases associados ao efeito estufa), de acordo com a Análise das emissões brasileiras de gases de efeito estufa, desenvolvida pelo SEEG, do Observatório do Clima. 

Esse consumo de combustíveis fósseis nas estradas brasileiras, em especial o diesel, é influenciado pela idade da frota, falta de planejamento logístico e, inclusive, as condições de trânsito. De acordo com a CNT (Confederação Nacional do Transporte), a falta de infraestrutura nas rodovias pode aumentar em 91% os gastos de abastecimento e de reparo dos caminhões

Não à toa, cada vez mais se discutem as aplicações de critérios de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) no setor. Para além dos impactos ambientais e sociais, isso afeta também a reputação das empresas – e até mesmo as oportunidades de investimentos. 

De acordo com a Pesquisa Global com Investidores 2021 da PwC , 79% dos investidores consideram os riscos e as oportunidades ESG um fator importante na decisão de aplicações. Ainda, 49% deles também afirmaram a intenção de desfazer o investimento se a empresa não tomasse ações para tratar as questões ESG.

O ESG no transporte de cargas

Com a forte influência do mercado, incentivos governamentais e instituições internacionais, se torna indispensável para transportadoras, embarcadores e profissionais da área incluírem os princípios de ESG em suas estratégias de negócio. Seus benefícios já podem ser observados.

Estudos apontam que medidas como a renovação e modernização da frota, utilização de sistemas de informação para rastreamento e acompanhamento da frota, e treinamento de motoristas continuam sendo as práticas mais frequente no transporte rodoviário de carga e juntas podem reduzir custos operacionais decorrentes do consumo de combustível e levar a até 30% de redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE)

De acordo com o Programa de Logística Verde Brasil, as empresas que aplicaram as Boas Práticas para o Transporte de Carga apresentaram resultados bastante significativos quanto a redução do consumo de energia e da emissão de gases de efeito estufa (GEE) sem comprometer os custos operacionais e o nível de serviço logístico, podendo ainda promover a redução de custos operacionais e impactos ambientais do transporte e movimentação de cargas, sem prejudicar a qualidade do serviço prestado.

Transição Energética no Setor de Transportes

Entre os avanços mais impactantes, temos o aumento na busca por fontes energéticas, principalmente as renováveis, para um transporte mais limpo. Mesmo sendo mais caros que os a diesel, veículos comerciais elétricos e a gás ganham espaço no Brasil e vendas mantêm tendência de alta.

Segundo dados da Anfavea, os caminhões, ônibus e furgões elétricos e a gás apresentam alta de 840% em 2022. Conforme a associação das montadoras, 602 unidades foram emplacadas de janeiro a junho deste ano, ante 64 exemplares no mesmo período de 2021. Ou seja, o resultado do primeiro semestre é 47,5% maior que o acumulado dos 12 meses do ano passado.

Gerenciamento de riscos aliado às práticas de ESG

É inevitável pensar em boas práticas de governança ambiental, social e corporativa sem considerar o gerenciamento de riscos para o transporte de cargas como um grande aliado. Ao contar estratégias de análise de riscos, medidas de prevenção de perdas e gestão de crises, as organizações protegem seus investimentos na modernização de frota, cultura de sustentabilidade e responsabilidades.

Podemos citar ainda recursos de seguro de carga, como RCTRC-C e RC-DC, e ainda o RC Ambiental,  que atuam como ferramentas para mitigar danos e reparar prejuízos, tanto para o meio ambiente, colaboradores e sociedade em geral.

A Zattar Seguros é especialista em prevenção de perdas para o segmento de Transporte e Logística

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Saiba como funciona o Transporte de Cabotagem e quais são suas vantagens.

O setor de logística é um dos mais importantes do país, afinal ele contribui para o bom funcionamento de vários setores, tais como, indústria e varejo. Entretanto, para entender a logística, é necessário entender também sobre os diferentes tipos de modais, ou seja, meios de transporte de cargas que fazem esse setor acontecer. 

Transporte de Cabotagem

O Transporte no Brasil reúne os mais diversos tipos de meios de transportes, são eles, terrestre, aquático, dutoviário e aéreo. Apesar do transporte mais utilizado no país, para cargas ou pessoas, ser o transporte terrestre rodoviário (realizado pelas estradas e rodovias, por veículos como carro, ônibus, caminhão, dentre outros) existe um modal que está ganhando mais espaço no Brasil que é o Transporte de Cabotagem.

O termo cabotagem não é muito comum no cotidiano, porém, quando se trata do setor de logística, essa palavra é de grande importância. Quer conhecer mais sobre esse modal? Então confira abaixo:

  • O que é o Transporte de Cabotagem?
  • Como funciona a cabotagem?
  • Qual é a movimentação de cargas nos portos brasileiros e quais produtos são mais transportados pela cabotagem?
  • Quais são as vantagens do Transporte de Cabotagem?
  • Como a BR do Mar e a Cabotagem podem transformar o transporte e logística no Brasil?

O que é o Transporte de Cabotagem?

Segundo resolução da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), cabotagem é a navegação realizada entre portos ou pontos de um mesmo país, utilizando para isso a via marítima e as vias navegáveis interiores, ou seja, os rios e mares.

Mas atenção, a cabotagem é diferente de navegação, na qual ocorre quando o transporte é realizado entre portos de diferentes países.

É um meio de transporte muito eficaz, já que o Brasil conta com uma extensa costa marítima na qual é navegável.

Como funciona a cabotagem?

Em geral, a coleta de uma carga, independentemente da área, começa com um caminhão.

Com todos os documentos fiscais emitidos e a carga pronta para o transporte, o veículo parte para o porto. Também há a possibilidade de mesclar mais de um veículo de carga, envolvendo um ou mais caminhões, ou até outros meios de transporte, como aviões. 

Após chegar no porto, a carga fica em armazéns até o momento da viagem. Se necessário, a carga é colocada em contêineres, para então ser embarcada num navio de cabotagem. 

O navio irá transportar a carga até outro porto de destino, em um mesmo país, e ao chegar lá, ela é encaminhada para um caminhão, trem ou outro modal rodoviário, os quais seguirão com a carga até o destino final.

Qual é a movimentação de cargas nos portos brasileiros e quais produtos são mais transportados pela cabotagem?

De acordo com o site de notícias G1, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) informou que o setor portuário brasileiro movimentou 1,21 bilhão de toneladas em 2021.

O valor representa crescimento de 4,8% em relação ao ano de 2020 e abrange os portos públicos e terminais privados.

Para 2022, a ANTAQ prevê movimentação de 1,239 bilhão de toneladas, o que, se confirmado, representará crescimento de 2,4% em relação a 2021.

Em relação aos portos públicos, Santos (SP) se manteve na liderança, o porto movimentou 113,3 milhões de toneladas no ano passado. O Porto de Itaguaí (RJ) apareceu na segunda posição, com 51,7 milhões de toneladas. 

As principais cargas movimentadas em 2021 incluem, o minério de ferro, petróleo, carga em contêineres, soja, derivados de petróleo, fertilizantes e carvão mineral. 

Quais são as vantagens do Transporte de Cabotagem?

Sendo um país com muito potencial no transporte aquaviário, o Brasil vai muito além das condições naturais propícias, sendo esse modal um modelo que apresenta grandes vantagens para o setor de transporte e logística. Confira algumas delas:

Baixo Custo de Operações de transporte 

Segundo dados da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), a cabotagem pode representar uma redução de 30% nos custos logísticos, se comparada aos investimentos com o transporte rodoviário.

Isso influencia positivamente a economia do país, já que os produtos podem chegar mais baratos e os clientes e empresas passarão a lucrar mais. 

Menos acidentes, roubos e extravio de cargas

Apesar do transporte rodoviário ser o modal mais utilizado no Brasil, as transportadoras  enfrentam diversos desafios logísticos, econômicos e federais.

Caminhões de carga costumam transportar toneladas, e às vezes acabam ocasionando acidentes com outros veículos menores que podem ser graves e até fatais. Como o fluxo de veículos nos rios e mares brasileiros é pequeno e diferente, a utilização da cabotagem pode minimizar os acidentes envolvendo veículos de cargas e de passeio.

Outro grande desafio é o roubo e extravio de cargas. Nas rodovias brasileiras, diversas mercadorias são diariamente roubadas, impactando com a segurança do setor. Todavia, na cabotagem o risco desse tipo de ocorrência é muito menor se comparado ao modal rodoviário.

Baixa necessidade de investimento público

Quando pensamos nos problemas do transporte rodoviário e logística no Brasil fica difícil não lembrar da infraestrutura precária, falha na pavimentação, buracos, pouca iluminação, sinalização ruim, entre outros problemas que encontramos nas estradas nacionais no nosso dia a dia. Comparado aos outros modais, o aquaviário é um dos mais econômicos de se manter, pois não necessita de  grandes intervenções na infraestrutura, podendo-se aproveitar a malha hidroviária natural já formada pelos inúmeros rios que existem no Brasil. 

Menor agressividade ao Meio Ambiente

A cabotagem está entre os modais que menos geram poluição. Isso porque o transporte de cabotagem utiliza menos combustíveis fósseis do que o rodoviário.

Sendo assim, investir em soluções que causem menos danos à natureza não é somente uma necessidade do planeta, mas também uma forma de melhorar a imagem da empresa diante do mercado.  

Como a BR do Mar e a Cabotagem podem transformar o transporte e logística no Brasil?

Aprovada em dezembro de 2021, a Lei Nº 14.301, Programa de Incentivo à Cabotagem, o BR do Mar, tem como objetivo expandir a logística no país, com possível efeito benéfico sobre as importações. 

Um dos grandes avanços será a possibilidade de incrementar a oferta e a qualidade do transporte por cabotagem, estimular a concorrência, incentivar a competitividade e aumentar a disponibilidade da frota dedicada à cabotagem no território nacional. 

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Confira 5 problemas que os transportadores enfrentam atualmente no Brasil

No Brasil, o transporte rodoviário é o modal mais utilizado. Esse modelo é responsável por cerca de 75% da distribuição do país, desde insumos até produtos industrializados. O uso de caminhões e carretas nas estradas vêm aumentando desde a década de 50. Entretanto, as transportadoras enfrentam desafios logísticos, econômicos e sociais.

Em vista disso, confira abaixo cinco exemplos de riscos enfrentados e algumas sugestões de soluções para serem mitigados:

  • Roubo de Cargas 
  • Acidentes
  • Má condição das estradas 
  • Responsabilidade Civil Direta ou Solidária 
  • Elevado custo do principal insumo do transportador: O diesel 

1. Roubo de cargas

Atualmente, o roubo de mercadorias e a falta de segurança nas estradas são um dos maiores problemas logísticos do Brasil. De fato, os ataques de quadrilhas profissionais aumentam a cada ano, gerando muita insegurança entre as empresas e os motoristas, causando prejuízos e colocando seus funcionários, colaboradores e patrimônio em perigo. 

Para mitigar este tipo de risco, é necessário que a Gerenciadora de Risco responsável pelo trajeto da transportadora planeje uma rota segura e um monitoramento de carga eficaz para a mercadoria, assim reduzindo os riscos de sinistro. 

Ademais, cabe as transportadoras promoverem treinamentos para seus motoristas a fim de que eles evitem trajetos mais sujeitos a assaltos e tomem cuidado nas estradas durante a viagem. Além disso, as empresas investem cerca de 15% de seu faturamento bruto em medidas de Gerenciamento de Riscos e segurança tais como  escolta armada, ISCAS, rastreamento, equipamentos de rastreamento, segurança patrimonial, planejamento logístico, dentre outros,  para proteger suas mercadorias durante o trajeto.

2. Acidentes

Excesso de velocidade e de trabalho, falta de manutenção preventiva nos caminhões, manuseio indiscriminado de telefone celular e aplicativos de conversas com o veículo em movimento, consumo de estimulantes e drogas, tais como rebites, cocaína e até o consumo de álcool são as maiores causas dos acidentes que ocorrem nas rodovias brasileiras.

Para tentar amenizar o problema é preciso que os motoristas:

  • Sempre respeite a sinalização de velocidade das vias e se estiverem cansados, os motoristas devem parar em pontos de apoio mais próximos para descanso, cumprindo com o controle de jornada representado pela Lei 13.103/2015; 
  • A revisão dos caminhões deve ser feita conforme a orientação do fabricante para que não se tenha problemas quando está no meio da via. Não deixe para fazer as manutenções apenas quando o caminhão der problema;
  • Quando estiver dirigindo não se deve fazer uso do celular e nem manusear qualquer objeto. Se for necessário a utilização desses é recomendado que se pare em um local seguro;
  • Álcool e bebida não são permitidos em hipótese alguma, por isso, mesmo que tenha ingerido apenas um copo não deve dirigir. O mesmo é válido para medicamento e outras substâncias que possam alterar a percepção da realidade.

3. Má condições das estradas

Uma questão bem antiga, e que possui baixo investimento público no país, é o transporte rodoviário. Quando pensamos nos problemas do transporte e logística no Brasil fica difícil não lembrar da infraestrutura precária, falha na pavimentação, buracos, pouca iluminação, sinalização ruim, entre outros problemas que encontramos nas estradas nacionais no nosso dia a dia. 

Essa má estrutura, gera consequentemente danos na frota e carga, ocorrência de acidentes e também aumento do tempo das entregas, dificultando ainda mais o trabalho das transportadoras. 

A utilização de planejamento estratégico em logística, como a implementação de ações realizadas à inteligência geográfica é uma das soluções para resolver esse problema. Além disso, o governo poderia reabilitar as estradas do país, tampando os buracos, implantando mais iluminação e sinalização para melhor segurança dos transportadores e dos motoristas em geral. 

4. Responsabilidade Civil Direta ou Solidária

O tema Responsabilidade Civil Geral trata-se de um dos maiores riscos enfrentados pelos transportadores. Um único evento de acidente que venha causar danos corporais e/ou materiais a terceiros, pode ocasionar prejuízos financeiros de grande severidade, com o risco de quebrar a empresa transportadora. 

Existem ainda, os riscos da Responsabilidade Civil Solidária, do emissor do CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), ou seja, quando o transportador contrata motoristas agregados e autônomos para transportar as mercadorias a ele confiadas. Caso estes agregados e autônomos venham a se envolver em acidentes e causem danos corporais e/ou matérias a terceiros, e estes profissionais não tenham respaldo de apólices de seguros compatíveis com os riscos, o transportador emissor do CT-e, poderá ser responsabilizado. 

5. Elevado custo do principal insumo do transportador: O diesel

Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou em março deste ano reajustes nos preços de gasolina e diesel. Nesse contexto, este aumento tem impactado o setor de transporte rodoviário de cargas, de modo que as empresas precisam repassar esta elevação ao valor dos fretes. 

De acordo com o boletim técnico do IPTC, esse último aumento sobre o preço do diesel elevará os custos do transporte de cargas lotação em 12,57% na média geral, sacrificando mais as operações de longas distâncias (6 mil km) em 18%. Já para as operações de carga fracionada o impacto médio é de 4,87%.

A Zattar é especialista em prevenção de perdas no transporte de cargas

Com uma equipe experiente, a Zattar Seguros possui uma área dedicada com o objetivo de viabilizar operações saudáveis através das melhores práticas de gerenciamento de risco, atuando como ponto focal e mediador do programa de seguros e prevenção de perdas junto às partes interessadas.

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