Caminhão arqueado: Os perigos da modificação de estrutura dos caminhões

Ao circular pelas estradas brasileiras não é difícil se deparar com o exemplar de um deles: os famosos e polêmicos “caminhões arqueados”. Se por um lado as modificações das estruturas são sinônimo de estilo e personalidade, por outro, acendem alguns alertas sobre segurança no transporte rodoviário de cargas, proteção da carga e logística. 

A prática de elevar os eixos traseiros, que remete aos veículos dos campeonatos truck, ganhou destaque nos últimos anos, impulsionada especialmente por blogs e influenciadores de amantes de caminhões. 

É investida uma alta quantia para inserir calços sob a mola, ou acrescentar molas adicionais, criando uma diferença de altura entre as partes traseira e dianteira do caminhão.

Apesar de ser visto como um diferencial para muitos caminhoneiros, essa modificação pode não ser uma boa opção para os profissionais que atuam no transporte de cargas. A prática quando excede as limitações soma diversos riscos que podem interferir na operação e trazer grandes prejuízos para transportadores e embarcadores.

Os principais perigos do caminhão arqueado

Diante deste debate, muitos especialistas têm alertado para as consequências da modificação da estrutura dos caminhões. O problema já começa com as estradas brasileiras que carecem de infraestrutura para o fluxo seguro de motoristas. 

Somente em 2021, foram mais de 64 mil acidentes registrados nas rodovias federais que cortam o país. Na falta de um ambiente ideal para transitar, recai sobre o motorista uma responsabilidade ainda maior. Neste contexto, circular com um veículo alterado informalmente é ainda mais preocupante. A prática aumenta riscos como:

  • Tombamento –  A mudança do centro de gravidade do veículo e alteração da distribuição do peso sobre a estrutura aumenta o risco de tombamentos, seja em curvas ou momentos onde é necessária alguma manobra.
  • Letalidade em caso de acidente – Elevar a traseira anula a função das placas retrorrefletoras e dos pára-choques, aumentando o risco da entrada carro embaixo do caminhão no caso de uma batida. Esse tipo de acidente pode ser altamente letal para quem estiver no carro.
  • Distribuição da carga – A alteração na carroceria também pode influenciar a distribuição da carga quando há um carregamento acima do permitido, dando uma falsa impressão de equilíbrio.
  • Falhas mecânicas – Mexer no projeto original sobrecarrega e prejudica componentes de diversos sistemas. A prática pode gerar danos ao rolamento, desgastar a suspensão dianteira mais rápido e gerar uma pressão desnecessária em peças que acabam ficando frágeis e instáveis.

As próprias montadoras já debateram a questão. Em entrevista ao UOL Carros, Jeseniel Valério, gerente da engenharia de vendas da Volvo Brasil, conta que  a marca chegou a fazer testes com caminhões arqueados para avaliar o desempenho, mas chegou à conclusão de que tais alterações jogam no lixo todo o trabalho da engenharia para construir um veículo seguro. 

Ele também esclarece um mito espalhado pelos fãs do arqueamento, de que o caminhão fica mais firme.

“Rebaixar a dianteira e elevar a traseira pode dar uma falsa sensação de firmeza porque o caminhão fica sem molas, todo o sistema de amortecimento trabalha no limite, então ele não se mexe em buracos e curvas, por exemplo. Isso eleva muito o risco de tombamentos. Outro sistema prejudicado é o de freios, já que todo o peso da carga é transferido para a dianteira. O centro de gravidade do carro é outro”, alerta o especialista.

O que diz a lei sobre caminhões arqueados?

Ativa desde 2014, a Resolução 479, publicada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), prevê limitações para as modificações nas estruturas dos caminhões. 

  • A resolução permite a elevação dos caminhões em 2° graus, o que na prática representa 3,5 centímetros por metro de comprimento. 
  • Ainda, as lanternas traseiras não podem estar acima de 1,20 metros do chão e as lanternas laterais ou luzes de posição não podem estar acima de 1,50 metro do chão.
  • A resolução também autoriza o uso de calço na suspensão, porém ao utilizá-lo, são definidos dois pontos de referência no chassi (X e Y) com uma distância de 1000 mm entre eles. Então é realizada uma medida a altura desses dois pontos em relação ao solo e a diferença de altura desses dois pontos não pode passar de 35 milímetros. 
  • Os veículos que tiverem sua suspensão modificada, em qualquer condição de uso, deverão inserir no campo das observações do Certificado de Registro de Veículo – CRV e do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV a altura livre do solo. 

A penalidade para quem conduzir veículo com características alteradas sem  autorização constitui infração grave, com acréscimo de cinco pontos no prontuário da CNH, multa de R$ 195,23 e retenção do veículo até a sua regularização.

O seguro cobre o caminhão arqueado?

Por fim, vale lembrar que operar com um veículo arqueado não é bem visto pelas seguradoras. A prática pode gerar diversos problemas com a proteção da carga e do caminhão, fazendo com que o transportador perca garantias e gerando grandes prejuízos no caso de algum dano. 

De acordo com Eduardo Tavares, especialista em Gerenciamento de Riscos para Transporte de Cargas na Zattar Seguros, muitos pontos devem ser avaliados antes de qualquer modificação, pois raramente ela será benéfica e se torna inviável assegurar a operação. “Se ocorre um atraso porque o veículo está retido pela fiscalização ou teve falha mecânica, por exemplo, gera um estresse logístico para todos envolvidos. Quando se trata de uma carga perecível, o risco de perda da carga é ainda maior”, alerta. 

Operar com o veículo fora das normas é, inclusive, motivo de negativa do pagamento da indenização na ocorrência de um sinistro. Ou seja, se acontecer um acidente e durante a perícia for constatado que o caminhão estava com modificações que excedem os limites permitidos por lei, o transportador responsável pela carga não terá nenhum ressarcimento – o que pode gerar dívidas com o cliente.

“Muitos embarcadores, inclusive, têm evitado contratar o transporte de carga com caminhões modificados, diante do risco de ter um atraso em sua entrega ou até mesmo não conseguir concluir a operação”, explica.  

Boas práticas para um transporte de cargas seguro

Um transporte de cargas seguro demanda de monitoramento e atenção constante. A Zattar Seguros conta com uma Central de Controle de Operações, formada por profissionais com mais de 15 anos de experiência  para atuar junto aos segurados e demais envolvidos nas operações de transporte a fim de elevar o nível de atuação em todos os aspectos.

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Valores Humanos: Seguro Vida Empresarial na estratégia para reter talentos

Com a maior conscientização sobre a importância do Seguro de Vida, a busca pela modalidade aumenta e se fortalece como ferramenta estratégica para empresas e colaboradores em 2022. Saiba tudo sobre este benefício e sua obrigatoriedade.

Mais de três quartos dos líderes empresariais afirmam que sua capacidade de contratar e reter talentos é o fator mais importante (77%) e o maior risco (48%) que enfrentam para atingir as metas de crescimento corporativo em 2022. 

Entre os mais de 600 executivos ouvidos em uma pesquisa realizada pela PwC, 88% dos membros do conselho consideram a contratação e retenção de talentos como “muito importante” para as perspectivas de uma empresa.

Os desafios vividos na manutenção do capital humano são muitos. E a busca por essa valorização se reflete na procura por ferramentas que possam proporcionar mais segurança ao colaborador – como é o caso da oferta de benefícios, como o Seguro de Vida Empresarial – ou Seguro de Vida em Grupo.  

Para se ter ideia, o volume de prêmios dos seguros de pessoas no Brasil registrou R$ 46,4 bilhões no acumulado de 2021, com alta de 12,62%. Em termos de variação percentual, o ramo Vida Individual foi o que mais se destacou, crescendo 29,4% no período em relação ao ano anterior, mais de R$ 8,9 bilhões arrecadados, enquanto Vida em Grupo apresentou um prêmio de R$ 12,1 bi.

As vantagens do Seguro de Vida em Grupo são muitas. Trata-se de um investimento relativamente baixo e acessível para todo tipo de empresa, que representa proteção financeira para o colaborador e sua família

Como funciona o Seguro de Vida Empresarial?

O seguro de vida tem o objetivo de garantir o pagamento de indenização ao colaborador segurado, garantindo mais tranquilidade diante de algum incidente ou necessidade coberta. 


Neste seguro, toda negociação das cláusulas, contratação e renovações é realizada pela empresa (pessoa jurídica), que será a estipulante. O colaborador (pessoa física) é incluído como segurado, e os seus familiares, ou qualquer pessoa indicada pelo segurado, serão os beneficiários, ou seja, a parte designada para receber os valores dos capitais segurados, na hipótese de ocorrência do sinistro.

Plano não contributário x Plano contributário

Existem dois tipos de seguro de vida em grupo, que se diferenciam de acordo com a parte responsável pelo pagamento das mensalidades.

No plano não contributário é a organização que custeia todas as despesas do benefício contratado. Já no plano contributário, o colaborador segurado é responsável pelo pagamento total ou parcial, sendo comum que este valor seja descontado diretamente da folha de pagamento.

Principais coberturas do Seguro de Vida Empresarial

Um destaque para o Seguro de Vida em Grupo é que se trata de um seguro com diversas opções de cobertura, condições negociadas alinhadas com a necessidade da empresa e fácil contratação. Tudo isso pode variar de acordo com a seguradora, mas entre as principais coberturas temos:

  • Morte: Garante o pagamento da indenização em caso de falecimento do segurado por morte natural ou acidental.
  • Assistência funeral: Garante a prestação dos serviços de sepultamento ou cremação (onde existir esse serviço), inclusive de natimorto e membros em caso de amputação.  Podem incluir serviços como: urna ou caixão, carro para enterro, carreto-extra, serviço-assistência, registro de óbito, taxa de sepultamento ou cremação, remoção do corpo, paramentos, aparelho de ozona, mesa de condolências, velas, velório, véu, enfeite floral e coroas.
  • Invalidez por acidente: Garante o pagamento da indenização, proporcional ao grau de invalidez, em caso de acidente que resulte em perda ou impotência funcional de algum membro ou órgão.
  • Invalidez funcional por doença: Garante o pagamento da indenização, no valor total do capital segurado, em caso de invalidez funcional permanente e total por doença.
  • Cônjuge: Possibilita a contratação de várias coberturas para o cônjuge do segurado principal.
  • Filhos: Possibilita a contratação da cobertura Básica de Morte para os filhos dependentes do segurado principal, garantindo uma indenização caso esses venham a falecer por morte natural ou acidental.

Coberturas adicionais

Existem inúmeras coberturas adicionais que podem ser incluídas de acordo com o perfil dos colaboradores, seus riscos e necessidades, como: Cobertura de Despesas Médicas, Hospitalares e Odontológicas; Renda por Incapacidade Temporária por Acidente; Cesta Básica, entre outros.

Quando o Seguro de Vida Empresarial é obrigatório?

Essa é uma das principais dúvidas quando se fala em Seguro de Vida Empresarial. Como já vimos, o benefício é necessário e estratégico para todas as organizações, independente do seu porte, por ser considerado um recurso importante para todas as pessoas. Mas em alguns casos ele é essencial, e a contratação do seguro de vida para funcionários pode, sim, ser obrigatória, a depender da categoria.

Um exemplo é o motorista profissional de transporte de passageiros ou transporte de cargas. Conforme a Lei 13.103/2015, é um direito do motorista:

“ter benefício de seguro de contratação obrigatória assegurado e custeado pelo empregador, destinado à cobertura de morte natural, morte por acidente, invalidez total ou parcial decorrente de acidente, traslado e auxílio para funeral referentes às suas atividades, no valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial de sua categoria ou valor superior fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.” 

Ocorre ainda que alguns segmentos se apoiam em acordos coletivos ou convenções que podem impor direitos e obrigações a empregados e empregadores e, assim, incluem o seguro de vida. Outros exemplos são: construção civil, postos de combustíveis, indústrias de vários ramos, entre outros.

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Riscos Globais 2022: Quais ameaças devem impactar os negócios nas próximas décadas?

Publicado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, o Global Risk Report 2022 traz insights importantes para a gestão de riscos. Confira!

Entender as transformações e tendências que regem o mercado e o mundo é fundamental para um bom desenvolvimento dos negócios. Mas, para além de encontrar oportunidades, é importante prever as ameaças que podem surgir pelo caminho, e, segundo o Fórum Econômico Mundial, as mudanças climáticas e a segurança cibernética estão entre os principais alertas.

O Global Risk Report é um dos mais relevantes relatórios utilizados por governos e organizações para entender os riscos que permeiam a sociedade mundial e podem remodelar políticas, investimentos e negócios ao longo dos próximos anos.

Trata-se de uma pesquisa feita em parceria entre a seguradora suíça Zurich Insurance Group, Marsh McLennan e as universidades de Oxford, de Cingapura e da Pensilvânia. Em sua 17ª edição, o documento reúne amplos insights de quase 1.000  especialistas e líderes globais, de 124 países, incluindo o Brasil – acompanhe alguns pontos de destaque abaixo:

Os riscos globais a curto, médio e longo prazo

Solicitados a analisar os últimos dois anos, os entrevistados pela Global Risk Report 2022 apontaram os riscos sociais – na forma de “erosão da coesão social”, “crises de subsistência” e “deterioração da saúde mental” – como aqueles que mais se agravaram desde que a pandemia começou. 

Apenas 16% dos entrevistados se sentem positivos e otimistas sobre as perspectivas para o mundo, e apenas 11% acreditam que a recuperação global irá acelerar. 

A maioria dos entrevistados espera que os próximos três anos sejam caracterizados por volatilidade consistente e múltiplas surpresas ou trajetórias fraturadas, e, portanto, esse é um momento que vai separar “vencedores e perdedores”. 

Para os próximos cinco anos, os entrevistados novamente sinalizam os riscos sociais e ambientais como os mais preocupantes. No entanto, em um horizonte de 10 anos, a saúde do planeta domina as preocupações: os riscos ambientais são percebidos como as cinco ameaças de longo prazo mais críticas para o mundo, bem como as mais potencialmente prejudiciais às pessoas e ao planeta, com “ação climática falha”, “clima extremo” e “perda de biodiversidade” como os três principais riscos mais graves. Os entrevistados também sinalizaram “crises de dívidas” e “confrontos geoeconômicos” entre os riscos mais graves nos próximos 10 anos.

Por que se fala tanto em mudanças climáticas?

Os entrevistados da Pesquisa de Percepção de Riscos Globais 2022 classificam o “fracasso da ação climática” como a ameaça mais crítica para o mundo tanto a médio prazo (2 a 5 anos) quanto a longo prazo (5 a 10 anos), com o maior potencial para danificar gravemente as sociedades, as economias e o planeta. 

A maioria também acredita que muito pouco está sendo feito: 77% disseram que os esforços internacionais para mitigar as mudanças climáticas “não começaram” ou estão em “desenvolvimento inicial”. 

Os especialistas classificam a “falha de ação climática” como a ameaça número um de longo prazo para o mundo e o risco com os impactos potencialmente mais graves na próxima década. 

As mudanças climáticas já estão se manifestando rapidamente na forma de secas, incêndios, inundações, escassez de recursos e perda de espécies, entre outros impactos. Em 2020, várias cidades ao redor do mundo experimentaram temperaturas extremas não vistas há anos, como um recorde de 42,7 ° C em Madri e uma baixa de -19 ° C em Dallas, e regiões como o Círculo Polar Ártico tiveram uma média de verão temperaturas 10°C mais altas do que em anos anteriores.

Governos, empresas e sociedades estão enfrentando uma pressão crescente para impedir as piores consequências. Porém, de acordo com o relatório, uma transição climática desordenada caracterizada por trajetórias divergentes em todo o mundo e entre setores separará ainda mais os países e vai dividir as sociedades, criando barreiras à cooperação.

De olho na Segurança Cibernética 

A crescente dependência de sistemas digitais – intensificada pelo COVID-19 – alterou as sociedades. Nos últimos meses, as indústrias passaram por uma rápida digitalização, os trabalhadores mudaram para o trabalho remoto na medida do possível e as plataformas e dispositivos que facilitam essa mudança proliferaram. 

Ao mesmo tempo, as ameaças de segurança cibernética estão crescendo – em 2020, os ataques de malware e ransomware aumentaram 358% e 435%, respectivamente – e estão superando a capacidade das sociedades de preveni-los ou respondê-los com eficácia. 

Barreiras menores à entrada de atores de ameaças cibernéticas, métodos de ataque mais agressivos, escassez de profissionais de segurança cibernética e mecanismos de governança de retalhos estão agravando o risco.

Ataques a sistemas grandes e estratégicos terão consequências físicas em cascata nas sociedades, enquanto a prevenção inevitavelmente acarretará custos mais altos. 

Riscos intangíveis – como desinformação, fraude e falta de segurança digital – também afetarão a confiança do público em sistemas digitais. Maiores ameaças cibernéticas também devem prejudicar a cooperação entre os estados se os governos continuarem a seguir caminhos unilaterais para controlar os riscos. 

Pesquisa de opinião executiva: Percepções de risco no Brasil

Para finalizar, o Global Risk Report 2022 traz uma sessão com apontamentos de cada região, onde os líderes responderam à seguinte pergunta: “Quais cinco riscos representarão uma ameaça crítica para o seu país nos próximos dois anos?” e foram solicitados a selecioná-los de uma lista de 35 riscos. Para o Brasil, os riscos citados foram: 

  • Estagnação econômica prolongada – Crescimento global próximo de zero ou lento que dura muitos anos 
  • Desemprego e desabastecimento – Deterioração estrutural das perspectivas e/ou padrões de trabalho para a população em idade ativa: desemprego, subemprego, salários mais baixos, contratos frágeis, erosão dos direitos dos trabalhadores etc.
  • Desigualdade digital – Acesso fragmentado e/ou desigual a redes e tecnologias digitais críticas, entre e dentro dos países, como resultado de capacidades de investimento desiguais, falta de habilidades necessárias na força de trabalho, poder de compra insuficiente, restrições governamentais e/ou diferenças culturais 
  • Prejuízos climáticos causados por humanos – Perda de vidas humanas, perdas financeiras e/ou danos aos ecossistemas como resultado da atividade humana e/ou não coexistência com os ecossistemas animais: desregulamentação de áreas protegidas, acidentes industriais, derramamento de óleo, contaminação radioativa, comercio de vida selvagem etc. 
  • Geopolitização de recursos estratégicos – Concentração, exploração e/ou restrição de mobilidade por um estado de bens, conhecimento, serviços ou tecnologia crítica para o desenvolvimento humano com a intenção de obter vantagem geopolítica 

Melhores caminhos disponíveis para o controle de riscos e resposta a crises

Como incorporar o contexto global no planejamento e gestão de riscos do seu negócio? Se antecipar às ameaças e revisar regularmente suas estratégias de mitigação de crises será fundamental para o desenvolvimento e competitividade da sua organização.

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Você está comprando um seguro patrimonial de prateleira?

4 pontos para analisar na hora de contratar ou renovar o seguro patrimonial para sua empresa. Confira!

Já se foi o tempo em que contratar seguro para empresa se limitava em adquirir algumas coberturas para os riscos básicos e rezar para não precisar usar. Hoje contamos com muitas opções, possibilidades de contratação e conceitos de prevenção de perdas, o que torna a segurança um investimento estratégico.

Se engana quem pensa que pode ser mais barato e prático optar por produtos padronizados, ou mais popularmente dito, o “seguro de prateleira”, oferecido como uma solução universal para todo tipo de negócio ou segmento. Na hora de escolher ou renovar o seguro para sua empresa é importante avaliar alguns fatores e entender se você está contratando as coberturas certas, ou se está pagando por algo que não será útil ou eficiente quando você precisar. 

Existem alguns erros comuns no momento da adesão do seguro empresarial. “O fornecimento por instituições não especializadas, a falta de conhecimento ou entendimento sobre as propostas leva o cliente a contratar coberturas que não condizem com sua realidade ou que estão com um valor de indenização insuficiente”, explica Cristiano Oliveira, especialista em seguro patrimonial na Zattar Seguros. 

“No momento em que ocorre um sinistro, vem a surpresa. Um dado incorreto, uma documentação faltante, ou um risco não incluso na cobertura, são falhas que tornam um recurso que deveria trazer tranquilidade para o segurado em uma frustração”, completa. 

Independente do porte ou segmento, algumas práticas são essenciais para tornar o seguro patrimonial capaz de garantir segurança da empresa, cumprindo seu papel de prevenir e mitigar danos, mantendo a saúde dos negócios. 

1. A importância da análise de riscos

A análise de riscos é indispensável para identificar e entender a exposição de cada empresa às ameaças existentes em sua operação. Essa verificação minuciosa que tem por objetivo determinar estatisticamente qual a probabilidade de determinado sinistro acontecer com o segurado, antes que seja determinada a apólice. 

Fatores internos e externos podem influenciar essa avaliação, por essa razão ela deve ser feita de forma individualizada, de modo que se obtenham informações precisas sobre o perfil do segurado.

Outro ponto a se observar no momento de análise de riscos são as informações passadas à seguradora. O levantamento de dados deve ser feito de forma responsável, pois, se quando acionado o sinistro for constatada alguma incoerência, como informação falsa ou omissão, podem surgir problemas para o recebimento da indenização.

2. Seguros obrigatórios e seguros necessários

Cada setor exige um tipo de proteção, por isso além de conhecer os riscos, é importante entender também as responsabilidades de cada área. 

Em muitos casos existem seguros obrigatórios – que podem variar de acordo com o número de colaboradores, região, tipo de atividades exercidas, etc .

Um exemplo é o seguro contra riscos de incêndio de bens móveis e imóveis pertencentes a pessoas jurídicas, conforme previsto no Decreto-Lei nº 73/66 e no Decreto nº 61.867/1967. Trata-se de uma cobertura para incêndio que prevê o pagamento de indenização por prejuízos ocorridos pela propagação do fogo. 

Por outro lado, existem seguros que, apesar de não serem obrigatórios, são necessários para proteger de riscos prováveis que podem trazer grandes prejuízos para as empresas. Podemos citar furto, roubo e desastres naturais. 

Também existem as modalidades que se tornam necessárias seguindo tendências observadas no mercado, como é o caso do Seguro de Responsabilidade Civil. “Com uma maior preocupação dos funcionários e clientes sobre seus direitos, percebemos uma demanda por modalidades que oferecem segurança jurídica para a empresa, diante de reclamações ou qualquer dano que seja causado a terceiros e seus bens dentro da empresa”, explica Cristiano. 

Para se ter ideia, a procura por apólices de RC Administrador, também conhecida como D&O (directors and officers), que blindam o patrimônio dos executivos contra ações judiciais, cresceu 52,6% no primeiro quadrimestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

3. Você está bem assessorado?

A contratação do seguro, independentemente de qual modalidade, ocorre com a presença de uma corretora de seguros pessoa jurídica ou de um corretor de seguros pessoa física, que são empresas e profissionais legalmente autorizados pela SUSEP para intermediar o processo.

Portanto, o papel das corretoras de seguros é interceder entre segurados e seguradoras, prestando assessoria para que tudo que esteja presente no contrato de seguro seja cumprido por ambas as partes. 

Isso significa estudar o mercado, as melhores soluções, a situação de cada cliente, acompanhar possíveis mudanças, conhecer cláusulas contratuais e esclarecer qualquer dúvida antes e após a aquisição do seguro

A corretora de seguros também poderá sugerir melhorias estruturais e boas práticas que podem ajudar a prevenir incidentes e tornar mais baixo o custo do seguro, encontrando oportunidades para otimizar os investimentos em segurança. Essa assessoria confere mais tranquilidade ao segurado.

4. Conte com  Especialistas de Verdade

Ter um especialista em seguro patrimonial é um grande diferencial na proteção das empresas. Ele atua de forma preventiva, levantando os riscos e as medidas protetivas através de consultoria focada nas especificidades da empresa analisada. 

Essa é uma garantia de ter uma operação focada na prevenção dos principais riscos levantados e de obter, caso necessário, uma apólice de seguro 100% condizente com a operação. Portanto, avalie não só a corretora, mas o profissional que irá conduzir este processo dentro da sua empresa.

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Operações Portuárias: Quais são os principais riscos e ameaças para o setor?

Os portos do Brasil possuem grande importância na logística nacional e internacional: eles são um elo entre os diferentes modais de transporte de cargas e o acesso aos mercados consumidores. E mesmo diante da crise global do último ano, o segmento mostrou sua resiliência. A movimentação de cargas no setor portuário cresceu 9,4% no primeiro semestre de 2021, movimentando 591,9 milhões de toneladas, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

O que se espera para um futuro próximo é mais desenvolvimento. Segundo o Ministério da Infraestrutura, a carteira de projetos 2021-2022 nos setores portuário, aeroportuário, rodoviário e ferroviário passa dos R$ 200 bilhões. Também podemos citar programas como o “BR do Mar”, que visam estimular o uso da cabotagem, aumentar a frota nacional e equilibrar a matriz de transportes no país. 

Se por um lado as expectativas são otimistas, por outro, essa demanda vem acompanhada pelos desafios da formação de um ambiente seguro para um desenvolvimento bem estruturado. 

Os riscos climáticos, logísticos e cibernéticos das operações portuárias

O gerenciamento de riscos tem sido uma importante estratégia para proteger empresas e negociações, prevenindo e mitigando perdas. No transporte marítimo não é diferente. Estudos recentes destacam algumas preocupações que devem pautar o planejamento de agentes portuários.

Um dos principais temas é o impacto das mudanças climáticas que devem ser cada vez mais severas, com potencial de gerar uma série de prejuízos para economia nacional. É o que alerta o estudo Impactos e Riscos da Mudança do Clima nos Portos Públicos Costeiros Brasileiros, desenvolvido pela consultoria WayCarbon em parceria com a agência de desenvolvimento alemã GIZ e com participação da ANTAQ e INPE.

Dentre os riscos analisados pelo estudo, os vendavais foram os que se mostraram como o mais crítico, considerando os cenários futuros: 33,3% (7 de 21) dos portos já possuem risco “alto” ou “muito alto” em relação aos vendavais, podendo passar para 76,2% (16 de 21) no ano de 2050.

Outra preocupação é o índice de risco de aumento do nível do mar: dos 21 portos públicos analisados, 11 deles, ou 52% dos portos envolvidos na pesquisa, sofrerão, até 2030, com risco de aumento do nível do mar “muito alto” ou “alto”, o que deixará suas instalações mais expostas a inundações, por exemplo.

Em paralelo, acidentes com embarcações ainda são um ponto de atenção, e as operações com mega-navios geram alerta. De acordo com o estudo “Safety & Shipping Review 2021” da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), houve mais de 870 perdas de navios durante a última década, sendo que os navios de carga foram responsáveis por 40% das perdas totais.

O bloqueio do Canal de Suez pelo navio porta-contêineres Ever Given em março de 2021 foi mais um exemplo de uma lista crescente de incidentes com grandes embarcações ou mega-navios. Os navios se tornaram cada vez maiores à medida que as empresas de navegação buscam economia de escala e eficiência de combustível. No entanto, de acordo com a AGCS, as embarcações maiores apresentam riscos únicos. Responder a incidentes deste porte é mais complexo e caro. 

“Se o Ever Given não tivesse sido liberado, a recuperação teria exigido o longo processo de descarga de cerca de 18.000 contêineres, o que exigiria guindastes especializados. A remoção dos destroços do grande porta-aviões, Golden Ray, que virou em águas norte-americanas em 2019 com mais de 4.000 veículos, levou mais de um ano e meio e custou centenas de milhões de dólares,” exemplifica o estudo.

Por fim, e não menos importante, o relatório também observa que todas as quatro maiores companhias marítimas do mundo já foram atingidas por ataques cibernéticos, e com os conflitos geopolíticos cada vez mais disputados no espaço cibernético, cresce a preocupação com um ataque potencial às infraestruturas marítimas críticas, como um grande porto ou rota de navegação. 

Os principais seguros para operações portuárias

Diante dos riscos da atividade, atuar na logística marítima exige um grande preparo. Incidentes dos mais variados fatores podem gerar prejuízos expressivos e perda de competitividade nas negociações. 

Cada operação pode apresentar riscos diferentes, por isso, saber analisar tal exposição e encontrar as opções mais adequadas para proteger cada parte envolvida é fundamental para uma proteção eficiente.

Entre as principais modalidades indicadas para o ramo, podemos destacar:

  • Seguro RC Operador Portuário: Garante prejuízos pelos danos materiais e/ou corporais causados a terceiros, no interior ou entorno da área portuária.
  • RC Danos Ambientais: Proteção contra danos ao meio ambiente decorrentes de atividades industriais ou movimentação de determinadas mercadorias.
  • Responsabilidade Civil do Transportador: Seguro de cargas para empresas transportadoras para movimentação de mercadorias de terceiros.
  • Transporte Nacional: Seguro de cargas para o embarcador, proprietário da mercadoria, durante o transporte em território nacional.
  • Transporte Internacional: Seguro de cargas para o embarcador, proprietário da carga, durante o transporte internacional de mercadorias por importação ou exportação.
  • Seguro para Riscos Cibernéticos: Resguarda a responsabilidade da empresa referente a proteção, gestão e manuseio de dados e as consequências das perdas de informações corporativas.

Saiba mais sobre  gerenciamento de riscos para logística e transporte 

A Zattar Seguros é especialista em soluções para transportadoras e embarcadores na movimentação de cargas em território nacional e internacional em todos os modais.
Contamos com uma Célula Interna de Prevenção de Perdas, formada por profissionais com mais de 15 anos de experiência atuando nas principais gerenciadoras de risco do país. Entre em contato e descubra como podemos ajudar o seu negócio!

Construção Civil: 5 tendências de gerenciamento de riscos para o setor

O mercado da construção civil está vivendo um período de forte crescimento, impulsionado por incentivos em infraestrutura e a transição para práticas sustentáveis. De acordo com um relatório da Marsh e Oxford Economics, a previsão é que a indústria de construção global cresça 42%, movimentando cerca de US $ 15 trilhões até 2030.

Vários fatores contribuem para o surgimento de demandas no setor. Especialistas sinalizam a necessidade de adaptação e mitigação de riscos diante das mudanças climáticas. O aumento dos níveis do mar e o risco de inundações exigirão novas defesas costeiras, bem como esgoto e sistemas de drenagem. Edifícios e plantas comerciais podem precisar de projetos de proteção de tempestades e inundações, enquanto a infraestrutura envelhecida precisará ser revitalizada para lidar com eventos climáticos mais extremos.

A Covid-19 também contribuiu com essa demanda. A pandemia expôs deficiências em serviços públicos como saúde e assistência social, que se transformaram em maiores gastos com hospitais. Os impactos também afetaram as cadeias de abastecimento, mostrando a necessidade de construção de fábricas e armazéns

Ainda, a digitalização, que avançou de forma acelerada nos últimos anos, também pode impulsionar o segmento, exigindo infraestrutura de telecomunicações, data centers, centros de logística e varejo eletrônico.

Este boom global irá, no entanto, apresentar desafios para a construção e engenharia, especialmente relacionados à segurança. Esse cenário foi objeto de estudo do novo relatório da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), nomeado Riscos de Construção pós-Covid, que analisou a sinistralidade no setor e mapeou as tendências de riscos iminentes e de longo prazo para o segmento. Confira abaixo cinco pontos de destaque.

1 – Uma nova era de riscos para a construção civil

De acordo com o relatório, a pandemia trouxe uma nova era de riscos para todos os setores da economia. Na indústria da construção não foi diferente. 

Apesar de uma forte recuperação do segmento, ainda existem desafios de curto e longo prazo para superar, como a escassez de equipamentos essenciais e materiais, o aumento de custos, prazos de entrega mais longos, escassez de mão de obra qualificada e protocolos de trabalho em constante mudança. Segundo a Pesquisa Internacional de Mercado de Construção 2021, as taxas do aço dispararam em alguns países da União Europeia em até 50% devido a uma combinação de aumento do preço do minério de ferro, oferta restrita e aumento dos custos de remessa.

A indústria, portanto, precisará acelerar a implementação de medidas de eficiência e controle de custos

A análise da AGCS mostra que o problemas com projetos e mão de obra

são uma das principais causas de reivindicações na construção e engenharia,

representando cerca de 20% do valor do seguro de perdas em engenharia nos últimos cinco anos. 

2 – Oportunidades em infraestrutura 

A crise da Covid-19 afetou significativamente a atividade econômica global. No entanto, com avanço nas campanhas de vacinação e melhor entendimento para enfrentamento da pandemia, os governos estão se esforçando para estimular a atividade sustentável, não apenas com subsídios econômicos de curto prazo, mas também com estratégias de longo prazo para a recuperação econômica. 

O investimento em infraestrutura há muito tempo é visto como uma estratégia importante para gestão da crise econômica, com a geração de empregos e revitalização de comunidades

Os gastos com infraestrutura exigirão capital público e privado para vários setores, a depender das necessidades e estratégias de recuperação dos países. As áreas que devem se beneficiar incluem:

  • Energia (foco na mudança de clima e o transição para fontes renováveis)
  • Telecomunicações (demanda por dados e conectividade)
  • Assistência médica (a pandemia iluminou a necessidade urgente para aumentar investimento na saúde infraestrutura em muitos países)
  • Transporte (aéreo, ferroviário e rodoviário – ligações entre global, nacional e regional)
  • Tratamento de água e distribuição

3. Sustentabilidade irá conduzir mudanças no perfil de risco

Uma transição global para um futuro mais sustentável, incluindo esforços para cortar as emissões de carbono, terá implicações profundas para os riscos na construção civil. 

De acordo com o relatório, cerca de 50% de toda a emissão de carbono de um edifício vêm da fabricação de materiais e do processo de construção. Para reduzir a pegada de carbono, será necessário adotar novos materiais e processos de construção

Esse caminho também é importante para tratar problemas que já existem. Para se ter ideia, a análise de ocorrências da AGCS mostra que incidentes com incêndios e explosões foram responsáveis por mais de um quarto (26%) dos sinistros na construção e engenharia nos últimos cinco anos:

4. Os desafios dos riscos climáticos para a construção

Eventos climáticos extremos também causaram grandes perdas nos últimos anos, devido à mudança climática e ao crescimento da atividade econômica em partes do mundo expostas a catástrofes.

É urgente que os canteiros de obras estejam mais preparados e tenham mais atenção com o impacto de desastres naturais como incêndios florestais, inundações repentinas e deslizamentos de terra.

A análise das ocorrências da AGCS mostra que desastres naturais são a segunda causa mais cara de perdas de engenharia, respondendo por 20% das ocorrências durante os últimos cinco anos:

● Fogo, explosão 26%

● Desastres naturais 20%

● Produto defeituoso 12%

● Falha de acabamento / manutenção 8%

● Erro humano / erro operacional 6%

● Outros 30%

5. Riscos Cibernéticos

O uso de tecnologia é crescente na indústria da construção. Máquinas e recursos de automatização são aplicados a cada vez mais tarefas com o uso de equipamentos e ferramentas conectadas, realidade virtual, sensores, dispositivos vestíveis e baseados em nuvem. Plataformas também estão sendo usadas para gerenciar cadeias de suprimentos, melhorar a segurança e gerenciar projetos.

Tudo isso traz mais produtividade para o setor, mas também expõe os projetos a ataques cibernéticos. O avanço na digitalização pode gerar tentativas maliciosas de obter acesso a dados sensíveis, à interrupção do projeto, interrupção da cadeia de suprimentos, e inclusive, riscos à reputação das partes envolvidas.

Confira o relatório completo aqui

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5 cuidados essenciais para o transporte de carga fracionada

A operação de carga fracionada caracteriza-se pelo transporte de produtos de clientes diferentes, ocupando partes do espaço disponível do caminhão, dentro do mesmo itinerário. A principal vantagem desse tipo de carga é que o valor do frete é proporcional ao espaço ocupado por cada carga no caminhão.

O transporte fracionado é recomendável quando é necessário reduzir custos, trazendo economia à transportadora de diversas formas, por exemplo, pelo menor número de caminhões na estrada para fazer as entregas, gastando menos com motoristas, combustível, manutenção etc.

A empresa que precisa remeter mercadoria também se beneficia, visto que o valor do frete vai ser dividido com outras empresas cujos produtos foram transportados no mesmo caminhão. Essa economia também pode ser repassada ao consumidor final, proporcionando mais competitividade às vendas.

Por isso, este tipo de modalidade de transporte é extremamente interessante para empresas que trabalham com e-commerce, que costumam remeter cargas razoavelmente pequenas para os destinos diversos. Afinal, optar por fazer a movimentação das mercadorias com a carga completa poderia tornar a logística dessas empresas financeiramente inviável.

Quais são os cuidados para a logística de cargas fracionadas?

1 – Ficar atento às características dos produtos

Com a pluralidade de produtos despachados, cada vez mais se faz necessário atenção e segurança dos transportadores com as cargas fracionadas. Os produtos transportados no mesmo veículo devem ser compatíveis, ter características semelhantes. É proibido, por exemplo, transportar alimentos perecíveis junto com remédios ou algum produto químico. Além de estar em conformidade com a legislação, é importante evitar o risco de uma carga danificar ou contaminar a outra durante o transporte.

2 – Elaborar um cronograma logístico

Cumprir com os prazos estabelecidos com os clientes é importante no serviço de transporte de cargas, independente de como está sendo realizado. Mas, vale destacar que no caso da carga fracionada esse ponto merece um cuidado redobrado, justamente porque essa modalidade envolve muitos clientes e diversas paradas. Sendo assim, administrar os prazos combinados com mais de um cliente exige mais atenção ao cronograma. Afinal, se uma entrega atrasar, todas as demais entregas, distribuídas ao longo da rota, podem atrasar também, multiplicando os problemas e a insatisfação dos clientes.

3 – Roteirização adequada

Além de cuidar com os prazos de diferentes clientes, o planejamento da rota também é importante para cumprir um cronograma rígido. Estradas em condições ruins ou passando por obras o podem dificultar a logística onde é importante ter rotas alternativas. Importante ter um cronograma com alguma margem de atraso para evitar que rodovias em más condições comprometam a pontualidade das entregas.

4 – Segurança das estradas

O roubo de cargas é um problema sério no Brasil e no mundo. Quando falamos em carga fracionada, essa ameaça pode ser ainda pior – porque vários clientes podem ser prejudicados a partir de uma ocorrência. Para evitar risco e reduzir prejuízos, é importante tomar algumas providências: monitore seus veículos em tempo real por meio de um rastreador que permita o contato com o motorista em casos de emergência, treine seus motoristas para enfrentar situações inesperadas e de risco, planeje rotas, evite estradas e locais de paradas com maior incidência de roubo. 

A gerenciadora de risco deve trabalhar em conjunto com o transportador e assim elaborar um plano de gerenciamento de risco aderente a operação do cliente, adotando de forma inteligente protecionais de segurança do início ao fim da viagem. Como, por exemplo, rastreador de carreta, tecnologia de redundância com bloqueador, Iscas (RF), escolta, trava de baú, entre outros.

5 – Visibilidade das informações

Monitorar a carga em tempo real ao longo de todo o trajeto é um item fundamental para o controle logístico e a segurança da viagem. O rastreamento ajuda a tomar decisões rápidas em casos de roubo ou outros imprevistos, além de fornecer ao cliente informações da entrega do produto adquirido de forma online, agregando visibilidade, redução dos custos logísticos e transparência das viagens para o contratante e cliente final. 

Eduardo Tavares – Gerente de Operações 

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Contamos com uma Central de Controle de Operações para transportadoras, embarcadores e motoristas, formada por profissionais com mais de 15 anos de experiência e atuamos com as melhores seguradoras do país.
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Principais riscos e características da carga frigorificada

A perda ou comprometimento de uma carga durante seu transporte é a principal preocupação de embarcadores e transportadoras. E quando falamos de produtos ou mercadorias perecíveis, como é o caso da carga frigorificada, temos diversos riscos e normas que exigem cuidados específicos durante todos os processos da operação.  

Alimentos como carnes, laticínios, hortaliças, bebidas, alguns tipos de químicos e remédios são exemplos de cargas que necessitam estar refrigeradas, ou seja, precisam ser mantidas sob temperatura ideal constantemente para conservar suas qualidades essenciais, do carregamento até o seu destino final. No entanto, falhas ocorrem, e isso é um problema comum.

Para se ter ideia, uma pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontou que aproximadamente 14% dos alimentos produzidos para consumo global são perdidos durante o armazenamento e transporte. No caso de frutas e vegetais, o índice supera 20%.

Por isso, normativas como a NBR 14701 preveem as responsabilidades de cada parte envolvida na operação de transporte de cargas refrigeradas. Considerando toda cadeia de produtos refrigerados, a norma indica requisitos como: 

  • Estocagem: a câmara frigorífica deve manter a temperatura do produto sempre no valor desejado, ou mais baixa, com o mínimo de variação. Para isso, devem ser feitas frequentes medidas, preferivelmente com registradores ou instrumentos que monitorem continuamente a temperatura.
  • Deslocamento, carga, descarga e transporte: Deve sempre ser realizado por equipamento (onde os caminhões frigoríficos são mais frequentes Brasil) capaz de manter a temperatura do produto no valor desejado.

É obrigatório que a carroceria frigorífica tenha sua temperatura interna  reduzida e estabilizada pelo período de 15 minutos antes da entrada do produto, além de possuir instrumentos para registro contínuo da temperatura do ar interno e indicador desta temperatura durante o transporte.

O processo de carga e descarga das carnes deve ser realizado da maneira mais rápida possível, evitando, assim, o aumento da temperatura da carga decorrentes de atrasos na carga/descarga ou falhas logísticas. Ainda, o compartimento destinado ao transporte da carga deve estar seco, livre de aromas ou odores e sempre em boas condições de higiene e limpeza.

Os principais riscos no transporte da carga frigorificada

As perdas no transporte de cargas frigorificadas se dão por diversos fatores, sejam eles comuns ao transporte de cargas em geral ou específicos ao tipo da carga. Podemos destacar:

  • Roubo de carga

Dados da Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo mostram que de janeiro a agosto de 2021 foram 4.131 ocorrências de roubo e furto de cargas no Estado. Isso representa uma alta de 4,71% em relação a igual período de 2020.

Outro relatório, intitulado BSI and TT Club Cargo Theft Report 2021, mostrou que cargas como alimentação e bebidas são as mais visadas por criminosos no Brasil, ocupando 41% das ocorrências.

Por terem alto valor e fácil revenda, são comuns os casos como o deste caminhão carregado com peças de carne, com a carga avaliada em R$ 72 mil, que sofreu o ataque de assaltantes que, levaram a mercadoria e atearam fogo no caminhão, causando perdas à carga e ao veículo.  

  • Falha mecânica

Outro ponto de atenção está na manutenção do veículo, da estrutura que garante o acondicionamento da carga, bem como o treinamento da equipe para identificar e prevenir perdas.

Recentemente, a mídia deu destaque aos prejuízos durante o transporte de medicamentos, diante da urgência gerada pela pandemia. Como este caso ocorrido em Minas Gerais, com a perda de quase 10 mil doses de vacina contra a COVID-19 durante seu transporte devido a uma falha no equipamento que registrava a temperatura das caixas que armazenavam a carga.

  • Embalagem e manuseio

A responsabilidade do transportador começa no carregamento até a entrega no destino final. Por isso, entender as necessidades especiais da carga, quais cuidados para manter o resfriamento adequado durante seu manuseio e até mesmo verificar se a embalagem fornece a segurança ideal durante todo o período em que estiver sendo movimentada.

O transportador tem direito, inclusive, de recusar ou propor outro tipo de empacotamento para a carga que não possui embalagem adequada, ou, ainda, quando o acondicionamento possa trazer danos no veículo ou ponha a saúde das pessoas em risco. O transportador pode também recusar cargas que não possuam documentação exigida por lei ou que tenham sua comercialização ou transporte proibido.

  • Atrasos

Em geral, atrasos durante uma entrega prejudicam o embarcador de diversas formas. Mas quando falamos de transporte de mercadorias frigorificadas, especialmente quando são perecíveis, os atrasos podem significar o comprometimento total da carga. 

Falhas no veículo, problemas logísticos e até mesmo rotas impedidas ou congestionamentos são os principais fatores que geram atrasos durante uma entrega. Por isso, planejar a viagem e contar com recursos de rastreamento são algumas medidas que ajudam a prevenir essa situação.

  • Acidentes

Por fim, podemos destacar também os riscos com acidentes, comum ao transporte de cargas rodoviário, seja ela qual for. De todos os acidentes em rodovias federais do Brasil registrados em 2020, 17,6% envolveram caminhões.

De acordo com o estudo “Acidentes Rodoviários – Estatísticas Envolvendo Caminhões”, realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a ocorrência de acidentes é potencializada por diferentes fatores: humanos, veiculares, institucionais, socioeconômicos e ambientais

Prevenir prejuízos com a perda da carga por motivo de acidentes, atrasos, roubos, ou falhas mecânicas envolve estratégias de gestão de riscos, que incluem ações de cuidados com o veículo, capacitação dos motoristas, auditorias periódicas, planos de resposta durante um incidente e o seguro para a carga. 

Prevenção de perdas no transporte de cargas na prática

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Seguro Patrimonial para Empresas: veja as principais vantagens e coberturas

Nenhuma companhia está livre de perigos. No entanto, conhecer os riscos aos quais a atividade está exposta e contar com mecanismos que garantem mais segurança diante de imprevistos é fundamental para atuar com mais tranquilidade e alcançar mais competitividade no mercado. 

Por isso, o seguro patrimonial se faz tão importante. A modalidade tem como objetivo proteger e ressarcir empresas quando ocorrem incidentes que podem causar prejuízos financeiros aos negócios e interrupções nas operações. 

Confira neste artigo as vantagens do seguro patrimonial e as principais coberturas indicadas para empresas:

Um olhar mais atento à proteção patrimonial

Diversos fatores ao longo dos anos têm contribuído para que as empresas busquem formas de proteger seu patrimônio dos riscos que podem comprometer suas atividades. 

As relações comerciais, exigências contratuais, maior fiscalização, cenários de incerteza econômica e até mesmo a responsabilidade diante dos investidores fez com que gestores busquem mais segurança. Podemos ver isso na síntese dos principais dados relativos ao desempenho do setor de seguros até outubro de 2021, emitido pela SUSEP, que mostrou que os seguros das linhas patrimoniais, responsabilidade civil (RC) e transporte apresentaram um crescimento acima de 20% na arrecadação de prêmios durante o ano.

Essa é uma tendência global percebida por especialistas que reflete a crescente conscientização quanto ao risco, onde o suporte estrutural de longo prazo fornecido pelo seguro é necessário para o desenvolvimento dos negócios.

De acordo com o estudo sigma do Swiss Re Institute, o crescimento do PIB global será forte em 2021, em 5,6%, diminuindo para 4,1% em 2022 e 3,0% em 2023. A inflação é o risco macroeconômico prevalecente a curto prazo, alimentada pela crise energética e por questões prolongadas do lado da oferta.

Diante disso, o documento aponta que “a recuperação econômica que estamos vivendo é cíclica e não estrutural, com resiliência macroeconômica mais fraca hoje do que antes da crise da COVID-19. Como tal, devemos ser tudo menos complacentes. Dada sua capacidade e experiência para absorver riscos, a indústria de seguros é crucial para tornar as sociedades e economias mais resilientes.”

Em paralelo, as operadoras oferecem soluções aplicáveis a todo tipo de negócio, independente do porte ou área de atuação – sendo essa umas das principais vantagens do seguro patrimonial para empresas. 

Vantagens do seguro para empresas

O seguro patrimonial para empresas, também conhecido como compreensivo empresarial, é destinado a atividades comerciais, industriais ou serviços, ou, ainda, a imóveis não residenciais.

Trata-se de um plano que conjuga vários ramos ou modalidades numa mesma apólice. Entre seus benefícios estão as taxas reduzidas em relação aos chamados seguros convencionais. As cláusulas são menos restritivas e de mais fácil compreensão pelos segurados. 

Outro diferencial é sua estrutura modular, com ampla gama de coberturas e garantias acessórias, permitindo ao segurado a escolha das mais adequadas às suas necessidades, o que resulta na montagem de um seguro “personalizado”.

O que o seguro patrimonial cobre?

Os seguros compreensivos do grupo patrimonial visam garantir o pagamento de indenização por prejuízos decorrentes de perdas e danos aos bens segurados, em consequência de risco coberto.  

Entre as principais coberturas indicadas para empresas, podemos destacar:

  • Seguro contra incêndio

A cobertura de incêndio prevê o pagamento de indenização por prejuízos ocorridos pela propagação do fogo. 


Vale ressaltar que é obrigatório o seguro contra riscos de incêndio de bens móveis e imóveis pertencentes a pessoas jurídicas, conforme previsto no Decreto-Lei nº 73/66 e no Decreto nº 61.867/1967, e sua contratação se dá por meio de seguro compreensivo. 

  • Proteção contra roubo e furto

Mesmo com investimentos e estratégias de prevenção de riscos com sistemas avançados de segurança, como câmeras, alarmes, cercas elétricas e vigilância constante, as empresas podem se deparar com problemas de furto ou roubo – dado que os criminosos utilizam recursos cada vez mais sofisticados.

Por isso, contratar a cobertura para subtração de bens é uma forma de tornar a proteção ainda mais completa, no sentido de evitar prejuízos quando ocorrem danos.

  • Desastres naturais

Outra cobertura importante para empresas envolve desastres naturais. Diversas regiões do Brasil apresentam uma grande probabilidade de tempestades, chuvas de granizo, deslizamentos de terra e inundações, por exemplo, que podem causar prejuízos às empresas.

Com os danos causados em decorrência dos desastres naturais, as companhias podem ter suas estruturas comprometidas,  gerando interrupções nas produções, atrasos, perdas de máquinas, estoque e equipamentos. No entanto, com a cobertura para tais ricos a situação pode ser resolvida com mais agilidade e suporte necessário.

  • Responsabilidade Civil

Por fim, podemos destacar a responsabilidade civil também entre as principais coberturas para seguros patrimoniais para empresas. Essa modalidade tem por objetivo fornecer segurança jurídica para a empresa.

A RC oferece proteção ao segurado quanto a possíveis ações judiciais, reclamações ou qualquer dano que seja causado a terceiros e seus bens dentro da empresa.

Ou seja, a cobertura protege na esfera civil os prejuízos que clientes, funcionários, prestadores de serviço tenham sofrido em decorrência de um incidente. Isso inclui todo suporte com custos advocatícios e possíveis indenizações.

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Gestão de Riscos: Estratégias de prevenção de perdas no transporte de cargas

Evitar danos e avarias durante a movimentação de produtos e mercadorias é um dos maiores desafios do transporte rodoviário. Toda companhia que atua no setor sabe que para chegar ao seu destino, a carga fica exposta a diversos riscos, por isso, contar com estratégias de prevenção de perdas é indispensável para garantir a segurança e a rentabilidade da atividade.

As ocorrências são comuns e os prejuízos são muitos. Além de gerar uma insatisfação para o embarcador ou cliente final, afetando a reputação da empresa, esse tipo de problema também implica, por um lado, no aumento do custo do frete e, por outro, na margem de lucro.

Podemos tomar como exemplo os índices do transporte no agronegócio. Em 2020, perdeu-se cerca de 1,58 milhão de toneladas de soja e 1,34 milhão de toneladas de milho nas rodovias brasileiras, segundo levantamento do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (EsalqLog). Essa é uma questão que levanta discussões sobre o desperdício de alimentos, sustentabilidade e impactos econômicos, exigindo um grande empenho por parte das empresas e governo.

São diversos fatores que contribuem para essas perdas. Mas, como transportador, é importante entender que existe uma responsabilidade pela integridade da carga, entenda melhor abaixo.

Responsabilidade civil no transporte rodoviário de cargas e mercadorias

O transporte de cargas é cercado de obrigações, direitos e deveres. O vínculo jurídico impõe que o responsável pela movimentação do produto ou mercadoria deverá cumprir a prestação do serviço conforme estabelecido em contrato com o credor, ou seja, o embarcador.

A RC para transporte de cargas e mercadorias está, inclusive, prevista na Lei nº 10.406/2002. O Código Civil entende que a responsabilidade do transportador deve ser limitada ao valor da “coisa” transportada – conforme declarado na nota fiscal. A empresa responsável pela movimentação da mercadoria deve conduzi-la ao destino sem avarias, sendo que a responsabilidade começa no ato da coleta e termina com a sua entrega

Além disso, existe ainda a Lei 11.442, que trata do transporte de cargas e mercadorias especificamente para o modal rodoviário.

Essa Lei determina que o transportador é responsável “pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avarias às cargas sob sua custódia.” Portanto, a responsabilidade pela perda ou avaria de mercadoria em razão de um evento como um acidente de trânsito é do transportador.

A responsabilidade do transportador é objetiva perante o dono da carga. Isso significa que, independente da comprovação de culpa ou não no acidente que veio a causar a perda da carga, ele deverá ressarcir financeiramente o cliente por esse dano.

Diante disso, todo transportador deve contar com mecanismos que garantem um suporte em caso de sinistro, como é o caso do seguro obrigatório RCTRC-C, e até mesmo ações que previnem tais ocorrências.  

Como evitar perdas no transporte de cargas?

A prevenção de perdas no transporte de cargas começa com o planejamento. Isso inclui analisar as ocorrências ao longo dos anos – tanto por experiências internas quanto pelos índices do setor, e avaliar quais medidas necessárias para prever possíveis eventos que causam danos e avarias à carga. 

Entre os principais pontos de atenção estão ações como mapeamento da rota, bem como estabelecer os melhores dias e horários, uso de rastreadores, entender as características do carregamento e cuidados específicos que podem necessitar. 

A condição da carga também é um fator importante. Inclusive, o transportador tem direito de recusar ou propor outro tipo de empacotamento para a carga que não possui embalagem adequada, ou, ainda, quando o acondicionamento possa trazer danos no veículo ou ponha a saúde das pessoas em risco. O transportador pode também recusar cargas que não possuam documentação exigida por lei ou que tenham sua comercialização ou transporte proibido.

Outras medidas que podemos destacar:

  • Manutenção da frota e qualificação de motoristas:

A falha mecânica e falha humana são os principais causadores de acidentes nas rodovias. O monitoramento das condições da frota é fundamental para evitar acidentes e, inclusive, multas. Em paralelo, fornecer boas condições de trabalho, estimular boas práticas de direção e acompanhar a saúde dos motoristas é igualmente importante para mais segurança e prevenção. 

  • Riscos de acidentes, furtos e roubos

De acordo com o Painel de Acidentes Rodoviários, elaborado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), que utiliza dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre 2010 e 2020, foram registrados mais de 1,4 milhão de acidentes nas rodovias federais no país. Diversos são os fatores que causam esse tipo de ocorrência: falhas humanas, problemas veiculares, deficiências viárias, entre outros. 

Em paralelo, o roubo de cargas é também considerado um dos grandes riscos da atividade. O Brasil é o país com o maior índice de roubo de cargas a nível mundial, sendo que o transporte com caminhão ocupa 71% das ocorrências e a maior parte dos incidentes acontece em trânsito.

Com mais de 14 mil ocorrências durante o ano de 2020, de acordo com a CNT, os prejuízos computados ao setor somam R$ 1,2 bilhão.

  • Seguro para cargas

A contratação de um seguro é a melhor maneira de minimizar qualquer impacto financeiro após um incidente que cause danos ou perdas à carga. O RCTRC-C é o seguro de Responsabilidade Civil do transportador rodoviário de carga. É um seguro obrigatório para o transporte de cargas em todo território nacional, conforme decreto desde 1966 e se destina a cobrir os danos causados por acidentes rodoviários.

Outras modalidades de seguro também são importantes para o setor. Por exemplo, o RC-DC – Seguro Responsabilidade Civil de Desaparecimento de Cargas, que tem por objetivo garantir a cobertura do valor protegido no caso de roubo ou furto da carga transportada.

  • Gerenciamento de riscos

O gerenciamento de riscos é a principal estratégia para otimizar recursos e proteger transportadoras, empresas e motoristas de danos e perdas em suas operações. Trata-se de um conjunto de ações que vão prevenir, proteger e otimizar os investimentos na segurança. 

Prevenção de perdas no transporte de cargas na prática

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